segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Texto da formação

Esta é uma parte do texto usado pelo Pe. Clayton na formação dada às Equipes Vocacionais Paroquiais no dia 22 de novembro, caso alguém queira o texto na íntegra, favor enviar um email ou deixar um comentário nesta postagem com seu endereço eletrônico que enviaremos o texto completo!
O ANO CATEQUÉTICO
1. POR QUE UM ANO CATEQUÉTICO:

Há cinqüenta anos acontecia o primeiro Ano Catequético, hoje, dando continuidade ao dinamismo do movimento catequético, queremos fazer com que todas as nossas Dioceses, Paróquias e comunidades, sejam de fato comunidades catequizadoras, cuja eixo norteador é a formação para o discipulado e missão. Neste sentido, a 44ª Assembléia Geral dos Bispos (2006) aprovou por unanimidade a realização de um Ano Catequético, celebrando 50 anos do primeiro Ano Catequético, ocorrido em 1959. A iniciativa é resultado da importância e valorização que a Igreja vem dando a CATEQUESE, como ficou expresso no processo de elaboração do Diretório Nacional de Catequese (DNC – 2002 a 2005); e também na V Conferência de Aparecida, sem o impulso da catequese não há como formar discípulos missionários.
O Ano Catequético tem como tema: "Catequese , caminho para o discipulado" e lema: "Nosso coração arde quando Ele fala, explica as Escrituras e parte o pão" (Lc 24,13-35). Terá sua culminância com a 3ª Semana Brasileira de Catequese que se realizará de 7 a 11 de outubro de 2009 em Itaici (Indaiatuba - SP).


2. COMO A IGREJA ESTÁ SE PREPARANDO PARA O ANO CATEQUÉTICO:

O objetivo do ano catequético se expressa da seguinte forma: Dar novo impulso à catequese como serviço eclesial e como caminho para o discipulado.
A busca de um novo impulso à catequese, levando à consciência de que a catequese é uma dimensão de toda ação evangelizadora. Uma ação eclesial só é evangelizadora se também catequiza. Catequese não é portanto, uma ação restrita aos ministros da catequese, mas é de todo cristão. Com isso há necessidade de recuperar a concepção de catequese como processo permanente de educação da fé e não somente em vista à preparação aos sacramentos.
Catequese como caminho para o discipulado, traz presente a necessidade do encontro pessoal com Jesus Cristo e conseqüentemente o seguimento e missão, todo discípulo é missionário, são as duas faces de uma mesma realidade, conforme afirma o Documento de Aparecida .
A CNBB, através da Comissão Episcopal Pastoral para Animação Bíblico-Catequética, convoca a Igreja do Brasil para o Ano Catequético Nacional de 2009 e apresenta como instrumento de trabalho o TEXTO-BASE.
Este subsídio para o grande mutirão catequético está centrado na iniciação à vida cristã, no discipulado missionário, à luz do itinerário dos discípulos de Emaús (Lc 24,13-35).
Está organizado em três partes, seguindo o método ver-julgar-agir, resgatado e valorizado no Documento de Aparecida (DA 19) e presente também no Diretório Nacional de Catequese (DNC 157).

ANO CATEQUÉTICO É PARA TODA IGREJA:

Não quer ser um evento isolado, se insere no processo de recepção do Documento de Aparecida, nas novas Diretrizes aprovadas na 46ª Assembléia Geral da CNBB, nos demais eventos eclesiais, enfim, quer impulsionar e dinamizar toda a caminhada pastoral da Igreja, Dioceses, Prelazias, Paróquias, comunidades, Pastorais e Movimentos. Diante disso, os Bispos, os Párocos, primeiros responsáveis pela catequese, juntamente com os agentes de pastoral leigos/as, de modo especial os/as catequistas são conclamados a dinamizar as atividades propostas para este evento.

