domingo, 9 de dezembro de 2007

Vamos Rezar?? (Revista Rogate n°27)

Deus fala conosco
(Abertura por conta do animador. Preparar o ambiente com as crianças dispostas em um círculo e, ao centro, as imagens que compõe a Sagrada Família. Se possível, acrescentar outros personagens do presépio. Destacar também a Bíblia e a vela acesa.)

Animador: Estamos vivendo o Tempo o Advento, que significa “vinda”, “chegada”. Aguardamos o nascimento do Menino Jesus.
Criança 1: O Natal é uma das festas mais esperadas pelas crianças. Porém mais importante do que os presentes é o fato de Jesus ter vindo morar conosco.
Criança 2: O Natal é a festa da alegria. Nas quatro semanas do Tempo do Advento vamos preparar o nosso coração, a nossa casa e a nossa comunidade para que Jesus nasça em nosso meio.
Criança 3: Jesus Cristo veio ao mundo com a missão de anunciar a Boa Nova. Ele é o missionário do amor.
TODOS: Deus nos enviou o seu próprio Filho para mostrar que seu amor por nós é sem limites.
Criança 4: Em comunhão com o Pai e com o Espírito Santo, Jesus venceu a morte e ressuscitou para salvar a todos.
Animador: Outras pessoas também nos deram o exemplo concreto de vida missionária, como João Batista e Maria, quer preparando o caminho do Senhor, quer levando o Cristo aos irmãos.
TODOS: Nós também devemos dar nosso exemplo de cristãos que se amam, para construirmos um mundo melhor.

(Conversar sobre o sentido do Natal em nossa comunidade e em nossa vida. Concluir com a oração do Pai Nosso, Ave Maria e Glória. E cantar “Noite Feliz, com um abraço da paz)

Lição das duas Rãs (autor desconhecido)

Lição das Duas Rãs

A história aconteceu numa fazenda, segundo contam...
Certo dia, duas rãs imprudentes e descuidadas e muito bagunceiras, mergulharam num grande balde cheio de leite. Fazia um calor muito forte e as duas rãs acharam maravilhoso aquele banho, no fim da tarde. E riam muito, mergulhavam, faziam acrobacias, estavam totalmente brancas e era muito engraçado...
Quando começou a escurecer, resolveram voltar para casa. Um banhadinho raso, quase uma lagoa, pertinho dali de onde elas estavam. Foi então que as coisas complicaram.
As bordas do balde eram impossíveis de subir, era muito liso, escorregadio... Por mais que se esforçassem, as coitadas recaíam, afundando no leite.
O desespero abateu-se sobre as duas rãs aprisionadas. Triste final de um banho tão divertido e gostoso.
A mais jovem, inexperiente, acabou desanimando. Exausta, ofegante, cansada, disse adeus à colega, entregou os pontos e pereceu afogada.
A outra recolheu as suas últimas forças, levantou a cabeça e resolveu lutar até o fim. Nunca teve vontade de ser uma heroína. Mas julgou ser um vexame morrer assim.
Ela não desistiu e continuou batendo suas perninhas tentando subir, nadar, saltar buscando a saída. De repente o imprevisto aconteceu. Passado algum tempo, as patas traseiras realizaram o milagre da salvação: o leite do balde transformou-se em manteiga. Seus movimentos fizeram o leite ficar sólido e assim ela pôde firmar suas pernas para dar o salto da liberdade.
à Como me comporto diante das dificuldades? Desisto fácil ou luto até o fim??

