segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Texto da formação

Esta é uma parte do texto usado pelo Pe. Clayton na formação dada às Equipes Vocacionais Paroquiais no dia 22 de novembro, caso alguém queira o texto na íntegra, favor enviar um email ou deixar um comentário nesta postagem com seu endereço eletrônico que enviaremos o texto completo!
O ANO CATEQUÉTICO
1. POR QUE UM ANO CATEQUÉTICO:

Há cinqüenta anos acontecia o primeiro Ano Catequético, hoje, dando continuidade ao dinamismo do movimento catequético, queremos fazer com que todas as nossas Dioceses, Paróquias e comunidades, sejam de fato comunidades catequizadoras, cuja eixo norteador é a formação para o discipulado e missão. Neste sentido, a 44ª Assembléia Geral dos Bispos (2006) aprovou por unanimidade a realização de um Ano Catequético, celebrando 50 anos do primeiro Ano Catequético, ocorrido em 1959. A iniciativa é resultado da importância e valorização que a Igreja vem dando a CATEQUESE, como ficou expresso no processo de elaboração do Diretório Nacional de Catequese (DNC – 2002 a 2005); e também na V Conferência de Aparecida, sem o impulso da catequese não há como formar discípulos missionários.
O Ano Catequético tem como tema: "Catequese , caminho para o discipulado" e lema: "Nosso coração arde quando Ele fala, explica as Escrituras e parte o pão" (Lc 24,13-35). Terá sua culminância com a 3ª Semana Brasileira de Catequese que se realizará de 7 a 11 de outubro de 2009 em Itaici (Indaiatuba - SP).


2. COMO A IGREJA ESTÁ SE PREPARANDO PARA O ANO CATEQUÉTICO:

O objetivo do ano catequético se expressa da seguinte forma: Dar novo impulso à catequese como serviço eclesial e como caminho para o discipulado.
A busca de um novo impulso à catequese, levando à consciência de que a catequese é uma dimensão de toda ação evangelizadora. Uma ação eclesial só é evangelizadora se também catequiza. Catequese não é portanto, uma ação restrita aos ministros da catequese, mas é de todo cristão. Com isso há necessidade de recuperar a concepção de catequese como processo permanente de educação da fé e não somente em vista à preparação aos sacramentos.
Catequese como caminho para o discipulado, traz presente a necessidade do encontro pessoal com Jesus Cristo e conseqüentemente o seguimento e missão, todo discípulo é missionário, são as duas faces de uma mesma realidade, conforme afirma o Documento de Aparecida .
A CNBB, através da Comissão Episcopal Pastoral para Animação Bíblico-Catequética, convoca a Igreja do Brasil para o Ano Catequético Nacional de 2009 e apresenta como instrumento de trabalho o TEXTO-BASE.
Este subsídio para o grande mutirão catequético está centrado na iniciação à vida cristã, no discipulado missionário, à luz do itinerário dos discípulos de Emaús (Lc 24,13-35).
Está organizado em três partes, seguindo o método ver-julgar-agir, resgatado e valorizado no Documento de Aparecida (DA 19) e presente também no Diretório Nacional de Catequese (DNC 157).

ANO CATEQUÉTICO É PARA TODA IGREJA:

Não quer ser um evento isolado, se insere no processo de recepção do Documento de Aparecida, nas novas Diretrizes aprovadas na 46ª Assembléia Geral da CNBB, nos demais eventos eclesiais, enfim, quer impulsionar e dinamizar toda a caminhada pastoral da Igreja, Dioceses, Prelazias, Paróquias, comunidades, Pastorais e Movimentos. Diante disso, os Bispos, os Párocos, primeiros responsáveis pela catequese, juntamente com os agentes de pastoral leigos/as, de modo especial os/as catequistas são conclamados a dinamizar as atividades propostas para este evento.

ABERTURA OFICIAL :

2º Domingo de Páscoa nas Dioceses, Prelazias, Paróquias, Comunidades, com criatividade e de forma celebrativa.
Encerramento: Domingo de Cristo-Rei.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Coroinhas

Alegria!! marca registrada de cada Cristão!!
Estamos no mês de novembro, já em ritmo de fim de ano com o termino das aulas, chegando as férias, aproximando as festas natalícias e o fim do ano litúrgico A do Evangelista Mateus, amigo coroinha. Mas, ates disso, novembro nos oferece uma data muito especial que a Igreja comemora no mundo inteiro que é dia de todos os Santos e dos fiéis defuntos, pessoas queridas nossas que lembramos de modo mais especial neste dia.
Em especial quero tratar com vocês sobre o dia de todos os Santos. No dia 1 de novembro a Igreja faz memorial de todas aquelas pessoas que deram a vida em prol ao Evangelho. São pessoas normais, de carne e osso que deram sua vida em testemunho da alegria de servir a Cristo.
Você amigo coroinha pode também ser Santo, basta mostrar com a sua vida o testemunho do Evangelho dentro da sua família, na escola e na comunidade onde você exerce seu trabalho de coroinha. Um grande exemplo de Santo que Igreja comemora em novembro é de Sto. André Apostolo.
Sto. André foi um dos doze discípulos de Jesus, era irmão de Simão (São Pedro), e sua profissão era pescador. Seu trabalho missionário foi exercido na Turquia, onde ele sofreu o martírio por amor a Jesus Cristo, e a Igreja faz sua memória no dia 30 de novembro. Então coroinha,com o exemplo desse Santo, vamos ser também missionário e levar esse amor de Cristo a todas as pessoas que nos rodeiam com alegria de ser de Jesus. Com Alegria de Servir e Rezar na Igreja de Jesus Cristo, um fraterno abraço e ate a próxima edição.
(texto escrito pelo Seminarista Ricardo Barbieri)

Refletir

Santidade
Quando mencionamos a palavra santidade, muitas vezes o que nos vêm a mente, é algo muito difícil, que não conseguiremos nunca e achamos que só aqueles mais certinhos – quietinhos, calados ou que se vestem de modo santo - é que conseguem viver assim. Realmente, esta é a idéia que muitas pessoas tem de santidade, algo visto, contemplado exteriormente; porém a santidade começa no coração.
Esta realidade vivida por muitos se assemelha a uma exortação que Jesus fez aos escribas e fariseus, pois se preocupam com o exterior (leis, regras) do que com o interior (coração) (cf.Mt 23:25-29). Jesus mostra para aqueles homens que a pureza do homem começa no coração. “O Senhor, contudo, disse a Samuel: ‘Não considere sua aparência nem sua altura, pois eu o rejeitei. O Senhor não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração’”. (cf.I Samuel 16:7.)
Santificação é uma obra progressiva da parte de Deus e do homem que nos torna cada vez mais livres mais do pecado e semelhantes a Cristo em nossa vida presente. Por exemplo: quando uma pessoa que falava mentira se arrepende, nessa área ela cresceu, conseqüentemente está sendo mais semelhante a Cristo.
Muitas pessoas quando voltam de algum evento da Igreja (acampamento, encontro, culto, congresso), acham que tudo vai mudar de um dia para o outro. Isso não é verdade, apesar dessa motivação ser natural, a pessoa deve procurar um líder para orientá-lo, a partir do momento que esse decidiu mudar, fazendo assim ficará mais fácil lidar com as tentações que virão no decorrer dos dias.Santidade não é deixar de fazer, mas fazer conforme a palavra de Deus.
(texto escrito pelo Seminarista Luiz Carlos Vaz Rodrigues)

Parábola

Um monge e seus discípulos iam por uma estrada e, quando passavam por uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas. O monge correu pela margem do rio, meteu-se água e tomou o bichinho na mão. Quando o trazia para fora do rio o escorpião o picou. Devido à dor, o monge deixou-o cair novamente no rio. Foi então à margem, pegou um ramo de árvore, voltou outra vez a correr pela margem, entrou no rio, resgatou o escorpião e o salvou. Em seguida, juntou-se aos seus discípulos na estrada. Eles haviam assistido à cena e o receberam perplexos e indignados. — Mestre, o Senhor deve estar muito doente! Por que foi salvar esse bicho ruim e venenoso? Que se afogasse! Seria um a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda: picou a mão que o salvava! Não merecia sua compaixão!
O monge ouviu tranqüilamente os comentários e respondeu: — Ele agiu conforme sua natureza e eu de acordo com a minha.
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Para RIR

Do vinho a Água

Um dia, um homem dirigindo um carro, é parado por um policial o qual lhe pergunta:
- Você está bêbado?
E o homem responde:
- Eu...? imagina seu guarda!!
E o policial diz:
-E o que é essa garrafa ali atrás?
O homem diz:
- É uma garrafa com água!
Daí o policial bravo diz:
- Mais me parece vinho!!!O homem olhando para o céu responde:
-Meu Deus! Você fez outro milagre!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Cultura Vocacional

Caríssimos Bispos, Padres, Diáconos, Religiosos(as) e equipes paroquiais do SAV. É com grande alegria que apresentamos a você esta Revista elaborada pelo SAV da Diocese de Ponta Grossa, a qual será mais um material de comunicação e formação para todos nós que temos pelas vocações da Igreja um apresso muito grande. Uma das missões do SAV é “criar uma cultura vocacional que evidencie a dimensão vocacional de toda atividade evangelizadora”. Sendo assim, é responsabilidade de todos nós, como já dizia o nosso saudoso Papa João Paulo II, cuidar das vocações, sejam elas em que âmbito forem, ou em que realidade se apresentarem. É com este objetivo que criamos este meio de informação que bimestralmente chegará em nossas casas com textos formativos e idéias práticas de como agir em cada mês dentro de nossa realidade, despertando e cuidando com carinho dos corações dos vocacionados. A cada dois meses todas as paróquias, casas religiosas masculinas e femininas de nossa Diocese receberão gratuitamente esta revista para que, unidos a uma só voz possamos caminhar juntos e realizar aquilo que é específico do Serviço de Animação Vocacional. Também todos os bispos do Paraná receberão um exemplar para que acompanhem o que em nossa Diocese está sendo realizado.
Este primeiro exemplar é apenas um modelo do que virá pela frente. Nesta edição contaremos com a contribuição do Coordenador Diocesano do SAV e Assessor do Regional Sul II, Pe. Valdeslei Sviercoski, dos Seminaristas de Teologia e Filosofia e do Pe. Carlo Batistoni. Nas próximas edições, além destes, contaremos também com outros colaboradores especiais que desenvolverão a cada edição seus temas em uma linha de pensamento voltada para as mais diversas áreas que são abrangidas pelo SAV, ou seja, para além também das vocações específicas ao sacerdócio e à vida religiosa consagrada. Contaremos também, é claro, com a sua colaboração, enviando-nos materiais referentes à sua paróquia e/ou casas religiosas para serem divulgados aqui. Traremos notícias do que foi e do que será realizado em nível vocacional em nossa Diocese e nas Congregações Religiosas. Para tal, combinaremos a melhor maneira de isso acontecer. Nossa Diocese quer ser a cada dia mais, uma Igreja Missionária e Misericordiosa, e isso faz-nos sempre mais responsáveis pelo bom andamento do SAV, pois queremos antes de tudo cuidar da vida, alimentando-a principalmente com a Boa Notícia do Reino. Desejamos ardentemente que este veículo de comunicação seja cada vez mais não apenas um ponto de partida para uma boa caminhada do SAV, mas um fruto daquilo que é e será vivido no seio desta família na Igreja, pois “somos Igreja, somos Família, somos SAV”! Que Maria, Mãe da Divina Graça, padroeira de nossa Diocese, Mãe e Rainha dos Vocacionados, nos ilumine e interceda por cada um de nós neste cultivo das vocações e ministérios.