ABERTURA OFICIAL :

2º Domingo de Páscoa nas Dioceses, Prelazias, Paróquias, Comunidades, com criatividade e de forma celebrativa.
Encerramento: Domingo de Cristo-Rei.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Coroinhas

Alegria!! marca registrada de cada Cristão!!
Estamos no mês de novembro, já em ritmo de fim de ano com o termino das aulas, chegando as férias, aproximando as festas natalícias e o fim do ano litúrgico A do Evangelista Mateus, amigo coroinha. Mas, ates disso, novembro nos oferece uma data muito especial que a Igreja comemora no mundo inteiro que é dia de todos os Santos e dos fiéis defuntos, pessoas queridas nossas que lembramos de modo mais especial neste dia.
Em especial quero tratar com vocês sobre o dia de todos os Santos. No dia 1 de novembro a Igreja faz memorial de todas aquelas pessoas que deram a vida em prol ao Evangelho. São pessoas normais, de carne e osso que deram sua vida em testemunho da alegria de servir a Cristo.
Você amigo coroinha pode também ser Santo, basta mostrar com a sua vida o testemunho do Evangelho dentro da sua família, na escola e na comunidade onde você exerce seu trabalho de coroinha. Um grande exemplo de Santo que Igreja comemora em novembro é de Sto. André Apostolo.
Sto. André foi um dos doze discípulos de Jesus, era irmão de Simão (São Pedro), e sua profissão era pescador. Seu trabalho missionário foi exercido na Turquia, onde ele sofreu o martírio por amor a Jesus Cristo, e a Igreja faz sua memória no dia 30 de novembro. Então coroinha,com o exemplo desse Santo, vamos ser também missionário e levar esse amor de Cristo a todas as pessoas que nos rodeiam com alegria de ser de Jesus. Com Alegria de Servir e Rezar na Igreja de Jesus Cristo, um fraterno abraço e ate a próxima edição.
(texto escrito pelo Seminarista Ricardo Barbieri)

Refletir

Santidade
Quando mencionamos a palavra santidade, muitas vezes o que nos vêm a mente, é algo muito difícil, que não conseguiremos nunca e achamos que só aqueles mais certinhos – quietinhos, calados ou que se vestem de modo santo - é que conseguem viver assim. Realmente, esta é a idéia que muitas pessoas tem de santidade, algo visto, contemplado exteriormente; porém a santidade começa no coração.
Esta realidade vivida por muitos se assemelha a uma exortação que Jesus fez aos escribas e fariseus, pois se preocupam com o exterior (leis, regras) do que com o interior (coração) (cf.Mt 23:25-29). Jesus mostra para aqueles homens que a pureza do homem começa no coração. “O Senhor, contudo, disse a Samuel: ‘Não considere sua aparência nem sua altura, pois eu o rejeitei. O Senhor não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração’”. (cf.I Samuel 16:7.)
Santificação é uma obra progressiva da parte de Deus e do homem que nos torna cada vez mais livres mais do pecado e semelhantes a Cristo em nossa vida presente. Por exemplo: quando uma pessoa que falava mentira se arrepende, nessa área ela cresceu, conseqüentemente está sendo mais semelhante a Cristo.
Muitas pessoas quando voltam de algum evento da Igreja (acampamento, encontro, culto, congresso), acham que tudo vai mudar de um dia para o outro. Isso não é verdade, apesar dessa motivação ser natural, a pessoa deve procurar um líder para orientá-lo, a partir do momento que esse decidiu mudar, fazendo assim ficará mais fácil lidar com as tentações que virão no decorrer dos dias.Santidade não é deixar de fazer, mas fazer conforme a palavra de Deus.
(texto escrito pelo Seminarista Luiz Carlos Vaz Rodrigues)

Parábola

Um monge e seus discípulos iam por uma estrada e, quando passavam por uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas. O monge correu pela margem do rio, meteu-se água e tomou o bichinho na mão. Quando o trazia para fora do rio o escorpião o picou. Devido à dor, o monge deixou-o cair novamente no rio. Foi então à margem, pegou um ramo de árvore, voltou outra vez a correr pela margem, entrou no rio, resgatou o escorpião e o salvou. Em seguida, juntou-se aos seus discípulos na estrada. Eles haviam assistido à cena e o receberam perplexos e indignados. — Mestre, o Senhor deve estar muito doente! Por que foi salvar esse bicho ruim e venenoso? Que se afogasse! Seria um a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda: picou a mão que o salvava! Não merecia sua compaixão!
O monge ouviu tranqüilamente os comentários e respondeu: — Ele agiu conforme sua natureza e eu de acordo com a minha.
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Para RIR