Olá Amiguinhos -- Luiz Carlos Vaz

Olá amiguinhos!
Estamos vivendo um tempo muito especial em nossa vida: o tempo do NATAL. Neste mês também chegaram as nossas merecidas férias. E como é bom descansar! Entretanto, vivemos o início de um novo ano litúrgico na Igreja. Vivemos na espera do Menino que há de nascer. Esperamos o NATAL. Se nas férias descansamos de ir à escola, isso não significa que precisamos descansar de REZAR e SERVIR na Igreja.
Neste tempo é muito comum nós ficarmos esperando um papai Noel para nos trazer presentes. Mas esse papai Noel não aponta para o Cristo, mas muitas vezes o comércio que aproveita para prolongar mais horas de trabalho para os seus funcionários. Será que nós somos coerentes com esse tipo de natal?
O nascimento de Jesus é uma data muito especial para nós. Por isso precisamos preparar o nosso presépio interior que é o nosso coração para que Jesus nasça. Mesmo que seja um lugarzinho pequeno e desprotegido de seguranças terrenas. Como é bom aproveitar bem as férias levando o papai e a mamãe a Igreja; mostrando a eles o testemunho que damos na comunidade.
Que nas nossas férias possamos viver preparados para o nascimento de Jesus.

Luiz Carlos Vaz Rodrigues

Oração em preparação para o Congresso Diocesano do Movimento das Capelinhas

Ó Pai, de quem todo Amor procede, olhai com carinho para cada um de nós nesta preparação para o Congresso Diocesano do Movimento das Capelinhas. Concedei inúmeras graças a todas as pessoas que participarem. Que nesta caminhada, contemplando o rosto de Jesus através de Maria, meditando os mistérios de nossa Redenção, o desejo de seguir Teu Filho floresça em nós a cada dia com mais vigor. Desejamos ardentemente que não faltem operários para a Vossa vinha, que carece de pessoas corajosas para testemunhar Teu amor no serviço ao próximo, por meio de uma vocação. Por isso, rezamos para que os jovens sejam iluminados. Despertai-os para o encontro com Cristo. E a nós, dai-nos coragem para sermos verdadeiramente discípulos e missionários. Encorajai-nos na missão para sermos evangelizadores e mostrar Jesus às pessoas que desejam vê-lo. Que as pedras não sejam obstáculos, mas estímulos, para fazermos deste Congresso um momento de renovação. E sendo assim, que Maria, Mãe da Divina Graça, a Mãe Peregrina, ensine-nos na simplicidade, a dizer SIM e a confiar no Teu Amor Providente. Pedimos a Vós, ó Pai, em Jesus seu Filho, no Espírito Santo. Amém

Cartas de Zeladoras

Cartas de Zeladores
Meu padrasto
Eu tinha 8 anos quando minha mãe se casou pela 2ª vez. Eu não queria repartir o amor que tinha para com minha mãe, mas meu padrasto era um homem bom e foi me conquistando; eu tinha vergonha de comer carne na mesa com ele, pois não sabia usar facas. Ele ensinou-me sem me diminuir. Uma vez ganhei um par de tamancos e queria ir à escola com eles, ele me fez ver que seria perigoso eu cair e foi engraxar meus sapatos para eu ir mais bem calçada. Quando fiquei noiva, no dia seguinte ele encontrou uma amiga nossa e contou do meu noivado, e as lágrimas rolaram dos seus olhos. E assim foi passando o tempo. Quando já velho ficou doente e eu cuidei dele com todo amor e carinho. Morrestes me abençoando, exatamente no Dia dos Pais. Meus sentimentos é que nunca te chamei de “pai” porque merecias tudo que um pai tem direito. A ti que soubestes tão bem ser “pai”; a ti São José que também fostes um bom “padrasto”, a minha homenagem de Amor e Respeito.
(Texto escrito por Marisa do Rocio M. Pinto – Par. Imac. Conceição)