(texto escrito pelo seminarista Fábio Sejanoski do Seminário Diocesano São João Maria Vianney - Teologia)

SAV - por Padre Valdeslei Sviercoski

Encerrou-se uma fase, na história da Pastoral Vocacional. Todavia, “quando se fecha uma porta, abre-se um portão”, diz um provérbio popular italiano, onde “portão” está indicando a porta de uma grande casa ou de um lugar importante, como uma igreja, ou de um acontecimento particular, como foi a porta santa do jubileu do ano 2000.
Acreditamos que, de alguma forma, esse ditado popular, no qual se pode reconhecer uma sabedoria ou um otimismo das antigas origens cristãs, expresse também a passagem estratégica, sem dúvida, de uma época que a pastoral vocacional se apressa em fazer, ou pelo menos tem diante de si.
Sobretudo, no sentido de transição de uma animação vocacional em função de um ministério específico para uma animação vocacional a serviço de todas as vocações na Igreja, oferecida a todos, e durante todas as fases da vida.
Como imaginar, hoje, no terceiro milênio, uma animação vocacional aberta ao futuro? Precisamos, de um agir que “abra mais portões”, de um serviço mais amplo para a Igreja: que entenda vocação como realizar o projeto de Deus e ser feliz na vida; encontrar o caminho verdadeiro que torne a pessoa mais feliz.
Por isso, depois de 2003, com o II Ano Vocacional do Brasil, convencionou-se chamar SAV (Serviço de Animação Vocacional) que é um agir mais amplo promovendo a vida como um todo e os valores do evangelho. Neste serviço se incluiu a Pastoral Vocacional que visa despertar vocações a vida sacerdotal e religiosa, mas também aos vários ministérios leigos.
Dentro do SAV a Pastoral Vocacional é um grande desafio para a Igreja. Dinamizar essa Igreja para que toda ela seja agente vocacional é um desafio maior ainda. É a Pastoral Vocacional que auxilia cada cristão a assumir o seu lugar na Igreja, por isso, ela só tem sentido dentro de uma visão orgânica.
Quando falamos de Pastoral Vocacional nos referimos ao trabalho pastoral para orientar o batizado na sua opção cristã, apostólica, mediante uma fé adulta, de tal modo que expresse o seu serviço ministerial, dentro das várias atividades da Igreja como: sacerdote, religioso, ou leigo, assumindo um ministério específico.
O SAV é uma ação permanente e orgânica, que torna visível a dimensão vocacional em todos os campos da vida da Igreja: catequese, juventude, adolescente, família, liturgia; Ela deve ter em vista a Igreja Diocesana e Universal, onde todos os carismas têm espaço para sua expressão. É uma ação específica dentro da Diocese, que deve ser planejada em todos os níveis: Diocese, Setor, Paróquia, Pequenos Grupos, Família, etc., favorecendo a integração de forças e recursos, garantindo os melhores processos para o despertar, para a seleção e o cultivo das vocações eclesiais.

(texto escrito pelo Padre Valdeslei Sviercoski - Assessor do SAV do Reginal Sul II, Coordenador Diocesano do SAV e Reitor do Seminário Diocesano de Teologia )

Espiritualidade

A vivência de uma espiritualidade deve nos levar a descobrir que Deus caminha junto conosco, ao nosso lado, como fez o Povo de Israel, os discípulos e a Igreja dos primeiros cristãos.
Inúmeras passagens bíblicas retratam isto. No Êxodo Deus se fazia presente junto de seu povo: “IAHWEH ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem, para lhes mostrar o caminho, e de noite numa coluna de fogo para alumiá-los, a fim de que pudessem caminhar de dia e de noite.” (Ex 13, 21)
Davi também tinha certeza dessa presença de Deus ao seu lado, “Então o Rei Davi entrou e ficou diante de IAHWEH”. (2Sm 7, 18).
No Novo Testamento Jesus é quem caminha com seu povo, vai ao encontro dele por povoados e regiões, fazendo o bem, curando doentes, anunciando o Reino de Deus (Mt 4, 23).
Os sinais que Cristo operava na vida daquelas pessoas permitiam que elas sentissem realmente a chegada do Reino de Deus, recuperando sua dignidade, saindo da margem...
Os Apóstolos por inúmeras vezes entendiam o caminho de Jesus de uma forma diferente, destoando suas palavras das do Mestre. “os discípulos Tiago e João disseram: ‘Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu, para que os destrua?’ Ele, porém, voltou-se e os repreendeu.” (Lc 9, 54s)
Em outra passagem Pedro leva uma reprimenda ainda maior: “Afasta-te de mim Satanás! Tu me serves de pedra de tropeço, porque não pensas as coisas de Deus, mas dos homens” (Mt 16, 23).
Porém, mesmo diante de todas as situações de engano, de rumo errôneo tomado por parte de seus discípulos, de seu povo, o Senhor não deixa de estar com ele.
Na passagem de Emaús (Lc 24, 13 – 35), os dois discípulos estão em um caminho contrário e mesmo assim Jesus está ao lado deles, e com amor explica-lhes as Escrituras de tal forma que arde o coração de cada um deles.
Na vida da Igreja Cristo é o centro. Ele é encontrado no meio da comunidade, perseguir os cristãos é perseguir o Cristo. “‘Saulo, Saulo, por que me persegues?’ Saulo perguntou: ‘Quem és tu, Senhor?’ A voz respondeu: ‘Eu sou Jesus, a quem tu estás perseguindo’” (At 9, 4s).
Hoje na Comunidade Eclesial somos todos chamados a estar a caminho, vivenciando a presença de Cristo.
O Serviço de Animação Vocacional está em profunda consonância com a espiritualidade do caminhar. Jesus convoca cada um de nós a estar disposto a segui-lo e assim, pelo testemunho mais que pelas palavras, ser sinal do amor misericordioso de Deus que passa no meio dos homens e os convoca a colocarem-se a caminho anunciando o Reino de Deus.
Esse anúncio se dá pela vivência da vocação à qual cada um é chamado. E cabe ao Animador Vocacional ajudar as pessoas a descobrirem sua vocação na Igreja, seja ela qual for. Mas para que isso aconteça é necessário que o Animador Vocacional tenha em si um profundo amor à Cristo e à sua Igreja, cultivando uma espiritualidade que seja uma experiência real de encontro e seguimento de Cristo.
(texto escrito pelo seminarista Athanagildo Vaz Neto do Seminário Diocesano São João Maria Vianney - Teologia)

Vocação - Padre Carlo Batistoni

Como por um grito de libertação o movimento cultural que veio afirmando-se com toda a sua força no meado do século XX reivindicava a absoluta independência do indivíduo do sistema. Tinha sido demasiadamente decepcionante descobrir o que o homem é capaz de fazer: campos de extermínio russos, nazistas, chineses… ogivas nucleares que em poucos minutos provocaram milhares e milhares de vitimas… armas usadas no Vietnã, capazes de queimar um homem sem que ele morresse…
O mito do homem que é capaz de construir o seu planeta desabava progressivamente desde então até os nossos dias junto com cada árvore que cai. O futuro prognosticado nos anos 60 como um futuro mais humano resultante do progresso econômico global mostrou bem cedo os seus pontos falhos e, desmentindo toda ilusão, expôs o outro lado da moeda: divisão de classes, pobreza e fome, intolerância das minorias étnicas, religiosas, imposição de sistemas que não reconhecem ao homem a sua dignidade. E, como salário, restaram a solidão e o individualismo dominante, a incapacidade ou a grande dificuldade em construir relações estáveis. E, bem no fundo, em grande parte das pessoas ecoa escondida a convicção de Freud e Schopenhauer: “o homem é destinado a ser infeliz”.
Teremos que nos resignar a esta deprimente afirmação como se fosse verdadeira?
Alguns disseram “não”. Disseram que a felicidade “é um direito”, e disto decorreu o lema que aparece em todo canto: “é preciso ser feliz”. Uma frase que é apontada como uma verdade fundamental, um axioma, base e finalidade de existência. Com certeza nisto existe parte de verdade. No entanto tal convicção está nos impondo a “ditadura da felicidade”: tenho que buscar a felicidade a todo custo e, para tanto, posso recorrer a tudo quanto satisfaça minhas exigências econômicas, afetivas, relacionais… até religiosas. O parâmetro fundamental se torna assim a minha insaciável sede de felicidade a todo custo. Não é isto que encontramos muitas vezes escondido no mais íntimo das nossas decisões? Será possível que, bem lá no fundo, esta busca desesperada da “minha felicidade” não é o principio da própria insatisfação? Será que este perigoso inimigo não atente também à opção para a vida consagrada?
Um dramaturgo armeno (W.Saroyan) chegou a uma brilhante conclusão: «A felicidade é saber que não precisamos ser felizes a todo custo». Esta visão nos dá uma autêntica base de liberdade para escolher e, principalmente para acolher. Sim, acolher. Pois a vocação não é escolha para uma possível felicidade construída com as próprias mãos, mas é felicidade recebida como dom.
A ditadura da felicidade nos impõe a frustrante procura de algo que desconhecemos, afinal o que é “felicidade”? Se nós, nós não sabemos “quem” somos, como poderíamos saber o que nos faz felizes? Eis, então uma avalanche de propostas, um verdadeiro mercado de receitas que nos são oferecidas para encontrarmos a felicidade.
Quantas vezes vi pessoas amarguradas, sentindo-se frustradas, não realizadas porque não encontraram a própria felicidade! Mas é obvio, enquanto estivermos procurando uma felicidade abstrata nunca a encontraremos a não ser na fantasia da nossa mente. E já que o mundo não é a nossa mente, as conseqüências são bem claras.
Creio que, bem aqui, a vocação religiosa tenha algo importante a propor, hoje como sempre. Em primeiro lugar é preciso recordar que vocação é vocação, isto é, é uma proposta que vem de fora do meu “eu”. É preciso distinguir claramente “vocação” de “aptidão”; uma não é outra. Procurar a própria “aptidão” é justo, necessário; é o que se faz com as técnicas psicológicas e os impropriamente chamados “testes vocacionais”. Ao contrário, a vocação não é sujeita a medição de nenhum tipo. Não se encontra no homem, mas fora do homem. Enquanto estivermos ainda considerando a vocação como uma “aptidão” sempre teremos a frustração sentada ao nosso lado, pois sempre nos perguntaremos: “será que é isto ou aquilo?”, numa eterna dúvida alimentada pela insegurança que respiramos a todo momento. Mas “vocação”, graças a Deus, não é “aptidão”.
Evidentemente existe um profundo laço entre a vocação e a felicidade. Todos lembramos o episódio de Jesus com o jovem “chamado”, “convidado”; o Evangelista diz dele que «foi embora triste» (Lc. 18,22). Na visão de Lucas quando Jesus convida alguém, pousa um olhar definitivo sobre ele e, oferecendo um caminho de seqüela, oferece a possibilidade de ser feliz. Eis que aqui não temos a busca de uma felicidade teórica, imaginária; temos, antes, a possibilidade que um homem seja feliz. Jesus não diz nem como nem quando a fim de que não haja confusão e se imagine novamente a felicidade como um objetivo a ser conquistado o qual, como vimos, trará sempre frustração. É fato de caminhar com Jesus que faz feliz uma pessoa. O próprio ato de caminhar, não a meta cobiçada. É licito perguntarmo-nos o porquê.
Em primeiro lugar porque, não sendo confundida a vocação com a aptidão, aquele que percebe o seu espírito ser incline para uma vida consagrada a Deus percebe também que está sendo objeto privilegiado do amor de Deus. E disto não precisa ter vergonha ou sentir um certo embaraçoso pudor. Certamente, é evidente e continua na Escritura esta atitude própria de Deus que “pousa o olhar sobre a pessoa amada” –assim canta Maria-. Sentir-se objeto do amor privilegiado já nos coloca num modo especial diante do mundo, diante das pessoas, de nós mesmos e, por último, do próprio Deus. Quem se sente amado de modo não indefinido experimenta o sabor da felicidade.
Em segundo lugar, já que não nos conhecemos, Aquele que nos toma pela mão, faz-nos conhecer “quem” realmente somos e com isto nos oferece o primeiro profundo encontro com a liberdade. Todos sabemos que o primeiro ato para amar e amar-se é se conhecer por aquilo que somos sem julgamentos, e esta experiência se faz somente na comunhão profunda com Jesus e com uma comunidade autêntica de fé.
Caminhar com Jesus significa deixar-se conduzir (não tomar as rédeas). Jesus repreendeu Pedro que instintivamente agiu como nós somos tentados a fazer: antecipar os passos de Jesus, pretender dizer a Ele o que fazer e para onde ir. As últimas palavras de Jesus ao Apóstolo soavam novamente assim: «quando eras mais moço, tu te cingias a ti mesmo e andavas por onde querias; quando, porém, fores velho, estenderás as mãos, e outro te cingirá e te levará para onde não queres » (é preciso ler: “moço” e “velho” não somente como adjetivos cronológicos mas existenciais). Eis então o terceiro momento da beleza da vocação: sentir-se conduzido amorosamente, firmemente rumo àquilo que desconhecemos. É um renovar a cada passo a capacidade última e definitiva do homem que o distingue de todo ser e o manifesta como imagem de Deus: ouvir infinitamente.
Assim, deste modo, não precisaremos oferecer ao mundo uma das tantas receitas na busca angustiosa de felicidade; será suficiente dizer sem palavras: “aqui está uma pessoa feliz”!
Permito-me oferecer parte de uma linda oração do XII século que há tempo saboreio: “...mas, Senhor. Se tu és a Paz, Se tu és a Sabedoria, Se tu és a Beleza, Se tu és o Amor, Porque deveria buscar a felicidade fora de ti? E se tu estás em mim, porque deveria busca-la longe de mim?”
(texto escrito pelo Padre Carlos Batistoni, do Instituto Bíblico Regnun Dei e professor de Teologia Sistemática)