Do vinho a Água

Um dia, um homem dirigindo um carro, é parado por um policial o qual lhe pergunta:
- Você está bêbado?
E o homem responde:
- Eu...? imagina seu guarda!!
E o policial diz:
-E o que é essa garrafa ali atrás?
O homem diz:
- É uma garrafa com água!
Daí o policial bravo diz:
- Mais me parece vinho!!!O homem olhando para o céu responde:
-Meu Deus! Você fez outro milagre!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Cultura Vocacional

Caríssimos Bispos, Padres, Diáconos, Religiosos(as) e equipes paroquiais do SAV. É com grande alegria que apresentamos a você esta Revista elaborada pelo SAV da Diocese de Ponta Grossa, a qual será mais um material de comunicação e formação para todos nós que temos pelas vocações da Igreja um apresso muito grande. Uma das missões do SAV é “criar uma cultura vocacional que evidencie a dimensão vocacional de toda atividade evangelizadora”. Sendo assim, é responsabilidade de todos nós, como já dizia o nosso saudoso Papa João Paulo II, cuidar das vocações, sejam elas em que âmbito forem, ou em que realidade se apresentarem. É com este objetivo que criamos este meio de informação que bimestralmente chegará em nossas casas com textos formativos e idéias práticas de como agir em cada mês dentro de nossa realidade, despertando e cuidando com carinho dos corações dos vocacionados. A cada dois meses todas as paróquias, casas religiosas masculinas e femininas de nossa Diocese receberão gratuitamente esta revista para que, unidos a uma só voz possamos caminhar juntos e realizar aquilo que é específico do Serviço de Animação Vocacional. Também todos os bispos do Paraná receberão um exemplar para que acompanhem o que em nossa Diocese está sendo realizado.
Este primeiro exemplar é apenas um modelo do que virá pela frente. Nesta edição contaremos com a contribuição do Coordenador Diocesano do SAV e Assessor do Regional Sul II, Pe. Valdeslei Sviercoski, dos Seminaristas de Teologia e Filosofia e do Pe. Carlo Batistoni. Nas próximas edições, além destes, contaremos também com outros colaboradores especiais que desenvolverão a cada edição seus temas em uma linha de pensamento voltada para as mais diversas áreas que são abrangidas pelo SAV, ou seja, para além também das vocações específicas ao sacerdócio e à vida religiosa consagrada. Contaremos também, é claro, com a sua colaboração, enviando-nos materiais referentes à sua paróquia e/ou casas religiosas para serem divulgados aqui. Traremos notícias do que foi e do que será realizado em nível vocacional em nossa Diocese e nas Congregações Religiosas. Para tal, combinaremos a melhor maneira de isso acontecer. Nossa Diocese quer ser a cada dia mais, uma Igreja Missionária e Misericordiosa, e isso faz-nos sempre mais responsáveis pelo bom andamento do SAV, pois queremos antes de tudo cuidar da vida, alimentando-a principalmente com a Boa Notícia do Reino. Desejamos ardentemente que este veículo de comunicação seja cada vez mais não apenas um ponto de partida para uma boa caminhada do SAV, mas um fruto daquilo que é e será vivido no seio desta família na Igreja, pois “somos Igreja, somos Família, somos SAV”! Que Maria, Mãe da Divina Graça, padroeira de nossa Diocese, Mãe e Rainha dos Vocacionados, nos ilumine e interceda por cada um de nós neste cultivo das vocações e ministérios.