História de Fé -- Janescléo Guimarães

História de Fé
Uma família estava saindo para a missa do galo, quando uma família de ciganos aproximou-se da cerca e disse: Queremos pedir um cantinho do seu quintal para passar a noite. Era uma noite bastante fria, depois da chuva que caíra na região. Além do mais, a mulher parecia estar em estado adiantado de gravidez. Não havia o que duvidar. Oferecemos o alpendre da casa, mas eles preferiram o quintal, junto a algumas árvores.
Entraram com suas tralhas e foram se aninhando. Primeiro armaram a barraca bem ao rés-do-chão. Depois a mulher ajeitou a trempe, enquanto o marido saiu à procura de mantimentos.
Horas depois, quando voltavam da missa, ouviram choro de criança que saíam da barraquinha. Chegaram mais perto. Sob a luz do candeeiro puderam ver o rostinho vermelho do recém-nascido. Na falta absoluta de recursos, a mãe o enrolara em alguns panos velhos. Naquele momento ele estava no colo da mãe. Mas via-se no chão da barraca, uma espécie de ninho, feito de pano e capim, onde o nenê seria reclinado.
Na região haviam alguns pastores que pernoitavam no campo e faziam a guarda noturna do seu rebanho. Apareceu então sobre eles um anjo do Senhor, e a glória do Senhor os cercou de luz, de sorte que ficaram tomados de grande temor. Mas o anjo lhes disse: Não temais, pois vos anuncio uma grande alegria para todo o povo. Nasceu hoje na cidade de Davi o Salvador que é o Cristo Senhor. Isto vos servirá de sinal: Encontrareis um menino envolto em faixas e reclinado numa manjedoura.
De súbito uniu-se ao anjo uma multidão dos exércitos celestes que louvavam a Deus e diziam: “Glória a Deus no mais alto dos céus, e paz na terra aos homens de boa vontade”. (Lc 2, 8).
Jesus continua nascendo por aí, no rancho dos pobres. E nós o reconhecemos?
(Janescleo Guimarães Souza)

História de Fé -- Janescléo Guimarães

História de Fé
Uma família estava saindo para a missa do galo, quando uma família de ciganos aproximou-se da cerca e disse: Queremos pedir um cantinho do seu quintal para passar a noite. Era uma noite bastante fria, depois da chuva que caíra na região. Além do mais, a mulher parecia estar em estado adiantado de gravidez. Não havia o que duvidar. Oferecemos o alpendre da casa, mas eles preferiram o quintal, junto a algumas árvores.
Entraram com suas tralhas e foram se aninhando. Primeiro armaram a barraca bem ao rés-do-chão. Depois a mulher ajeitou a trempe, enquanto o marido saiu à procura de mantimentos.
Horas depois, quando voltavam da missa, ouviram choro de criança que saíam da barraquinha. Chegaram mais perto. Sob a luz do candeeiro puderam ver o rostinho vermelho do recém-nascido. Na falta absoluta de recursos, a mãe o enrolara em alguns panos velhos. Naquele momento ele estava no colo da mãe. Mas via-se no chão da barraca, uma espécie de ninho, feito de pano e capim, onde o nenê seria reclinado.
Na região haviam alguns pastores que pernoitavam no campo e faziam a guarda noturna do seu rebanho. Apareceu então sobre eles um anjo do Senhor, e a glória do Senhor os cercou de luz, de sorte que ficaram tomados de grande temor. Mas o anjo lhes disse: Não temais, pois vos anuncio uma grande alegria para todo o povo. Nasceu hoje na cidade de Davi o Salvador que é o Cristo Senhor. Isto vos servirá de sinal: Encontrareis um menino envolto em faixas e reclinado numa manjedoura.
De súbito uniu-se ao anjo uma multidão dos exércitos celestes que louvavam a Deus e diziam: “Glória a Deus no mais alto dos céus, e paz na terra aos homens de boa vontade”. (Lc 2, 8).
Jesus continua nascendo por aí, no rancho dos pobres. E nós o reconhecemos?
(Janescleo Guimarães Souza)