Contemplar a Vocação com Maria

Contemplar a Vocação com Maria
É com muita alegria, que partir deste mês de outubro estaremos juntos em mais este meio de reflexão para aprofundarmos nossa caminhada de SAV.
Neste mês a Igreja comemora o mês do rosário nas famílias. Mas antes de entramos nesse assunto, gostaríamos de tratar primeiro com vocês dessa pequena pergunta que tem muito valor para cada um de nós: como estamos cultivando a nossa vocação?
É uma pergunta simples, que parece boba, que poderíamos responder com respostas rápidas e significativas. Mas, estamos deixando o chamado de Deus frutificar em nossas vidas? Ou, estamos fechados à voz de Deus que nos chama?
Convidamos a todos para olharmos a vida de Maria, ela que foi a primeira cristã, foi corajosa por demais ao dizer o seu SIM. Portanto, peçamos o seu auxílio, para que aprendamos dela a sermos fiéis ao chamado de Deus. Sendo assim, podemos iniciar esse nosso exercício REZANDO, pedindo a ajuda de Deus para podermos colocar em prática aquilo que Ele pensou para a nossa vida.
A vida de Maria que contemplamos ao longo dos mistérios do Rosário são sinais evidentes de vocação. Através dos Mistérios do Santo Rosário podemos aprender de Maria, pois ela foi fiel a sua vocação e através de sua vida manifesta para nós a alegria de ser escolhida para ser a mãe de Jesus. Também podemos perceber quantas dificuldades que ela enfrentou, quantas tristezas, quantas dores ela passou, pois ela também teve de carregar a sua cruz. Maria não ficou abatida, pois Deus revelava a ela o Seu plano de amor, manifestando a sua luz. Mostrou a grandiosidade do Seu Reino, até chegar à revelação plena de Seu projeto, quando ela foi coroada como Rainha do Céu e da Terra.
Toda essa realidade foi possível na vida de Maria por causa do seu SIM. E agora também nós somos convidados a fazer o mesmo caminho, somos convidados a cultivar nossa vocação, confiando em Deus, apesar de nossas cruzes, para que possamos receber de Deus a gloriosa recompensa, por termos sido fiéis ao Seu projeto de amor.
Portanto, que este mês de outubro, mês do rosário, possa ser um momento oportuno para reavivarmos a nossa vocação, rezando juntos o Santo Rosário em família pedindo as graças necessárias para Deus na nossa caminhada vocacional. Faça o convite em sua comunidade, em sua paróquia ou em qualquer lugar que esteja para que as famílias também rezem o Rosário durante este mês principalmente pelas vocações missionárias, já que também outubro é o mês das Missões, mas também rezem pelas vocações sacerdotais, religiosas e leigas. Lembrem-se com muito carinho das crianças e rezem pela descoberta da sua vocação, pois “vocação acertada é futuro feliz”.
(texto escrito pelos seminaristas Jorge A. S. Chuchene e Ricardo Barbieri - Seminário Diocesano São José - Filosofia)

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Texto formação 25/10/08

SAV e o Ano Catequético

Tema:
“Catequese, caminho para o discipulado”.
Lema:

“Nosso coração arde quando ele fala, explica as Escrituras e parte o pão”. (Lc 24,32.35)

Objetivos do Ano Catequético:
Despertar nos cristãos o aprofundamento e amadurecimento da fé;
Viver em comunidade;
Catequese começa pela iniciação cristã e se constitui um processo de formação permanente;
Formar discípulos.

O Discipulado como seguimento de Cristo vivo:
- Encontro com Cristo vivo é fundamental;
- O chamado de Cristo traz uma novidade: encontrar e criar vínculos com Ele;
- Jesus é a fonte da vida;

No caminho de discipulado descobrimos que não escolhemos o mestre, foi Cristo quem nos escolheu (Jo 15,16);
Não fomos escolhidos para algo mas para alguém;
Escolhidos para nos vincularmos intimamente à Pessoa dele (Mc 1,1-17) e a seu projeto (DA 130).

Os 5 passos do discipulado: (DA,…)
1.
Encontro com Cristo (Kerigma)
“Recomeçar a partir de Cristo”;
2. Conversão: para o projeto de Deus na minha vida;
3. Discipulado – Formação;
4. Comunhão – viver a unidade – empreender esforços para acontecer;
5. Missão – despertar o que Cristo quer.

O SAV e o Ano Catequético
Unir forças com catequistas para viver o Ano Catequético;
A Pastoral Vocacional deve ser o eixo (DA 314); vivendo a condição batismal acontece o chamado vocacional para nós e para os outros;

Prioridade para 2009:
Equipes Vocacionais Paroquiais (EVP)- Criar, formar e fortalecer as EVP´s para fazer acontecer as atividades do SAV;

Campos de atuação:
Catequese - propor encontro com Cristo no anúncio da Palavra; recuperar a Lectio Divina;
Família - motivação vocacional, despertar da família;
Comunidade – “olheiros” que percebem os sinais vocacionais para assumir ministérios: acolhida dos que se aproximam da Igreja;

Atividades:
- Animação de Missas (Liturgia);
- Missas Vocacionais;
- Oração Vocacional;
- Rezar o terço;
- Adoração.

Casas de Formação – olhar para o momento que antecede o ingresso na casa de formação; conhecer a família do (a) vocacionado (a);

Atividades:
- Acompanhar os vocacionados (as) nas casas de formação;
- Buscar a unidade do trabalho vocacional: padres, leigos, diáconos e os diversos carismas que atuam na paróquia;
- Divulgar e fazer conhecer o carisma da vida contemplativa, especialmente feminina.


Momentos importantes no Ano:
- Campanha da Fraternidade com a sua preocupacão com a vida;
Em 2009 será sobre Fraternidade e Segurança Pública e o lema: “A paz é fruto da Justiça) – ler e estudar o texto base; Subsidio do Regional Sul II Grupos de Família;
- Dia Mundial de Oracao pelas Vocacões (IV Domingo da Pascoa); em 2009, dia 03 de Maio;
- Dia das Maes; Dia dos Pais;
- Dia Mundial de Oração pela Santificação do Clero (em 2009, dia 19 de junho);
- Mes Vocacional;
- Mes da Biblia;
- Dia Mundial das Missões (III Dom Outubro);
- Dia Nacional da Juventude (final de outubro);
- Dia Nacional dos cristãos Leigos e Leigas (Festa de Cristo Rei XXXIV Domingo do ano); em 2009 dia 22 de novembro.

Datas Reuniões EVP´s 2009:

21/03

16/05
22/08
24/10
05/12
Sempre no sábado as 14h no Espaço Cultural Santana - Ponta Grossa


Sites úteis
www.pastoralvocacional.blogspot.com
www.sav.org.br
www.zenit.org
www.lectionautas.com

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Uma palavra aos coordenadores

Amigo(a) coordenador(a)!
A Igreja nesse mês nos chama a atenção para as Missões e o Rosário.
O missionário é aquele que anuncia uma realidade nova. Um modo de viver novo. Ser missionário é falar e testemunhar Jesus. Anunciar sua mensagem de amor e de entrega por todos nós. Ser missionário implica uma atitude interior por nossa parte: a nossa disposição e o nosso querer. Muitas pessoas ouvem a voz de Deus, porém, os eventos do mundo podem chamar mais a atenção do que a voz do Mestre Jesus.
No mês do Rosário, também somos chamados a seguirmos o modelo de Maria que acolheu a vontade de Deus em seu seio. Isso nos coloca numa atitude de pequenos missionários na messe do Senhor. Muitas vezes temos a tendência de julgar as pessoas. Não importa a hora em que os trabalhadores são chamados, mas importa que eles ouviram a voz do Dono da messe e foram para o serviço. No Rosário contemplamos a vida de Maria, o seu percurso de Mãe de Jesus. Por isso, ser chamado a imitar Maria é uma grande missão.Procuremos neste mês estar atentos as nossas atitudes de serviço e oração já que queremos ser como Maria, ou pelo menos, tomá-la como exemplo...

Seminarista Luiz Carlos Vaz Rogrigues
3º anos de Filosofia
Seminário Diocesano São José!

Ser missionário

Ser missionário não é privilégio de determinadas pessoas, mas constitui a essência da vida cristã. Ser missionário, não é só percorrer distâncias, viajar para outros continentes, mas é a difícil viagem de sair de si para ir ao encontro do outro, do diferente.
Anunciar o evangelho com “renovado ardor missionário” exige que a pregação do Evangelho responda aos “anseios do povo”.
Exige de mim, de você, uma abertura constante pessoal e comunitária para responder aos desafios de hoje. Como conseqüência desse assumir o compromisso missionário, nasce um novo estilo de missão: não levar, mas descobrir. Não só dar, mas receber. Não conquistar, mas buscar e partilhar juntos. Não ser mestre, mas aprendiz da verdade.
Eis aí o desafio: como posso ser missionário em minha casa, no meu trabalho, vivendo e acolhendo a Boa Nova!

História

O peixinho a procura do oceano.

Você me perdoa- disse um peixinho para outro,- você é mais velho que eu e, certamente, poderia me ajudar. Respoda-me: Onde é que eu posso encontrar essa coisa que chamam de oceano! Eu já procurei por muitos lugares mas não deu em nada. Não consegui encontar.
O oceano meu filho- respondeu o peixe mais velho- é exatamante onde você está agora mesmo.Isto aqui! Mas isso daqui é apenas água e nada mais... o que eu estou procurando é o oceano- replicou o peixinho, totalmente decepcionado, enquanto se retirava afim de procurar o oceano em outro lugar.

Meu caro! As vezes procuramos Deus num monte de lugar e nem nos damos conta de que n'Ele nós estamos e vivemos. As vezes procuramos Deus lá nas nuvens mas Ele está bem perto de nós: na natureza, no amiguinho de escola, na família, nos acontecimentos cotidianos e nos desejos mais íntimos do nosso coração.No seu trabalho pastoral, na sua vida de trabalho, na sua vida...Deus está presente. Perceba os grandes ou pequenos sinais que nós na maioria das vezes queremos entender e não conseguimos. Para isso só tem uma explicação: DEUS.