(texto escrito pelo seminarista Fábio Sejanoski do Seminário Diocesano São João Maria Vianney - Teologia)

SAV - por Padre Valdeslei Sviercoski

Encerrou-se uma fase, na história da Pastoral Vocacional. Todavia, “quando se fecha uma porta, abre-se um portão”, diz um provérbio popular italiano, onde “portão” está indicando a porta de uma grande casa ou de um lugar importante, como uma igreja, ou de um acontecimento particular, como foi a porta santa do jubileu do ano 2000.
Acreditamos que, de alguma forma, esse ditado popular, no qual se pode reconhecer uma sabedoria ou um otimismo das antigas origens cristãs, expresse também a passagem estratégica, sem dúvida, de uma época que a pastoral vocacional se apressa em fazer, ou pelo menos tem diante de si.
Sobretudo, no sentido de transição de uma animação vocacional em função de um ministério específico para uma animação vocacional a serviço de todas as vocações na Igreja, oferecida a todos, e durante todas as fases da vida.
Como imaginar, hoje, no terceiro milênio, uma animação vocacional aberta ao futuro? Precisamos, de um agir que “abra mais portões”, de um serviço mais amplo para a Igreja: que entenda vocação como realizar o projeto de Deus e ser feliz na vida; encontrar o caminho verdadeiro que torne a pessoa mais feliz.
Por isso, depois de 2003, com o II Ano Vocacional do Brasil, convencionou-se chamar SAV (Serviço de Animação Vocacional) que é um agir mais amplo promovendo a vida como um todo e os valores do evangelho. Neste serviço se incluiu a Pastoral Vocacional que visa despertar vocações a vida sacerdotal e religiosa, mas também aos vários ministérios leigos.
Dentro do SAV a Pastoral Vocacional é um grande desafio para a Igreja. Dinamizar essa Igreja para que toda ela seja agente vocacional é um desafio maior ainda. É a Pastoral Vocacional que auxilia cada cristão a assumir o seu lugar na Igreja, por isso, ela só tem sentido dentro de uma visão orgânica.
Quando falamos de Pastoral Vocacional nos referimos ao trabalho pastoral para orientar o batizado na sua opção cristã, apostólica, mediante uma fé adulta, de tal modo que expresse o seu serviço ministerial, dentro das várias atividades da Igreja como: sacerdote, religioso, ou leigo, assumindo um ministério específico.
O SAV é uma ação permanente e orgânica, que torna visível a dimensão vocacional em todos os campos da vida da Igreja: catequese, juventude, adolescente, família, liturgia; Ela deve ter em vista a Igreja Diocesana e Universal, onde todos os carismas têm espaço para sua expressão. É uma ação específica dentro da Diocese, que deve ser planejada em todos os níveis: Diocese, Setor, Paróquia, Pequenos Grupos, Família, etc., favorecendo a integração de forças e recursos, garantindo os melhores processos para o despertar, para a seleção e o cultivo das vocações eclesiais.

(texto escrito pelo Padre Valdeslei Sviercoski - Assessor do SAV do Reginal Sul II, Coordenador Diocesano do SAV e Reitor do Seminário Diocesano de Teologia )

