Ainda criança escutava minha mãe contar, com formidável bom humor, a resposta dada por um dos meus irmãos quando lhe perguntaram o que ele queria ser quando crescesse. “Quero ser bandido”, respondeu prontamente o piá. A honestidade e simples das crianças nos assusta e encanta!
Elas respondem prontamente aquilo que anseiam; sem medo ou rodeios continuam afirmando aquilo que desejam ser, não fazem julgamentos ou competições. A filha do meu irmão que queria ser bandido, respondia anos mais tarde que queria ser balconista! As crianças não descriminam, só desejam ser...
A vida segue seu curso e com ele vem o amadurecimento de nossas opções.
Graças a Deus! Meu irmão cresceu e não se tornou bandido, é pai de família e... pasmem! Transporta valores, é segurança contra bandidos.
Bem, já deixei de ser criança, ao menos na idade, e por isso venho me perguntando o que quero ser: Com 22 anos respondi ao chamado à vida religiosa e ingressei no Mosteiro da Ressurreição e, depois do tempo de formação do noviciado, tempo de profissão temporária, professei os votos perpétuos no ano de 2000. Vivi 14 anos no mosteiro e, graças a Deus, foi um tempo fecundo em graças e aprendizado. Sou grato a Deus e aquela comunidade.
No ano passado (agosto de 2007) conversei com nosso bispo e fui aceito para fazer uma experiência na vida diocesana, e ingressando no seminário maior de teologia em 2008, estou querendo copiar o primeiro desejo de meu irmão. Quero ser bandido! Sim, bandido para “roubar” o coração de Cristo e com Cristo, “roubar” muitos do mundo para Deus.
(Seminarista Paulo Biscaia)
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Um comentário:
Ola,
Como posso contactar este seminarista...? abraços
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