Como coordenador e coroinha, eu encontro sentido naquilo que chamam de “oceano”! Ou ainda não o encontrei o oceano!

Servir e Rezar (Sem. Ricardo Barbieri)

Servir e Rezar: eis a missão de cada cristão!!!
Muito bem!! Estamos entrando no mês de outubro, mês que a Igreja dedica as missões e ao Rosário da Virgem Maria. Sabemos também que em nossa Diocese, está acontecendo as Santas Missões Populares, com o retiro e o convite de sermos missionário de Jesus Cristo em nossa comunidade. A cada dia somos chamados a dar uma resposta em nossa vida. Seja o simples fato de levantar de manhã, arrumar a cama, tomar café e me dirigir para a escola, já estou fazendo uma escolha para minha vida. Porque posso fazer a escolha de ficar dormindo,assim perco a aula, recebo bronca da minha família e ainda por cima ir mal na escola.
Então vocês viram como o simples fato de escolher levantar de manhã, já transforma o meu dia-a-dia!!!
Agora eu faço esta pergunta para cada um de vocês.
Coroinha, como está sendo sua resposta para o chamado de Jesus Cristo para “Servir e Rezar”, em seu grupo e na sua família?
Gostaria muito de saber!! Por isso vou deixar para todos o meu e-mail aqui: (ricardo_barbierii@hotmail.com), e peço aos coordenadores que enviem esses relatos, para podermos ver os frutos desta caminhada junto com Jesus Cristo. Nossa caminhada é longa, mas com Cristo chegaremos lá!!

Uma dica para este mês de outubro. Reunir-se com seu grupo de coroinhas e fazer uma caminhada rezando o terço pelas Graças que a Virgem Maria derramou sobre cada membro do seu grupo e no final, fazer um pique-nique como sinal de partilha e agradecimento pela amizade de cada um.

Ricardo Barbieri é seminarista do 1º ano de filosofia do Seminário Diocesano São José

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Novo Milênio (Pe. Evandro L. Braun)

Sair, Caminhar, Anunciar
Todos os dias somos desafiados a sair de um lugar e a ir para o outro: desde manhãzinha, quando saímos da cama, até a noite, quando vamos ao quarto outra vez. Fazemos muitas coisas e - alguns com maior dificuldade - nos fazemos presentes em muitos lugares ao longo de um dia. Podemos lembrar daqueles que deixam as suas casas ainda bem cedinho para trabalhar nas empresas, nas escolas, nas indústrias, na lavoura. Algumas mães vão até o médico para levar o filho. Outros saem de casa para ir ajudar um visinho. Sem falar naqueles que, no final da tarde, vão caminhar um pouco ou que decidem ir longe visitar uma pessoa. Fomos criados para o movimento. É lógico que alguns momentos de parada, de descanso, de reflexão e de oração são necessários. Mas não podemos ficar estagnados. A vida nos apresenta a necessidade de ir. Também interiormente não podemos parar. Não podemos nos dizer prontos, santos, sem nada mais a descobrir ou a viver. Ainda há muita novidade e experiências grandes pela frente. Quando tudo parece terminado, quando parece que já se chegou lá, então é perigoso que tudo se torne vazio e sem graça. Ficar parado pode ser sinal de que algo não está bem. É preciso ter cuidado. É lógico que precisamos do nosso cantinho, do nosso lugarzinho, mas não fomos feitos para ficar lá sentados, deitados ou esperando que tudo e todos se aproximem. É preciso ir! O desafio é caminhar. Nada de parar na vida! Quando lemos a Sagrada Escritura encontramos Jesus que não se cansa nunca de caminhar. Ele pára em alguns momentos para rezar, para falar com os apóstolos, para cuidar de alguém, mas depois ele continua a sua estrada. Ele não se acomoda. E mais: Jesus nos convida a caminhar, a ir atrás dele: “Segui-me...” (MT 4,19). E aqueles que estavam sentados, como Mateus, colocou-se a caminho com Jesus (cf Mt 9,9). Estes homens e mulheres daquele tempo nos ensinam muito e são modelos para nós, hoje. Mas é importante destacar ainda o grande envio missionário: “Ide e fazei que todas as nações se tornem discípulos... e ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei” (Mt 28,19-20). Jesus voltou para o Pai, mas continua agindo no mundo através de nós. Por isso não podemos deixar de evangelizar, não podemos esquecer nunca de que somos missionários.
Como missionários, “desejamos que a alegria que recebemos no encontro com Jesus Cristo chegue a todos os homens e mulheres....” (cf Documento de Aparecida, n. 30). Por isso não nos cansamos de sair de nós mesmos, de sair de casa e sair do nosso mundinho, para chegar até o mundo, a casa e o coração dos irmãos. Que Deus nos dê entusiasmo e alegria para ir ao encontro de quem precisa de Deus!

Para Refletir e Partilhar:
1- Como é o seu corre-corre diário? O que você faz diariamente?
2- Como as palavras “sair, ir e caminhar” se concretizam na sua vida?
3- Como você pode ser um missionário, uma pessoa que anuncia Jesus?
Pe. Evandro L. Braun / evandrobraun@bol.com.br
É reitor do Seminário Propedêutico Mãe da Divina Graça - Carambeí-PR

Fé Iluminada (Sem. Fábio Sejanoski)

Vocação-Oração-Contemplação
Estamos no mês do ROSARIO. É bem verdade que o significado da palavra Rosário não quer dizer uma junção das palavras Rosa e Rio, mas é bem verdade também que, se adaptarmos estas palavras ao seu significado chegaremos a uma bela conclusão! O que é uma rosa senão uma maravilha da natureza? O que é uma rosa senão um símbolo de amor, carinho, afeto, entrega aceitação? É sempre assim: se queremos manifestar tudo isso a alguém, dá-lhe rosas... É bem verdade que uma rosa possui seus espinhos! Mas o que é uma vida senão uma oportunidade de, a partir da beleza daquilo que vem do alto encontrar o caminho para vencermos as dificuldades aqui debaixo? O espinho não está acima da rosa, mas ao contrário: é sua beleza e todo seu significado que está acima dos seus espinhos! Tem que pegar com cuidado, tem que oferecer com cuidado! É um segredo! O nosso Rosário é sem dúvida uma maravilha da natureza! Da natureza de Deus! Pois é no Rosário que temos mais uma oportunidade de meditarmos todos os Mistérios de nossa Salvação. E por causa disto nós, ao rezarmos Com Maria, oferecemos a Deus todo o nosso amor, carinho, entrega e aceitação... é bem verdade que muitas vezes é difícil rezarmos o Rosário, mas é bem verdade também que todas as vezes que o recitamos esquecemos as dificuldades aqui debaixo e contemplamos com alegria a Beleza que vem do Alto. E onde entra o Rio nesta história? Um rio começa pequeno, um simples córrego que ao longo do caminho vai ganhando forças e se transforma em um grande canal que não se acaba antes de chegar ao seu grande destino que é o Mar. O Rosário é assim uma oportunidade de começarmos devagar a trilhar um caminho em direção ao nosso grande objetivo que é Deus! E quem nos conduz? Quem nos auxilia? Quem nos dá forças? Maria: é com ela que chegamos a Cristo, e com Ele chegamos ao Pai. “O Rosário é uma grande oração contemplativa, bastante útil aos homens de hoje, preocupados todos com muitas coisas; é a oração própria de Maria e dos seus devotos” (João Paulo II). Com Maria rezamos pela união das famílias e por todas as vocações da nossa Igreja. É, pois o mês de celebrarmos com grande carinho nossa Mãe do Céu em duas festas muito bonitas: a de N. S. do Rosário e de N. S. Aparecida. É o mês Missionário, o mês de S. Francisco de Assis, o mês dos Santos Anjos da Guarda, o mês das Crianças e da Juventude. E assim quero convidar a você para que neste mês, com seu coração de criança, rezarmos pelas vocações, para que os jovens abram seu coração ao chamado de Deus: “Jesus, que foste pequenino como eu, venho pedir-te com humilde coração que olhes com carinho as crianças do mundo inteiro e desperte em todos nós o desejo de sermos bons ajudantes de teu projeto de vida”. Protege minha família, meus colegas e amigos. Maria, que é tua mãe e minha também, acompanhe meus passos. Envia Jesus, muitas vocações, capazes de fazer de nós teus verdadeiros amigos, amém.
(Sem. Fábio Sejanoski é do 4º ano de Teologia do Seminário Diocesano São João Maria Vianney)

Zeladores(as) em Missão (Sem. Adriano Perek)

Ainda trazemos em nosso coração, de modo muito forte, as bonitas experiências que realizamos em nosso congresso. Foi um “presente” de Deus para nós. A beleza do encontro se manifestou pelas palavras que ouvimos dos pregadores, onde pudemos refletir mais sobre aquilo que Deus pede para nós. Esta beleza também se manifestou em tantas pessoas que encontramos no decorrer do dia, e tantos outros fatos que Deus nos proporcionou durante o dia. Sem dúvida, todos que participaram fizeram uma experiência única em suas vidas, cada um tem muitas coisas para contar sobre o congresso.
Não podemos parar por aqui, depois desta experiência que nos animou, e nos motivou a continuarmos nosso bonito e rico trabalho de Evangelização, vamos buscar, cada vez mais, darmos passos maiores na construção do Reino de Deus. Continuemos com coragem a Evangelizar.
(Sem. Adriano Perek é do 3º ano de Filosofia do Seminário Diocesano São José)

Fruto da nossa oração! (Sem. Marcelo F. Ribas)

Olá! Sou o Marcelo, seminarista do 3º ano de filosofia, natural de Carambeí, Paróquia Imaculada Conceição. Quero partilhar com vocês um pouco de minha história vocacional. Até meus 16 anos, fui um adolescente que não participava da Igreja. Porém, no ano de 2003 passei a participar das missas de dia de semana na matriz, assim que chegava do colégio, e justamente no final de uma dessas missas, o Pe. Zé Lauro chamou-me para conversar com o Pe. Evandro, o reitor do Seminário Propedêutico, em Carambeí. O Pe. Evandro, por sua vez, convidou-me para participar do Grupo de Orientação Vocacional (GOV), um encontro de adolescentes e jovens para descobrir a vocação. O GOV acontece ainda lá no Seminário e, por estar freqüentando aquele ambiente, senti-me fortemente atraído a viver esse ideal. Fiz estágios para entrar no Seminário Menor, em Irati, mas não fui aprovado, e isso me doeu muito, de modo que deixei de lado o interesse pela vocação. Contudo, depois que terminei o ensino médio, em 2004, fui fortemente abalado pelas dúvidas sobre o rumo de minha vida e, mesmo perdido, eu me arrisquei a fazer a semana de convivência no Propedêutico. No primeiro dia dessa semana, conversei com o padre que eu só iria ficar aqueles dias para fazer um retiro, e que não iria entrar no seminário. Bem, essa semana não mais terminou em minha vida! Que a Mãe de Deus os abençoe pelo maravilhoso trabalho de rezar por nós, vocacionados!
(Seminarista Marcelo Ferreira Ribas é do 3º de Filosofia do Seminário São José da Diocese de Ponta Grossa-PR)

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Estudo

A Vocação na Bíblia

A Bíblia é como um algum de fotografias em que se encontra uma variedade imensa de vocações que trazem luz para iluminar a vocação que sentimos dentro de nós.
No apêndice do estudo: “Juventude: vocação e compromisso à luz da Palavra de Deus”, frei Carlos Mesters traça alguns perfis dos vocacionados e vocacionadas apresentandos na Sagrada Escritura. O autor percorreu as páginas da Bíblia olhando de perto o chamado de algumas das pessoas mais conhecidas, dando, para cada uma delas, uma breve chave de leitura.
O tema foi apresentado no XXI Curso de Verão, em janeiro de 2008, em São Paulo (SP), cuja temática geral era: “Juventude: caminhos para outro mundo possível”. O Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização (CESEP) publicou, junto com a Paulus Editora, um livro com todo o conteúdo do curso (cf. http://www.cesep.org.br/). Há inclusive, a opção de se fazer este mesmo curso “on line”.
O objetivo de Carlos Mesters, com o apêndice ao seu estudo, foi mostrar a variedade tanto no chamado como na resposta. Ele chega a designar “álbum da Família de Deus” ao elenco apresentado, feito “seguindo o critério da ordem cronológica, desde o início do tempo dos patriarcas do século XVIII antes de Cristo até o fim da época das primeiras comunidades cristãs do fim do primeiro século depois de Cristo”. O autor recorda que outros critérios de divisão e seleção poderiam ser utilizados, como, por exemplo, a origem da vocação, função ou missão, problemas enfrentados pela pessoa chamada na execução da sua vocação, mulheres ou homens, jovens ou idosos. E lembra que o quadro poderá ser completado, “olhando a vocação das muitas outras pessoas que não foram lembradas no elenco”. As perguntas colocadas ao final do apêndice ajudam no estudo aprofundado de cada uma das vocações.
Aqui apresentamos apenas a relação dos vocacionados e vocacionadas da época de Jesus e das comunidades dos primeiros cristãos. Mas recomendamos o estudo completo, inclusive do tema apresentado no Curso de Verão.