Espiritualidade

A vivência de uma espiritualidade deve nos levar a descobrir que Deus caminha junto conosco, ao nosso lado, como fez o Povo de Israel, os discípulos e a Igreja dos primeiros cristãos.
Inúmeras passagens bíblicas retratam isto. No Êxodo Deus se fazia presente junto de seu povo: “IAHWEH ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem, para lhes mostrar o caminho, e de noite numa coluna de fogo para alumiá-los, a fim de que pudessem caminhar de dia e de noite.” (Ex 13, 21)
Davi também tinha certeza dessa presença de Deus ao seu lado, “Então o Rei Davi entrou e ficou diante de IAHWEH”. (2Sm 7, 18).
No Novo Testamento Jesus é quem caminha com seu povo, vai ao encontro dele por povoados e regiões, fazendo o bem, curando doentes, anunciando o Reino de Deus (Mt 4, 23).
Os sinais que Cristo operava na vida daquelas pessoas permitiam que elas sentissem realmente a chegada do Reino de Deus, recuperando sua dignidade, saindo da margem...
Os Apóstolos por inúmeras vezes entendiam o caminho de Jesus de uma forma diferente, destoando suas palavras das do Mestre. “os discípulos Tiago e João disseram: ‘Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu, para que os destrua?’ Ele, porém, voltou-se e os repreendeu.” (Lc 9, 54s)
Em outra passagem Pedro leva uma reprimenda ainda maior: “Afasta-te de mim Satanás! Tu me serves de pedra de tropeço, porque não pensas as coisas de Deus, mas dos homens” (Mt 16, 23).
Porém, mesmo diante de todas as situações de engano, de rumo errôneo tomado por parte de seus discípulos, de seu povo, o Senhor não deixa de estar com ele.
Na passagem de Emaús (Lc 24, 13 – 35), os dois discípulos estão em um caminho contrário e mesmo assim Jesus está ao lado deles, e com amor explica-lhes as Escrituras de tal forma que arde o coração de cada um deles.
Na vida da Igreja Cristo é o centro. Ele é encontrado no meio da comunidade, perseguir os cristãos é perseguir o Cristo. “‘Saulo, Saulo, por que me persegues?’ Saulo perguntou: ‘Quem és tu, Senhor?’ A voz respondeu: ‘Eu sou Jesus, a quem tu estás perseguindo’” (At 9, 4s).
Hoje na Comunidade Eclesial somos todos chamados a estar a caminho, vivenciando a presença de Cristo.
O Serviço de Animação Vocacional está em profunda consonância com a espiritualidade do caminhar. Jesus convoca cada um de nós a estar disposto a segui-lo e assim, pelo testemunho mais que pelas palavras, ser sinal do amor misericordioso de Deus que passa no meio dos homens e os convoca a colocarem-se a caminho anunciando o Reino de Deus.
Esse anúncio se dá pela vivência da vocação à qual cada um é chamado. E cabe ao Animador Vocacional ajudar as pessoas a descobrirem sua vocação na Igreja, seja ela qual for. Mas para que isso aconteça é necessário que o Animador Vocacional tenha em si um profundo amor à Cristo e à sua Igreja, cultivando uma espiritualidade que seja uma experiência real de encontro e seguimento de Cristo.
(texto escrito pelo seminarista Athanagildo Vaz Neto do Seminário Diocesano São João Maria Vianney - Teologia)