História de Fé -- Janescléo Guimarães

História de Fé
Uma família estava saindo para a missa do galo, quando uma família de ciganos aproximou-se da cerca e disse: Queremos pedir um cantinho do seu quintal para passar a noite. Era uma noite bastante fria, depois da chuva que caíra na região. Além do mais, a mulher parecia estar em estado adiantado de gravidez. Não havia o que duvidar. Oferecemos o alpendre da casa, mas eles preferiram o quintal, junto a algumas árvores.
Entraram com suas tralhas e foram se aninhando. Primeiro armaram a barraca bem ao rés-do-chão. Depois a mulher ajeitou a trempe, enquanto o marido saiu à procura de mantimentos.
Horas depois, quando voltavam da missa, ouviram choro de criança que saíam da barraquinha. Chegaram mais perto. Sob a luz do candeeiro puderam ver o rostinho vermelho do recém-nascido. Na falta absoluta de recursos, a mãe o enrolara em alguns panos velhos. Naquele momento ele estava no colo da mãe. Mas via-se no chão da barraca, uma espécie de ninho, feito de pano e capim, onde o nenê seria reclinado.
Na região haviam alguns pastores que pernoitavam no campo e faziam a guarda noturna do seu rebanho. Apareceu então sobre eles um anjo do Senhor, e a glória do Senhor os cercou de luz, de sorte que ficaram tomados de grande temor. Mas o anjo lhes disse: Não temais, pois vos anuncio uma grande alegria para todo o povo. Nasceu hoje na cidade de Davi o Salvador que é o Cristo Senhor. Isto vos servirá de sinal: Encontrareis um menino envolto em faixas e reclinado numa manjedoura.
De súbito uniu-se ao anjo uma multidão dos exércitos celestes que louvavam a Deus e diziam: “Glória a Deus no mais alto dos céus, e paz na terra aos homens de boa vontade”. (Lc 2, 8).
Jesus continua nascendo por aí, no rancho dos pobres. E nós o reconhecemos?
(Janescleo Guimarães Souza)

Testemunho Vocacional -- Martinho L. Hartmann

Testemunho Vocacional
No ano de 1997, quando participava da Celebração Eucarística e no momento em que ouvi a Proclamação do Evangelho sobre a Anunciação, principalmente quando Maria diz seu sim: "Eis aqui a Serva do Senhor, faça-se em mim segundo a Tua Palavra" e em seguida ouvindo a homilia, algo me questionava profundamente sobre a minha vida e esta frase não saia de meus pensamentos. Antes da Benção de Envio, o Padre chamou dois jovens para fazer um convite à comunidade. Esses dois jovens eram Seminaristas e fizeram aos que sentiram durante a Celebração ou já pensavam nessa possibilidade, um convite vocacional, oferecendo a oportunidade de conhecer o Seminário e participar de encontros vocacionais. A princípio não tive coragem de procurar o Padre, mas comentei a um amigo que estava comigo na Celebração e esse procurou o Padre para falar sobre mim. A partir desse momento fiz um acompanhamento vocacional e no ano seguinte adentrei ao Seminário. Confesso que esses são os anos mais preciosos de minha vida, por que, através de Nossa Senhora e a Seu exemplo, busco a cada dia estar inteiramente disposto a dar o meu sim Àquele que nos chama e nos ama. Que a Virgem Maria, nossa Mãe, nos ajude a sermos fiéis ao convite que Deus nos faz: "vem e segue-Me". (Martinho L. Hartmann)

Viver Renovando -- Adriano Freitas

Viver Renovando
Queridos amigos e amigas! Estamos já bem perto do momento tão especial na Vida de Deus e nossa. Este mês é sempre um mês festivo. A vida se renova. A Esperança de que nossos projetos e aspirações se concretizem parece tornar-se mais forte. É também oportuno avaliar nosso trajeto percorrido até aqui, e com isso reavivar a nossa fé.
Bem, este mês de dezembro é muito importante. Muito? Mais do que os outros? Sim, este mês, dezembro de 2007, tem importância pela ocasião do Natal de Jesus, mas o é ainda porque é o tempo que estamos vivendo. É o momento presente, o aqui e agora. Cada mês que Deus nos proporciona é um presente e, por isso, que possamos vivê-lo bem e intensamente!
Esperando a vinda de Nosso Senhor, estejamos sempre prontos, com a manjedoura do coração preparada. Celebremos e, mais importante, vivamos o nascimento de Jesus. Celebremos o seu aniversário, e nesta data querida vamos presentear o Deus Menino, digno de toda honra e toda glória, vivendo realmente o Natal.
Lembramos, para nossa alegria, que este foi um ano de conquistas. Os encontros com zeladoras, muitos testemunhos de amor e dedicação por esse lindo trabalho na Igreja, os encontros e formação com coordenadores(as) do Movimento, e merece destaque também a formação da equipe de coordenação diocesana. A todos e todas muito obrigado, de coração, pela presença e pelo amor dedicado.
Um Natal abençoado, que seja uma experiência marcada pela Graça divina, e que ela se estenda durante todo o próximo ano!
(Adriano Freitas)