A variedade das vocações dentro do mesmo Projeto de Deus
A maneira de Deus chamar as pessoas é muito variada. Nenhuma vocação se repete. Chama Abraão e Sara de um jeito, e Maria Madalena de outro jeito. Também a maneira de perceber a vocação é diferente, e diferentes são as respostas que são dadas. Uns oferecem resistências, outros aceitam logo. Uns, como Jeremias, têm problemas e dúvidas, lutam com a vocação até o fim da sua vida. Outros, como Amós, não têm problemas nem dúvidas e aceitam o chamado que se torna eixo de suas vidas. Uns são chamados desde a juventude; e outros, só depois de velhos. Uns são chamados para uma tarefa bem limitada; e outros, para uma missão que envolve a vida inteira.
A Palavra que chama, às vezes, se impõe com força irresistível, como fogo dentro dos ossos (Jr 20, 9) ou como martelo que arrebenta as rochas (Jr 23, 29). Outras vezes, deixa a pessoa na revolta e no sofrimento (Jr 20, 7-18), outras vezes na alegria (Jr 15, 16). Para uns, o chamado de Deus vem com muita clareza; para outros, não há clareza nenhuma, eles não percebem nada de Deus. Sentem apenas uma necessidade humana que não pode ficar sem resposta. E quando, no julgamento final, Deus os elogia (Mt 25, 34-35), eles dizem: “Quando foi que vi o senhor com fome e sede, sem roupa e na prisão, doente? Não estou lembrado!” (Mt 25, 37-39). E Deus responderá: “Foi quando você ajudou aquela pessoa pobre. Era eu!” (Mt 25, 40).
Umas pessoas são chamadas para libertar o povo (Is 61, 1; Ex 3, 10); outras, para organizá-lo, para presidir suas assembléias, organizar o culto, cantar, profetizar, denunciar, animar, anunciar, aconselhar, guiar, reprimir, governar (Rm 12, 4-8; 1Cor 12, 4-11). Vocação para missões grandes e missões pequenas, importantes e menos importantes, ligadas ao povo todo e ligadas a um pequeno grupo. Missões que valem para muitas gerações, outras que valem para pouco tempo ou só para a pessoa que a recebe.
Para chamar as pessoas, Deus usa os mais variados meios de comunicação: sorteio, aclamação, indicação da comunidade, percepção das necessidades do povo, ação de bravura, perigo de guerra, chamado interior, aparição de anjo, sonhos, chamado de um companheiro etc. etc. ... Nenhuma vocação se repete.
O chamado de Deus não tira a liberdade das pessoas, pois elas reagem: “Quem sou eu?”. Cada um reage do seu jeito diante da missão que recebe. Cada um trava duas lutas dentro de si: a grande luta da transformação do mundo e a pequena luta da conversão pessoal. Ambas são igualmente importantes.
Zacarias: não foi capaz de crer no chamado e ficou mudo (Lc 1, 11-22);
Isabel: era estéril, mas acreditou no chamado, concebeu e tornou-se capaz de reconhecer a presença de Deus em Maria (Lc 1, 23-25.41-45);
João Batista: chamado desde o seio materno (Lc 1, 11-17), assume a missão com coragem (Mc 6, 17-29). É o primeiro profeta depois de muitos séculos de silêncio (Lc 1, 59-66; Mt 11, 7-15);
José: chamado a ser o esposo de Maria, rompe com as normas do machismo da época, e não manda Maria embora (Mt 1, 18-25);
Maria: acostumada a ruminar os fatos (Lc 2, 19-51), percebe e acolhe a Palavra, trazida pelo anjo Gabriel, a ponto de encarná-la em seu seio, em sua própria vida (Lc 1, 26-38);
Apóstolos: foram chamados para estarem com Jesus, para anunciarem a palavra e para combaterem o poder do mal (Mc 3, 13-19). O chamado de cada um dos doze e de algumas discípulas encontra-se no capítulo VI: “Jesus chama pessoas para estarem com ele e irem em missão”;
Pedro: pessoa generosa e entusiasta (Mc 14, 29.31; Mt 14, 28-29), mas na hora do perigo e da decisão, o seu coração encolhia e voltava atrás (Mt 14, 30; Mc 14, 66-72). Jesus rezou por ele (Lc 22, 31);
Tiago e João: dois irmãos. Estavam dispostos a sofrer com Jesus (Mc 10,39), mas eram violentos (Lc 9, 54). Jesus os chamou “filhos do trovão” (Mc 3, 17). João pensava ter o monopólio de Jesus. Jesus o corrigiu (Mc 9, 28-40);
Filipe: tinha jeito para colocar os outros em contato com Jesus (Jo 1, 45-46), mas não eram muito prático em resolver os problemas (Jô 6, 5-7; 12, 20-22). Parecia um pouco ingênuo. Jesus chegou a perder a paciência com ele: “Filipe, tanto tempo que estou com vocês, e você ainda não me conhece?” (Jô 14, 8-9);
André: pessoa prática. Foi ele que encontrou o menino com cinco pães e dois peixes (Jo 6, 8-9). É a ele que Filipe se dirige para resolver o caso dos gregos que queriam ver Jesus (Jo 12, 20-22), e é André que chama Pedro para encontrar-se com Jesus (Jo 1, 40-43);
Tomé: com teimosia sustentou sua opinião, uma semana inteira, contra o testemunho de todos os outros (Jo 20, 24-25). É que o Jesus ressuscitado em quem Tomé acreditava tinha de ser o mesmo Jesus que fora crucificado e que carregava os sinais da tortura no corpo (Jo 20, 26-28);
Natanael: era bairrista e não podia admitir que algo de bom pudesse vir de Nazaré (Jo 1, 46). Mas quando Jesus lhe explica, ele s entrega (Jo 1, 49). Este Natanael aparece só evangelho de João. Alguns o identificam com o Bartolomeu que aparece na lista do evangelho de Marcos (Mc 3, 18);
Mateus: era um publicano, pessoa excluída pala religião dos judeus (Mt 9, 9). Sabemos pouco da sua vida. Nos evangelhos de Marcos e Lucas ele é chamado Levi (Mc 2, 14; Lc 5, 27). O nome Mateus significa “dom de Deus”. Os excluídos são “mateus” (dom de Deus) para a comunidade;
Simão: era um zelote (Mc 3, 18). Dele, só sabemos o nome e o apelido. Nada mais. Ele era zelote, isto é, fazia parte do movimento popular que na época se opunha à dominação romana;
Judas: guardava o dinheiro do grupo (Jo 12, 6; 13, 29). Tornou-se o traidor de Jesus (Jo 13, 26-27). Setenta anos depois da traição, no fim do primeiro século, o autor do quarto evangelho ainda tem raiva dele e o chama de “ladrão” (Jo 12- 4-6);
Samaritana: teve dificuldade em perceber o chamado (Jo 4, 7-30), mas tornou-se uma grande apóstola no meio do seu povo (Jo 4, 39-42);
A moça do perfume: teve a coragem de quebrar as normas da época e entrou na casa do fariseu, onde Jesus estava. Banhou os seus pés com lágrimas, enxugou-os com seus cabelos e ungiu-os com perfume (Lc 7, 36-50);
A mulher Cananéia: gritou atrás de Jesus pela saúde de sua filha doente e, chamada de cachorrinho por Jesus, teve a coragem de exigir os seus direitos como cachorrinho: receber as migalhas que caem da mesa dos filhos (Mt 15, 21-28);
O jovem rico: observava todos os mandamentos desde criança, mas chamado para abandonar tudo que tinha e dá-lo aos pobres a fim de poder seguir Jesus de perto, não teve coragem e voltou atrás (Mc 10, 17-31);
Nicodemos: era membro do Sinédrio, o Supremo Tribunal da época. Homem importante. Ele aceita a mensagem de Jesus, mas não tem coragem de manifestá-lo publicamente (Jo 3, 1). Junto com José de Arimatéia, cuidou da sepultura de Jesus (Jo 19,39);
Joana e Susana: Joana era esposa de Cusa, procurador de Herodes, que governava a Galiléia. As duas faziam parte do grupo de mulheres que seguiam a Jesus, o serviam com seus bens e subiam com ele até Jerusalém (Mc 15, 40-41; Lc 8, 2-3);
Maria Madalena: era nascida na cidade de Magdala. Daí o nome Ma(g)dalena. Jesus a curou de uma doença (Lc 8, 2). Ela o seguiu até o pé da cruz (Mc 15, 40). Depois da páscoa, foi ela que recebeu de Jesus a ordenação de anunciar aos outros a Boa Nova da Ressurreição (Jo 20, 17; Mt 28, 10);
Matias: chamado a ser apóstolo, por sorteio, após uma reunião dos outros onze apóstolos (At 1, 15-26);
Barnabé: o primeiro a partilhar os seus bens (At 4, 36s), é chamado a enfrentar missões difíceis (At 9, 26-27; 11, 22.25; 13,2);
Paulo: foi chamado num momento em que tudo indicava o contrário, pois era perseguidor (At 9, 1-19). O chamado o derruba na estrada (At 9, 4); ele fica cego (At 9, 3);
Lídia: sente o chamado ao ouvir a pregação de Paulo; torna-se a primeira coordenadora das Comunidades da Europa (At 16, 14s);
Andrônico e Júnia: são chamados por Paulo de “parentes e companheiros de prisão, apóstolos importantes que se converteram a Cristo antes de mim” (Rm 16, 7);
Febe: chamada a ser diaconisa, torna-se “irmã” de Paulo e presta seu serviço a muita gente (Rm 16, 1-2);
Timóteo: preparado pela formação recebida em casa (2Tm 1, 5; 3, 14), é chamado a ser companheiro de Paulo (At 16, 1-3);
Prisca e Áquila
: casal amigo de Paulo. Os dois respondem ao chamado, combinando as exigências das comunidades com as possibilidades da sua profissão (At 18, 2-3; Rm 16, 3-5).

Para aprofundar a vocação na Bíblia

1- Qual a origem da vocação e qual o objetivo que ela quer atingir na vida da pessoa chamada?
2- Qual a missão que a pessoa chamada recebe dentro do conjunto do povo de Deus?
3- Quais os critérios de escolha que Deus usou para chamar a pessoa?
4- Quais os recursos para realizar a missão?
5- Quais as resistências que a pessoa chamada oferece e por quê?
6- Quais os problemas que a pessoa chamada encontra na execução da sua vocação e como os enfrenta?
7- Vocação pessoal e situação do povo: como essas duas realidades estão relacionadas entre si na vida da pessoa chamada?
8- Quais as vocações que as mulheres recebem, dentro do conjunto do povo de Deus?
9- Quais os traços do rosto de Deus que transparecem em cada chamado?10- De todas essas vocações, com qual delas você mais se identifica e com quais você menos se identifica? Por quê?