Vocação - Padre Carlo Batistoni

Como por um grito de libertação o movimento cultural que veio afirmando-se com toda a sua força no meado do século XX reivindicava a absoluta independência do indivíduo do sistema. Tinha sido demasiadamente decepcionante descobrir o que o homem é capaz de fazer: campos de extermínio russos, nazistas, chineses… ogivas nucleares que em poucos minutos provocaram milhares e milhares de vitimas… armas usadas no Vietnã, capazes de queimar um homem sem que ele morresse…
O mito do homem que é capaz de construir o seu planeta desabava progressivamente desde então até os nossos dias junto com cada árvore que cai. O futuro prognosticado nos anos 60 como um futuro mais humano resultante do progresso econômico global mostrou bem cedo os seus pontos falhos e, desmentindo toda ilusão, expôs o outro lado da moeda: divisão de classes, pobreza e fome, intolerância das minorias étnicas, religiosas, imposição de sistemas que não reconhecem ao homem a sua dignidade. E, como salário, restaram a solidão e o individualismo dominante, a incapacidade ou a grande dificuldade em construir relações estáveis. E, bem no fundo, em grande parte das pessoas ecoa escondida a convicção de Freud e Schopenhauer: “o homem é destinado a ser infeliz”.
Teremos que nos resignar a esta deprimente afirmação como se fosse verdadeira?
Alguns disseram “não”. Disseram que a felicidade “é um direito”, e disto decorreu o lema que aparece em todo canto: “é preciso ser feliz”. Uma frase que é apontada como uma verdade fundamental, um axioma, base e finalidade de existência. Com certeza nisto existe parte de verdade. No entanto tal convicção está nos impondo a “ditadura da felicidade”: tenho que buscar a felicidade a todo custo e, para tanto, posso recorrer a tudo quanto satisfaça minhas exigências econômicas, afetivas, relacionais… até religiosas. O parâmetro fundamental se torna assim a minha insaciável sede de felicidade a todo custo. Não é isto que encontramos muitas vezes escondido no mais íntimo das nossas decisões? Será possível que, bem lá no fundo, esta busca desesperada da “minha felicidade” não é o principio da própria insatisfação? Será que este perigoso inimigo não atente também à opção para a vida consagrada?
Um dramaturgo armeno (W.Saroyan) chegou a uma brilhante conclusão: «A felicidade é saber que não precisamos ser felizes a todo custo». Esta visão nos dá uma autêntica base de liberdade para escolher e, principalmente para acolher. Sim, acolher. Pois a vocação não é escolha para uma possível felicidade construída com as próprias mãos, mas é felicidade recebida como dom.
A ditadura da felicidade nos impõe a frustrante procura de algo que desconhecemos, afinal o que é “felicidade”? Se nós, nós não sabemos “quem” somos, como poderíamos saber o que nos faz felizes? Eis, então uma avalanche de propostas, um verdadeiro mercado de receitas que nos são oferecidas para encontrarmos a felicidade.
Quantas vezes vi pessoas amarguradas, sentindo-se frustradas, não realizadas porque não encontraram a própria felicidade! Mas é obvio, enquanto estivermos procurando uma felicidade abstrata nunca a encontraremos a não ser na fantasia da nossa mente. E já que o mundo não é a nossa mente, as conseqüências são bem claras.
Creio que, bem aqui, a vocação religiosa tenha algo importante a propor, hoje como sempre. Em primeiro lugar é preciso recordar que vocação é vocação, isto é, é uma proposta que vem de fora do meu “eu”. É preciso distinguir claramente “vocação” de “aptidão”; uma não é outra. Procurar a própria “aptidão” é justo, necessário; é o que se faz com as técnicas psicológicas e os impropriamente chamados “testes vocacionais”. Ao contrário, a vocação não é sujeita a medição de nenhum tipo. Não se encontra no homem, mas fora do homem. Enquanto estivermos ainda considerando a vocação como uma “aptidão” sempre teremos a frustração sentada ao nosso lado, pois sempre nos perguntaremos: “será que é isto ou aquilo?”, numa eterna dúvida alimentada pela insegurança que respiramos a todo momento. Mas “vocação”, graças a Deus, não é “aptidão”.
Evidentemente existe um profundo laço entre a vocação e a felicidade. Todos lembramos o episódio de Jesus com o jovem “chamado”, “convidado”; o Evangelista diz dele que «foi embora triste» (Lc. 18,22). Na visão de Lucas quando Jesus convida alguém, pousa um olhar definitivo sobre ele e, oferecendo um caminho de seqüela, oferece a possibilidade de ser feliz. Eis que aqui não temos a busca de uma felicidade teórica, imaginária; temos, antes, a possibilidade que um homem seja feliz. Jesus não diz nem como nem quando a fim de que não haja confusão e se imagine novamente a felicidade como um objetivo a ser conquistado o qual, como vimos, trará sempre frustração. É fato de caminhar com Jesus que faz feliz uma pessoa. O próprio ato de caminhar, não a meta cobiçada. É licito perguntarmo-nos o porquê.
Em primeiro lugar porque, não sendo confundida a vocação com a aptidão, aquele que percebe o seu espírito ser incline para uma vida consagrada a Deus percebe também que está sendo objeto privilegiado do amor de Deus. E disto não precisa ter vergonha ou sentir um certo embaraçoso pudor. Certamente, é evidente e continua na Escritura esta atitude própria de Deus que “pousa o olhar sobre a pessoa amada” –assim canta Maria-. Sentir-se objeto do amor privilegiado já nos coloca num modo especial diante do mundo, diante das pessoas, de nós mesmos e, por último, do próprio Deus. Quem se sente amado de modo não indefinido experimenta o sabor da felicidade.
Em segundo lugar, já que não nos conhecemos, Aquele que nos toma pela mão, faz-nos conhecer “quem” realmente somos e com isto nos oferece o primeiro profundo encontro com a liberdade. Todos sabemos que o primeiro ato para amar e amar-se é se conhecer por aquilo que somos sem julgamentos, e esta experiência se faz somente na comunhão profunda com Jesus e com uma comunidade autêntica de fé.
Caminhar com Jesus significa deixar-se conduzir (não tomar as rédeas). Jesus repreendeu Pedro que instintivamente agiu como nós somos tentados a fazer: antecipar os passos de Jesus, pretender dizer a Ele o que fazer e para onde ir. As últimas palavras de Jesus ao Apóstolo soavam novamente assim: «quando eras mais moço, tu te cingias a ti mesmo e andavas por onde querias; quando, porém, fores velho, estenderás as mãos, e outro te cingirá e te levará para onde não queres » (é preciso ler: “moço” e “velho” não somente como adjetivos cronológicos mas existenciais). Eis então o terceiro momento da beleza da vocação: sentir-se conduzido amorosamente, firmemente rumo àquilo que desconhecemos. É um renovar a cada passo a capacidade última e definitiva do homem que o distingue de todo ser e o manifesta como imagem de Deus: ouvir infinitamente.
Assim, deste modo, não precisaremos oferecer ao mundo uma das tantas receitas na busca angustiosa de felicidade; será suficiente dizer sem palavras: “aqui está uma pessoa feliz”!
Permito-me oferecer parte de uma linda oração do XII século que há tempo saboreio: “...mas, Senhor. Se tu és a Paz, Se tu és a Sabedoria, Se tu és a Beleza, Se tu és o Amor, Porque deveria buscar a felicidade fora de ti? E se tu estás em mim, porque deveria busca-la longe de mim?”
(texto escrito pelo Padre Carlos Batistoni, do Instituto Bíblico Regnun Dei e professor de Teologia Sistemática)

Contemplar a Vocação com Maria

Contemplar a Vocação com Maria
É com muita alegria, que partir deste mês de outubro estaremos juntos em mais este meio de reflexão para aprofundarmos nossa caminhada de SAV.
Neste mês a Igreja comemora o mês do rosário nas famílias. Mas antes de entramos nesse assunto, gostaríamos de tratar primeiro com vocês dessa pequena pergunta que tem muito valor para cada um de nós: como estamos cultivando a nossa vocação?
É uma pergunta simples, que parece boba, que poderíamos responder com respostas rápidas e significativas. Mas, estamos deixando o chamado de Deus frutificar em nossas vidas? Ou, estamos fechados à voz de Deus que nos chama?
Convidamos a todos para olharmos a vida de Maria, ela que foi a primeira cristã, foi corajosa por demais ao dizer o seu SIM. Portanto, peçamos o seu auxílio, para que aprendamos dela a sermos fiéis ao chamado de Deus. Sendo assim, podemos iniciar esse nosso exercício REZANDO, pedindo a ajuda de Deus para podermos colocar em prática aquilo que Ele pensou para a nossa vida.
A vida de Maria que contemplamos ao longo dos mistérios do Rosário são sinais evidentes de vocação. Através dos Mistérios do Santo Rosário podemos aprender de Maria, pois ela foi fiel a sua vocação e através de sua vida manifesta para nós a alegria de ser escolhida para ser a mãe de Jesus. Também podemos perceber quantas dificuldades que ela enfrentou, quantas tristezas, quantas dores ela passou, pois ela também teve de carregar a sua cruz. Maria não ficou abatida, pois Deus revelava a ela o Seu plano de amor, manifestando a sua luz. Mostrou a grandiosidade do Seu Reino, até chegar à revelação plena de Seu projeto, quando ela foi coroada como Rainha do Céu e da Terra.
Toda essa realidade foi possível na vida de Maria por causa do seu SIM. E agora também nós somos convidados a fazer o mesmo caminho, somos convidados a cultivar nossa vocação, confiando em Deus, apesar de nossas cruzes, para que possamos receber de Deus a gloriosa recompensa, por termos sido fiéis ao Seu projeto de amor.
Portanto, que este mês de outubro, mês do rosário, possa ser um momento oportuno para reavivarmos a nossa vocação, rezando juntos o Santo Rosário em família pedindo as graças necessárias para Deus na nossa caminhada vocacional. Faça o convite em sua comunidade, em sua paróquia ou em qualquer lugar que esteja para que as famílias também rezem o Rosário durante este mês principalmente pelas vocações missionárias, já que também outubro é o mês das Missões, mas também rezem pelas vocações sacerdotais, religiosas e leigas. Lembrem-se com muito carinho das crianças e rezem pela descoberta da sua vocação, pois “vocação acertada é futuro feliz”.
(texto escrito pelos seminaristas Jorge A. S. Chuchene e Ricardo Barbieri - Seminário Diocesano São José - Filosofia)