Fonte: Revista Rogate de animação vocacional. Ano XXVII - nº 26 - Setembro 2008 - p. 10-13.

domingo, 14 de setembro de 2008

"Maria colocou-se a caminho" (Lc 1, 39)

“Maria colocou-se a caminho” (Lc 1,39)
Reflexão para Zeladores (as) de Capelinhas
Congresso Diocesano – 31/08/2008


1. Primeira Palavra
Estamos diante de uma frase do evangelho de São Lucas. Uma frase que identifica bem a espiritualidade e a missão do Movimento das Capelinhas.
Nas muitas capelinhas presentes na diocese de Ponta Grossa, Maria continua visitando as casas das pessoas. E aonde Maria chega, aí também chega Jesus. Maria é a grande mãe, a mulher que disse sim a Deus, a mulher que traz no seio um filho. Ela visita os lares, assim como visitou a casa de Isabel.

2. O Contexto Bíblico da Frase

O texto em que encontramos a frase “Maria colocou-se a caminho”(Lc 1,39) está situado entre dois versículos que vale a pena considerar aqui.
Em Lc 1,38 lemos: “Disse, então, Maria: ‘Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo tua palavra!’ E o Anjo a deixou.”
Em Lc 1,40 lemos: “Entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel”.
Maria disse o seu SIM ao Deus que a veio visitar através do Anjo. O Anjo se afastou e Ela se colocou a caminho em direção à casa de Zacarias e Isabel.
Entre a Visita que Deus faz a Maria e a Visita que Maria faz a Isabel está a caminhada: “Maria colocou-se a caminho!” Outras traduções bíblicas dizem que “Maria se levantou e foi!” e ainda “Maria partiu!”
Maria fez a experiência da caminhada. Caminhar é fundamental para aquele que faz a experiência de Deus. Aquela que estava em casa, num lugar, já que o anjo “entrou onde ela estava” (Lc 1, 28), recebe a visita do anjo, diz o SIM e parte, sai, caminha em direção aos irmãos.
O processo que contempla-se então é o que vai da CASA DE MARIA até a CASA DOS OUTROS. Neste o CAMINHAR é fundamental.
Entre DEUS e os IRMAOS encontramos a CAMINHADA. Quando Deus termina a sua parte (o Anjo se afastou!), começa a parte daquele que é chamado (Maria colocou-se a caminho!).

3. Caminhar na Sagrada Escritura
Caminhar, para a Bíblia é fundamental. Caminhar para o discípulo de Cristo é essencial. Caminhar é o desafio que Deus faz a cada zelador e zeladora da capelinha de nossa diocese. Como Maria que caminhou ao encontro de quem precisava, cada um de nós somos chamados a caminhar em direção a quem necessita.
O povo do Antigo Testamento foi desafiado a caminhar: “Far-vos-ei subir da aflição do Egito... para uma terra que mana leite e mel”(Ex 3,17). Deus não quer que seu povo fique parado, no sofrimento, na escravidão. Ele quer que o seu povo caminhe. Caminhar é preciso! É certamente isso que Deus quer do seu povo. De tal forma Deus quer seu povo caminhando que pede que Moisés vá falar ao faraó: “Deixa o meu povo partir”(EX 7, 26).
E Deus quer que o povo caminhe de verdade! Vejamos o texto do Êxodo: “Quando o Faraó deixou o povo partir, Deus não o fez ir pelo caminho no país dos filisteus, apesar de ser mais perto, porque Deus achara que diante dos combates o povo poderia se arrepender e voltar ao Egito. Deus, então, fez o povo dar a volta pelo caminho do deserto do mar dos juncos....”(Ex 13,17-18). “E Iahweh ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem, para lhes mostrar o caminho, e de noite numa coluna de fogo para os alumiar, a fim de que pudessem caminhar de dia e de noite”(Ex 13, 21).
O povo do Antigo Testamento precisou caminhar, e caminhar muito, sem parar! Deus não quer que seu povo fique parado, no comodismo. Passam pelo mar, ultrapassam o deserto, chegam ao Sinai onde selam a aliança, pecam, mas são sempre desafiados de novo a caminhar: “Vai, sobe daqui, tu e o povo que fizeste subir do Egito.....”(Ex 33, 1).
Enfim, podemos dizer que o povo do Antigo Testamento era um povo sempre desafiado a caminhar. Para eles, caminhar era preciso. O caminhar fazia parte da sua vida.
Quando tomamos nas mãos os textos do Novo Testamento, mais precisamente os evangelhos, encontramos Jesus. Ele era o homem que caminhava. E enquanto caminhava, chamava outros a caminhar com ele. A título de referência, um texto: “Estando ele a caminhar, viu dois irmãos.... Disse-lhes: ‘Segui-me e....’ Continuando a caminhar, viu outros dois irmãos.... e os chamou.” (Mt 4,18-21). Jesus caminhava e desafiava a caminhar! E depois, todos os Evangelhos nos falam de um Jesus que caminhava, da planície à montanha, de um lado para o outro, da sinagoga à casa das pessoas. E a grande caminhada salvadora foi aquela em que tomou a cruz sobre os ombros até o lugar da crucifixão. Jesus caminhou e chamou pessoas a caminhar consigo. Como ressuscitado ele continuou a caminhar com os seus discípulos: “Aproximou-se e pôs-se a caminhar com eles” (Lc 24,15). É a experiência dos discípulos de Emaús.
Seguir Jesus é o mesmo que caminhar! Quem fica parado no seu mundo, fica para trás.
Também Maria, a grande mulher do Novo Testamento e a grande modelo da nossa vida cristã, se colocou a caminho. Maria caminhava! Ela, cheia de Deus, foi ao encontro, caminhou em direção àqueles que precisavam de ajuda.
O povo cristão de hoje é também chamado a caminhar! O Concílio Vaticano II dizia que “a Igreja continua o seu peregrinar entre as perseguições do mundo e as consolações de Deus, anunciando a paixão e a morte do Senhor, até que ele venha” (LG, n. 8). Mais a frente o texto do Concílio diz que “o novo Israel do tempo atual, que anda em busca da cidade futura e permanente, se chama Igreja de Cristo... E ao caminhar por entre as tentações e as provas, ela é fortalecida pelo conforto da graça de Deus....” (LG, n. 9).
A Igreja é povo a caminho também porque os discípulos de Cristo de hoje são os enviados: “Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos.....” (Mt 28,19). Caminhar em direção aos outros é, então, uma exigência. Mais que tudo, hoje, uma urgência!
O Documento de Aparecida lembra que “a Igreja peregrina é missionária por natureza, porque tem sua origem na missão do Filho e do Espírito Santo, segundo o desígnio do Pai”(DA n. 347; cf AG 2).
Em síntese, podemos dizer que o povo de Deus é sempre um “povo a caminho”: da escravidão do Egito para a Terra Prometida; de Nazaré para Jerusalém; deste mundo para a glória eterna.

4. Caminhar sempre, sem parar!

Deus se revela a nós. Ele manifesta a nós o seu amor. Ele nos permite viver momentos extraordinários da sua graça. Com Maria aconteceu assim. Ela recebeu a visita do Anjo. Mas o anjo retirou-se (cf Lc 1,38).
Também os discípulos estavam felizes com a manifestação de Jesus na transfiguração. Tanto que Pedro pede para Jesus: “Rabi, é bom estarmos aqui. Façamos,pois, três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”(Mc 9,5). Era ótimo para eles ficar ali, mas parece que Jesus não permite que eles parem porque logo em seguida lemos: “ao descerem da montanha....”(Mc 9,9).
Parar é uma exigência que nos fazemos constantemente. Mas não podemos parar porque a nossa missão é caminhar, é partir, é ir ao encontro dos outros. Nós queremos parar, mas Deus quer nos ver caminhando.
Não podemos parar!
Será que não tem gente parada por aí?
Os que dizem que já fizeram muito pela comunidade e agora querem descansar, não estão parados?
Os que dizem ou se mostram como aqueles que sabem tudo, não estão parados?
Os que ficam esperando os outros fazer as coisas, não estão parados?
Eu e você, não estamos parados? Não é possível fazer mais, crescer mais, servir melhor? Não posso dar passos ainda?

5. Caminhar para levar Jesus: eis aí a nossa vocação!
Caminhar! Caminhar! Caminhar! Eis a nossa missão!
“Sair de” e “ir para: eis o que significa caminhar!
Partir ao encontro dos outros! Eis a missão especifica do zelador, da zeladora de capelinha.
Colocar-se a caminho, para servir! Eis a nossa vocação.
Caminhar significa deixar o comodismo. É sair da cadeira. É abrir o portão de casa e bater na porta da casa e do coração das pessoas. Tudo isso é muito simples e, ao mesmo tempo, extremamente complicado em nosso tempo. Mas é esta a nossa missão.
Os doentes precisam de uma palavra, de uma mão que ajude. Também precisam que lhes sejam trocadas as fraldas e que alguém lhes alimente. E esta não é a nossa vocação?
Muitas mães estão desesperadas porque foram traídas, abandonadas por seus filhos. Não é nossa missão ir ao encontro destas senhoras?
Muitas famílias não sabem mais rezar, nem mesmo sabem que Deus é amor. Não é nossa tarefa ir ao encontro delas?
Muitas pessoas precisam de ajuda. Isabel precisava e Maria foi ao seu encontro. Não somos chamados também a “colocar-nos a caminho”?
Mas é preciso levar Jesus, como Maria fez.
Levar Jesus e não normas a seguir!
Levar Jesus e não as últimas notícias que acontecem na paróquia ou entre os visinhos! (Em outras palavras, levar Jesus e não as fofocas!)
Levar Jesus e não um coração cheio de si mesmos!
Levar Jesus e não julgamentos, críticas e até condenações!
Levar Jesus através da disposição de servir!
Levar Jesus com muita simplicidade, alegria e sem medo!
Levar Jesus que enche de sentido a vida das pessoas!
Levar Jesus, como fez Maria que colocou-se a caminho!

Caminhar! Partir! Ir! Ser Missionário de Jesus. Mostrar Jesus de verdade! Que vocação maravilhosa e comprometedora Deus nos confiou!

6. Guiados pelo Espírito Santo
Mas o Espírito Santo, o mesmo que tornou fecundo o seio de Maria, o mesmo que conduz a Igreja, o mesmo que deu coragem, força e alegria a tantos que viveram antes de nós ou exerceram a missão que hoje é nossa, há de nos plenificar de graça e luz. O Espírito Santo há de fazer novas todas as coisas e também a nossa vida e missão.
“Ele, que foi derramado em nossos corações, geme e intercede por nós e com seus dons nos fortalece em nosso caminho de discípulos e missionários”(DA n. 23).
Caminhemos, cheios do Espírito Santo, para que Jesus seja conhecido, amado e seguido por todos aqueles que nós somos chamados a servir.
Coloquemo-nos a caminho, como Maria.

Pe Evandro Luis Braun,
31 de agosto de 2008.
(Texto usado em uma reflexão no Congresso Diocesano do Movimento das Capelinhas em 31 de Agosto de 2008 em Ponta Grossa-PR)

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Testemunho Vocacional (Kleber A. Pacheco)

Ola! Que a paz de Cristo esteja sempre em vossos corações.
Meu nome é Kleber Alexandre Pacheco, tenho 24 anos, sou seminarista diocesano e estou no 2° ano de filosofia. Minha família é natural de cidade de Ventania. Meu pai se chama João Pacheco e minha mãe se chama Roseli Fátima Pacheco, tenho também duas irmãs: Tatiane e Emily.
Foi dentro da minha casa que tudo começou, ou seja, graças aos meus pais que estou hoje aqui no seminário respondendo ao chamado que Deus me fez a vocação sacerdotal. Meus avós, tanto maternos quanto paternos, sempre foram bem tradicionais, sempre participavam da igreja e rezavam o terço em casa. E eles passaram esses valores também para os filhos. Recordo-me bem que quando ainda era criança, meus pais e meus irmãos, íamos todas as sextas-feiras na missa, por ser uma comunidade do interior o Pe. Optou por celebrar nas sextas-feiras. Também recordo que quando a capelinha chegava lá em casa meus pais sempre rezavam o terço juntos de joelhos diante da capelinha e eu ficava ali junto deles, rezava uma ave Maria e saia brincar um pouco pela casa, como qualquer criança eu não conseguia ficar parado!. Nas novenas de natal eu sempre acompanhava minha mãe. Há! como eu gostava de ir nessas novenas, eram bem animadas entre uma dezena e outra do terço, e os contos deixavam a novena mais bela. Enfim, cresci vendo maus pais rezando juntos. O tempo foi passando e eu continuei assimilando todos esses valores. Na adolescência comecei a me inserir em minha comunidade paroquial, ajudando naquilo que era preciso. Tudo isso contribuiu para que o chamado de Deus fosse se apresentando cada vez mais forte em minha vida. Hoje estou no seminário e me sinto muito feliz, respondendo positivamente ao chamado que Deus me fez, para trabalhar em sua vinha. A igreja doméstica, que é a família, é o lugar de oração, união, amor, e dentro desta igreja, Deus se manifesta de varias formas, e uma delas foi ter me chamado para uma vida de total consagração a Ele. Que sua igreja domestica seja um ambiente de oração, união e amor. Para que Deus possa se manifestar.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo. Para sempre Seja Louvado.
(Seminatista Kleber Alexandre Pacheco)

Testemunho Vocacional (Kleber A. Pacheco)

Ola! Que a paz de Cristo esteja sempre em vossos corações.
Meu nome é Kleber Alexandre Pacheco, tenho 24 anos, sou seminarista diocesano e estou no 2° ano de filosofia. Minha família é natural de cidade de Ventania. Meu pai se chama João Pacheco e minha mãe se chama Roseli Fátima Pacheco, tenho também duas irmãs: Tatiane e Emily.
Foi dentro da minha casa que tudo começou, ou seja, graças aos meus pais que estou hoje aqui no seminário respondendo ao chamado que Deus me fez a vocação sacerdotal. Meus avós, tanto maternos quanto paternos, sempre foram bem tradicionais, sempre participavam da igreja e rezavam o terço em casa. E eles passaram esses valores também para os filhos. Recordo-me bem que quando ainda era criança, meus pais e meus irmãos, íamos todas as sextas-feiras na missa, por ser uma comunidade do interior o Pe. Optou por celebrar nas sextas-feiras. Também recordo que quando a capelinha chegava lá em casa meus pais sempre rezavam o terço juntos de joelhos diante da capelinha e eu ficava ali junto deles, rezava uma ave Maria e saia brincar um pouco pela casa, como qualquer criança eu não conseguia ficar parado!. Nas novenas de natal eu sempre acompanhava minha mãe. Há! como eu gostava de ir nessas novenas, eram bem animadas entre uma dezena e outra do terço, e os contos deixavam a novena mais bela. Enfim, cresci vendo maus pais rezando juntos. O tempo foi passando e eu continuei assimilando todos esses valores. Na adolescência comecei a me inserir em minha comunidade paroquial, ajudando naquilo que era preciso. Tudo isso contribuiu para que o chamado de Deus fosse se apresentando cada vez mais forte em minha vida. Hoje estou no seminário e me sinto muito feliz, respondendo positivamente ao chamado que Deus me fez, para trabalhar em sua vinha. A igreja doméstica, que é a família, é o lugar de oração, união, amor, e dentro desta igreja, Deus se manifesta de varias formas, e uma delas foi ter me chamado para uma vida de total consagração a Ele. Que sua igreja domestica seja um ambiente de oração, união e amor. Para que Deus possa se manifestar.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo. Para sempre Seja Louvado.
(Seminatista Kleber Alexandre Pacheco)

O que é que permanece? (Fábio Sejanoski)

“É como a chuva que lava... é como o fogo que arrasa... Tua Palavra é assim, não passa por mim sem deixar um sinal”.
Estamos em Setembro, mês tão bonito dedicado com maior atenção à Palavra de Deus. Queremos meditar um pouco sobre como esta Palavra tem refletido na vida de cada um de nós... Sabemos que muitas coisas hoje em dia nos influenciam. Uma pessoa ao passar por nossa vida deixa marcas, deixa sinais... uma notícia, seja ouvida com atenção ou ouvida rapidamente, nos influencia... um filme que assistimos, uma música que ouvimos, uma situação que vivemos... tudo isso passa por nós e nos causa algo... causa uma conseqüência... as vezes pode ser pequena, as vezes grande demais... as vezes positiva, as vezes negativa... as vezes por alguns momentos, as vezes por toda a vida... é assim que somos! É claro que depende muito de cada um de se deixar influenciar ou não... somos livres e conscientes para permitirmos ou não tal acontecimento. Mas somente este fato de termos que decidir em permitir ou não, já é uma conseqüência, uma marca, um sinal que levamos em nossa vida. Mais uma experiência.
Mas parece que nem sempre a Palavra de Deus tem essa mesma força em nossa vida. Temos contato com a Palavra praticamente todos os dias, seja direta ou indiretamente. E o que isso significa? O que isso muda em nossa vida? Deus é uma pessoa... Deus anuncia algo para nós... Deus é uma história acontecida e que continua acontecendo em nossa vida... Deus é uma cantiga alegre aos nossos ouvidos e que age nas mais diversas situações por mais pequenas que sejam. Damos a mesma força de influência em nossa vida para a Palavra de Deus, assim como acontece com outras coisas?
Tenha certeza que as conseqüências deixadas pela Palavra de Deus, quando assumida de forma concreta e coerente, farão um bem enorme a você.
E entre tantas coisas boas que Deus te oferece em Sua Palavra, está a oportunidade de questionar-se e de responder à vocação para a qual você é chamado.
Eis que acabamos de celebrar o mês vocacional, onde refletimos sobre a vocação ao Sacerdócio, a da Família, a de ser Religioso(a) e a de ser um grande Leigo Evangelizador... Agora pergunte-se para qual destas vocações Deus te chama e aproveite este mês para que à Luz da Palavra de Deus você possa descobrir o seu caminho... Não tenha medo de responder! Seja qual for a resposta, o importante é responder!
“Tua Palavra é lâmpada para os meus pés, Senhor, Luz para o meu caminho”.
Que a Palavra de Deus faça parte da sua vida a ponto de se estabelecer e predominar diante de toda e qualquer outra situação...
(texto escrito pelo Seminarista Fábio Sejanoski - sejanoski@yahoo.com.br)

Nem tudo está perdido! (Pe. Evandro L. Braun)

Existem pessoas totalmente abertas ao novo. São desapegados de tudo e de todos. Usam as coisas, partilham as suas idéias, expressam seus sentimentos..., mas tudo com muita liberdade. São tranqüilas. Parece que descobriram o sentido profundo do existir. São seguros e otimistas. Sabem enfrentar a vida, também com os seus sofrimentos. Tudo é encarado como dom para ser colocado a serviço. Seu jeito de viver é extremamente revelador do amor. De um amor simples, desapegado, interessado pelo outro; amor cativante, sincero, profundo; amor que vai até o extremo do dar a vida.
Muitos homens e mulheres gastam seu tempo, seus bens e seus dons para servir a quem precisa. Muitos doentes e idosos também oferecem as cruzes do dia a dia para a transformação do mundo. Existem também muitos voluntários por aí. São jovens que não se cansam de lutar pela preservação da natureza. São adultos entusiasmados pela causa social. Pais e mães de família preocupados com o futuro dos filhos dos outros. Consagrados profundamente dedicados no anúncio do Evangelho.
Penso em tudo isso porque ouvi alguém dizer: “Este mundo está perdido! Veja quanta destruição, violência, falta de valores. Não existe mais solução!” Estas afirmações me fizeram refletir muito. “Será mesmo que não há mais jeito? Tudo está perdido?” Sinceramente, existem muitas coisas para mudar e para melhorar. Disso não tenho dúvidas. Mas também estou certo de que existe muito bem sendo feito, muitas maravilhas estão acontecendo, muito amor pode ser contemplado neste mundo em que vivemos. O bem ainda é mais forte do que o mal. Por isso estamos vivos. Por isso continuamos nossas lutas diárias. Por isso renovamos a nossa esperança.
É certo que muitas coisas boas permanecem escondidas. Mas elas são reais. Gostei do que disse um padre outro dia: “Uma árvore cresce devagar e sem fazer barulho. Por isso poucos a percebem. Mas quando uma árvore é derrubada todos podem perceber o barulho e estrago”. É assim também com o bem. Ele vai acontecendo no silêncio, com tranqüilidade. A maldade é barulhenta, causa estragos. Valorizemos as muitas árvores que crescem e não somente as que caem.
Não esqueçamos do que disse o concílio: “Os cristãos acreditam ser o mundo criado e conservado pelo amor do Criador; caído, sem dúvida, sob a escravidão do pecado, mas libertado pela cruz e ressurreição de Cristo, vencedor do poder do maligno; mundo, finalmente, destinando, segundo o desígnio de Deus, a ser transformado e alcançar a própria realização.” (Gaudium et Spes, n. 2).
Sejamos otimistas, pessoas que tornam concreto o amor de Deus e promovem o bem que transforma as realidades de morte.

Para Refletir e Partilhar:
1. Para você, quais pessoas são testemunhas de otimismo e esperança?
2. Você acha que tudo está perdido neste mundo em que vivemos?
3. O que você tem feito para que o mundo seja mais humano e mais cheio de amor?

(texto escrito por Pe. Evandro L. Braun / evandrobraun@bol.com.br)

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Figura do Bom Pastor


Esta figura é o mapa de nossa diocese, que pode ser usada em várias coisas para o mês vocacional, conforme criatividade de cada equipe...

Folder


Há necessidade de fazer algumas mudanças nesta figura antes de usar... Trocar a frase e a data, pois esta figura é do ano de 2007...

Projeto para as Escolas

Mês Vocacional nos Colégios -2008 -
“Sim! Mas para onde?”

Tema: “Família de Deus: Todos somos chamados à vida e à missão”
Lema: “Sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus”. (Ef 2,19)

Quem somos?
O SAV é o Serviço de Animação Vocacional (Pastoral Vocacional), organismo da Igreja Católica que é responsável no despertar, acompanhar e promover as diversas vocações na Igreja e na Sociedade. Por vocação entendemos....

Motivação:
A motivação para o nosso trabalho vem dos apelos constantes de um mundo que pede mais vida. A vida é uma questão de escolha que começa ainda quando somos crianças, percorrendo a adolescência, e a vida adulta.
Diante de tantos apelos de morte sentimos o desejo de propor a opção pela vida, para estar “de bem com a vida” e cuidando desse grande dom que recebemos de Deus.
Diante de tantas situações que nos separam e até nos dividem, queremos propor, neste mês vocacional, que somos Família, filhos de Deus e irmãos entre nós.

Justificativa:
- Porque a vida precisa ser cuidada do seu início ao fim.

Objetivos:
- Para propor às crianças, adolescentes e jovens um sentido de vida;
- Para formar crianças, adolescentes e jovens para um mundo melhor;
- Para ajudar os adolescentes e jovens a escolher um projeto de vida que leve em conta valores como: Deus, família, amizade;
- Para melhorar a auto-estima de adolescentes e jovens apresentando-lhes “sonhos” como possibilidades de serem realizados.

Estratégia
- Planejamento e agendamento junto as Escolas, Colégios e Universidades, apresentando o projeto;
- Utilização de música, vídeos, panfletos, fotos e folders junto a crianças, adolescentes e jovens.
- Visitar Escolas, Colégios e Universidades da rede pública e particular presente nos 17 municípios da Diocese de Ponta Grossa;
- Quando possível envolver pais (Reunião de Pais), professores e direção.