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Texto formação 25/10/08

SAV e o Ano Catequético

Tema:
“Catequese, caminho para o discipulado”.
Lema:

“Nosso coração arde quando ele fala, explica as Escrituras e parte o pão”. (Lc 24,32.35)

Objetivos do Ano Catequético:
Despertar nos cristãos o aprofundamento e amadurecimento da fé;
Viver em comunidade;
Catequese começa pela iniciação cristã e se constitui um processo de formação permanente;
Formar discípulos.

O Discipulado como seguimento de Cristo vivo:
- Encontro com Cristo vivo é fundamental;
- O chamado de Cristo traz uma novidade: encontrar e criar vínculos com Ele;
- Jesus é a fonte da vida;

No caminho de discipulado descobrimos que não escolhemos o mestre, foi Cristo quem nos escolheu (Jo 15,16);
Não fomos escolhidos para algo mas para alguém;
Escolhidos para nos vincularmos intimamente à Pessoa dele (Mc 1,1-17) e a seu projeto (DA 130).

Os 5 passos do discipulado: (DA,…)
1.
Encontro com Cristo (Kerigma)
“Recomeçar a partir de Cristo”;
2. Conversão: para o projeto de Deus na minha vida;
3. Discipulado – Formação;
4. Comunhão – viver a unidade – empreender esforços para acontecer;
5. Missão – despertar o que Cristo quer.

O SAV e o Ano Catequético
Unir forças com catequistas para viver o Ano Catequético;
A Pastoral Vocacional deve ser o eixo (DA 314); vivendo a condição batismal acontece o chamado vocacional para nós e para os outros;

Prioridade para 2009:
Equipes Vocacionais Paroquiais (EVP)- Criar, formar e fortalecer as EVP´s para fazer acontecer as atividades do SAV;

Campos de atuação:
Catequese - propor encontro com Cristo no anúncio da Palavra; recuperar a Lectio Divina;
Família - motivação vocacional, despertar da família;
Comunidade – “olheiros” que percebem os sinais vocacionais para assumir ministérios: acolhida dos que se aproximam da Igreja;

Atividades:
- Animação de Missas (Liturgia);
- Missas Vocacionais;
- Oração Vocacional;
- Rezar o terço;
- Adoração.

Casas de Formação – olhar para o momento que antecede o ingresso na casa de formação; conhecer a família do (a) vocacionado (a);

Atividades:
- Acompanhar os vocacionados (as) nas casas de formação;
- Buscar a unidade do trabalho vocacional: padres, leigos, diáconos e os diversos carismas que atuam na paróquia;
- Divulgar e fazer conhecer o carisma da vida contemplativa, especialmente feminina.


Momentos importantes no Ano:
- Campanha da Fraternidade com a sua preocupacão com a vida;
Em 2009 será sobre Fraternidade e Segurança Pública e o lema: “A paz é fruto da Justiça) – ler e estudar o texto base; Subsidio do Regional Sul II Grupos de Família;
- Dia Mundial de Oracao pelas Vocacões (IV Domingo da Pascoa); em 2009, dia 03 de Maio;
- Dia das Maes; Dia dos Pais;
- Dia Mundial de Oração pela Santificação do Clero (em 2009, dia 19 de junho);
- Mes Vocacional;
- Mes da Biblia;
- Dia Mundial das Missões (III Dom Outubro);
- Dia Nacional da Juventude (final de outubro);
- Dia Nacional dos cristãos Leigos e Leigas (Festa de Cristo Rei XXXIV Domingo do ano); em 2009 dia 22 de novembro.

Datas Reuniões EVP´s 2009:

21/03

16/05
22/08
24/10
05/12
Sempre no sábado as 14h no Espaço Cultural Santana - Ponta Grossa


Sites úteis
www.pastoralvocacional.blogspot.com
www.sav.org.br
www.zenit.org
www.lectionautas.com