Quem
- Equipe do SAV (Paroquial e Diocesano)- Igreja Católica;

Quando
Agosto de 2008

Material de Apoio (Responsável: A Equipe do Projeto)
- Projetor Multimídia;
- Nootbook;
- Amplificador;
- Banner com fotos;
- Suporte para banner.
- Na Escola, Colégio ou Universidade:
- Sala que comporte os alunos;
- Tela ou parede branca para projeção;
- Ambiente externo para exposição de banner e Material Vocacional das Congregações Religiosas.


SERVIÇO DE ANIMAÇÃO VOCACIONAL
DIOCESE DE PONTA GROSSA
Cx. Postal, 296 – Ponta Grossa – Paraná
CEP 84001-970
(42) 3238-1939
Email: savpg@hotmail.com
www.pastoralvocacional.blospot.com
Coodenador do SAV Diocesano Pe. Valdeslei Sviercoski

Oração para os domingos

SERVIÇO DE ANIMAÇAO VOCACIONAL – DIOCESE DE PONTA GROSSA

“Família de Deus: Todos somos chamados à vida e à missão”
“Sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus” (Ef 2,19)

Oração para os domingos do mês de Agosto
(Pode substituir as Preces Comunitárias)

Dir.: Deus e Pai, que em Jesus Cristo quis se dar a conhecer em plenitude e promover a salvação da humanidade, pedimos agora pelos continuadores de Vosso Filho:

Todos: Que tenhamos sacerdotes para que possamos viver a presença de Deus, o Amor, a Paz e a salvação.

Dir.: Lembramos, também, ó Pai, de todos os que se dedicam a consagrar suas vidas ao serviço do Evangelho como suas testemunhas:

Todos: Pedimos-te, ó Pai, por Jesus Cristo, mais operários para a Vossa messe, e também homens e mulheres consagrados ao serviço do Reino de Deus na vida Religiosa.

Dir.: Ao dar a vida a cada ser humano, Deus Pai o convoca para uma missão de Amor, e de doação pessoal e de serviço ao seu reino e ao próximo:

Todos: Ajudai-nos a ser família em nossa casa e na comunidade paroquial, nos fazendo discípulos missionários em todos os lugares e vivendo com responsabilidade nossa vocação de batizados, auxiliando materialmente as vocações de especial consagração. Interceda por nós a Mãe da Divina Graça. Amém!

Dir.: Neste Ano lembramos os 25 anos do primeiro Ano Vocacional do Brasil em 1983, de lá para cá quanto nós crescemos na Igreja em nossa consciência vocacional. Por isso queremos rezar a oração vocacional que foi feita para aquele Ano Vocacional:

Todos:

Senhor da Messe e Pastor do rebanho/ faze ressoar em nossos ouvidos teu forte e suave convite: “Vem e Segue-me”./ Derrama sobre nós o teu Espírito, /que ele nos dê sabedoria para ver o caminho e generosidade para seguir tua voz./

Senhor, que a messe não se perca por falta de operários, /desperta nossas comunidades para a missão,/ ensina nossa vida a ser serviço,/ fortalece os que querem dedicar-se ao Reino na vida consagrada e religiosa./

Senhor, que o rebanho não pereça por falta de pastores./ Sustenta a fidelidade de nossos bispos, padres, diáconos, religiosos e ministros./ Dá perseverança a nossos seminaristas. Desperta o coração de nossos jovens para o ministério pastoral em tua Igreja./

Senhor da Messe e pastor do rebanho chama-nos para o serviço de teu povo./Maria, Mãe da Igreja, modelo dos servidores do Evangelho, ajuda-nos a responder o Sim. Amém.

Jubileu do primeiro Ano Vocacional do Brasil

Neste ano celebramos os 25 anos de um grande mutirão que
mobilizou a Igreja em todo o Brasil.
O Ano Vocacional de 1983 foi um marco, e suas sementes produziram,
produzem e produzirão frutos por muito tempo


O breve relato histórico aqui apresentado tem o objetivo de responder algumas questões relacionadas à idéia da instituição, no Brasil, do Ano Vocacional de 1983. Propostas de se fixar datas para celebrar mais intensamente as vocações e se criar ou incrementar a cultura vocacional das comunidades já existem desde, ao menos, o tempo de Santo Aníbal Maria Di Francia (1851-1927), antecipador e mestre da moderna pastoral vocacional. Bento XV (1914-1922), por exemplo, no dia 10 de maio de 1921, recomendou uma indulgência plenária a quem, por uma hora, rezasse diante de Jesus Sacramentado para obter santas vocações. Pio XI (1922-1939) promoveu um dia anual de oração, em Roma e em todas as dioceses do mundo, pelas vocações (cf. Rogate 235, set/05, p. 07-13).
A abertura oficial do primeiro Ano Vocacional no Brasil ocorreu no 20º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, em 24 de abril de 1983. O tema: "Vem e segue-me". A oração vocacional é rezada ainda hoje (ver ao final da reportagem).
Em 2003 foi realizado o segundo Ano Vocacional no país, 20 anos após a primeira experiência, com o tema: "Batismo, fonte de todas as vocações", e o lema: "Avancem para águas mais profundas" (Lc 5,4).

Diocese de Santo Ângelo

Em 1971, na assembléia do clero de Santo Ângelo (RS), aprovou-se a realização de um mês vocacional naquela diocese. O bispo da época, D. Aloísio Lorscheider, que esteve à frente da diocese de 1962 até 1973, levou a sugestão ao clero local, motivado pelas celebrações do Dia Mundial de Oração pelas Vocações. O "Dia do Bom Pastor", como passou a ser conhecido o Dia Mundial de Oração pelas Vocações, foi instituído em 1964 pelo papa Paulo VI. Três anos depois, em 1967, D. Aloísio passou a ser o secretário da CNBB, cargo que exerceu até 1971, quando foi eleito presidente (até 1979). Vale ressaltar que ele também foi presidente do Conselho Episcopal Latino Americano (CELAM) de 1976 a 1979.
Pessoa bastante influente e atualizada, consciente dos novos rumos trazidos pelo Concílio Vaticano II (1962-1965), o então bispo de Santo Ângelo percebeu que as celebrações do Dia do Bom Pastor ainda não eram bem animadas e sentiu a necessidade de fazer algo mais para a conscientização da necessidade de se rezar e trabalhar pelas vocações. No 7º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, realizado em 1970, certamente D. Aloísio leu a insistência de Paulo VI em sua mensagem para a ocasião: "O dever de fomentar as vocações sacerdotais pertence a toda a comunidade cristã, que, em primeiro lugar, deverá cumpri-lo por meio de uma vida plenamente cristã (Optatam Totius, 2). Com efeito, a própria vocação cristã [...] encontra a sua expressão e o seu ponto culminante na vocação sacerdotal e religiosa. Esta vocação é inconcebível se precedentemente não for despertada e educada a vocação cristã. É neste ponto que se manifesta o índice claro e inequívoco da vitalidade de cada uma das comunidades paroquiais e diocesanas" (Paulo VI, Mensagem para o 7º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, 15/03/1970, n. 100).
"O que minha diocese poderia fazer para despertar e educar a vocação cristã, segundo o apelo do papa?", pode ter pensado D. Aloísio na época...

De Santo Ângelo para o Brasil

A experiência da celebração do mês vocacional na diocese de Santo Ângelo logo ganhava adeptos. A escolha do mês de agosto, segundo o bispo emérito daquela diocese, D. Estanislau Amadeu Kreutz (que ficou à frente da diocese de 1973 a 2004) foi para fugir de alguns tempos litúrgicos importantes, como o Advento, a Quaresma e o Tempo Pascal, e devido à memória litúrgica de São João Maria Vianney, o padroeiro dos párocos, celebrado no dia 04 de agosto. "Inicialmente incentivávamos mais explicitamente as vocações presbiterais", afirmou D. Estanislau em entrevista ao Instituto de Pastoral Vocacional. "Quando a proposta da celebração do mês vocacional foi abraçada também pelo Regional Sul 3 da CNBB, correspondente ao Rio Grande do Sul, abrimos os horizontes para destacar uma semana para o serviço da animação vocacional de cada vocação específica: a primeira semana veio a concentrar-se sobre a vocação presbiteral; a segunda semana sobre a vocação matrimonial ou familiar; a terceira semana sobre a vocação à vida consagrada, e a quarta sobre a vocação do ministério dos leigos. Havendo um quinto domingo, ele era dedicado à missão dos catequistas" (a entrevista completa foi publicada na agenda vocacional Caminhos 2008, do IPV, p. 84 e 120).
No Encontro Nacional de Pastoral Vocacional de 1974, realizado no Rio de Janeiro, já é possível verificar algumas indicações referentes à fixação de datas vocacionais, como dias, semanas ou meses. Sugeriu-se, por exemplo, que os Regionais da CNBB promovessem "mês e semana vocacionais" (Estudos da CNBB 5, p. 148). E os participantes do encontro sugeriram à coordenação nacional que procurasse "fixar datas: semana, mês ou ano vocacional" (idem, p. 150). Não é difícil perceber a influência da experiência do Regional Sul 3 da CNBB – Rio Grande do Sul – no âmbito nacional.
As indicações foram ganhando força, motivadas por experiências bem sucedidas de outras dioceses e até Regionais da CNBB, como por exemplo a realização do Ano Vocacional no Regional Sul 2 – Paraná –, em 1973 (cf. revista Rogate 11, abr/1983, p. 9-10). Desta forma, no Encontro Nacional de Pastoral Vocacional de 1980 houve a proposta concreta de se instituir agosto como o mês vocacional no país e também a realização, em 1983, de um Ano Vocacional. As duas propostas foram levadas à Assembléia da CNBB de 1981 e foram aprovadas: "O ano de 1983 seja o Ano Vocacional para todo o Brasil, e que todas as campanhas de nível nacional, diocesano e paroquial sirvam de conscientização e formação de vocações. O mês de agosto seja assumido, em todo o território nacional, como o mês vocacional, e a Linha 1 dos Organismos Nacionais de Pastoral de CNBB, através do setor de vocações e seminários, coloque em comum as diversas iniciativas dos Regionais e dioceses" (Documentos da CNBB 20, n. 258 e 259). Vale recordar que atualmente é a "Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada" a grande articuladora das iniciativas em âmbito nacional.
Uma última constatação. O início do pontificado de João Paulo II, com grande enfoque à questão vocacional e ministerial, e sua visita ao Brasil, em 1980, também favoreceram a escolha do tema da assembléia da CNBB de 1981 – "Vida e Ministério do Presbítero; Pastoral Vocacional" –, que direta ou indiretamente ocasionou a instituição do mês vocacional e do primeiro Ano Vocacional no país, há 25 anos!

Oração do Ano Vocacional de 1983

Senhor da Messe e Pastor do Rebanho,
faz ressoar em nossos ouvidos teu forte e suave convite:
"Vem e segue-me".
Derrama sobre nós o teu Espírito,
que ele nos dê sabedoria para ver o caminho
e generosidade para seguir tua voz.

Senhor, que a Messe não se perca por falta de Operários.
Desperta nossas comunidades para a Missão.
Ensina nossa vida a ser serviço.
Fortalece os que querem dedicar-se ao Reino,
na vida consagrada e religiosa.

Senhor, que o Rebanho não pereça por falta de Pastores.
Sustenta a fidelidade de nossos bispos, padres e ministros.
Dá perseverança a nossos seminaristas.
Desperta o coração de nossos jovens
para o ministério pastoral em tua Igreja.

Senhor da Messe e Pastor do Rebanho,
chama-nos para o serviço de teu povo.
Maria, Mãe da Igreja,
modelo dos servidores do Evangelho,
ajuda-nos a responder SIM.


Amém.
Juarez Albino Destro