É hoje o dia... -- (Fábio Sejanoski)

É hoje o dia...
Sempre quando chega esta época do ano a gente imagina e deseja um mundo perfeito onde todos os lares vivem em paz, onde tudo é tranqüilo, onde tudo é normal. E o que a gente faz com essa imaginação? Imaginamos e desejamos que não hajam mais brigas, desentendimentos e que todo mundo vai verdadeiramente dialogar; que os pais vão educar seus filhos verdadeiramente na fé; que os filhos vão ter o colo dos pais para se proteger; que as famílias serão inundadas de luz. Mas esses desejos ficam só na cabeça? Imaginamos e desejamos um mundo onde não hajam desencontros, mas sim encontros. Uma sociedade preenchida somente de amor porque o Salvador veio ao encontro de todos. Mas onde fica todo esse pensamento?
Inspirado em uma canção do Pe. Zezinho que fala desta realidade gostaria de dizer que a nossa vida precisa ser vivida na intensidade de cada dia e de cada momento. Não imagine todas as coisas boas acontecendo somente lá na frente ou dizer que tal dia vou começar a viver ou fazer determinada coisa: faça-as acontecer hoje, agora! Você pode! É hoje o dia. O mundo que pensamos e planejamos acontece hoje. Faça a paz e a tranqüilidade acontecerem hoje. Esteja ao lado das pessoas. Expresse sua alegria com um abraço. Deus nasce todos os dias em nossa vida, então faça com que o abraço que você vai dar em tantas pessoas neste natal se prolongue por todos os outros dias. “Não há nada de tão maravilhoso e maravilhosamente humano como ser apoiado, envolvido, amado... sentir o calor e a sinceridade de outra pessoa. Dar, por sua vez, conforto, força... a verdade é transmitida por algo mais do que som” (Carl R. Rogers).
A celebração do nascimento de Jesus vai acontecer novamente! Que tal você deixar que junto com Jesus renasça também no seu coração o desejo de responder com esse mesmo amor à Vocação que Ele te chama? Ser Padre, ser Religioso ou Religiosa, ser Leigo Consagrado, ser Família... que todas estas condições de vida sejam expressão de uma vida voltada inteiramente a Deus e ao seu Reino manifestado através do compromisso com a Igreja. Reze pelas vocações. Somos todos promotores vocacionais. Ajude a quem está do seu lado a descobrir sua vocação. Lembre-se que “vocação acertada é sinal de um futuro feliz”. Desperte no coração de todos, crianças, adolescentes, jovens ou adultos o desejo de seguir Jesus Cristo. Feliz natal... Feliz vida... Todos os dias...

(Fábio Sejanoski)

A Igreja de Jesus -- Pe. Evandro L. Braun

A Igreja de Jesus
Quantas maravilhas podemos perceber ao nosso redor! Quantas graças recebemos de Deus! Quantos desafios já fomos capazes de vencer! Não foram poucas as oportunidades que tivemos para demonstrar o quanto é precioso o Evangelho! Nossa vida se enche de gratidão e brota do nosso interior uma alegria divina!
Podemos comprovar muitas coisas bonitas feitas pela Igreja ao longo dos séculos e nos dias de hoje: quantas crianças cuidadas por irmãs, quantos velhinhos amparados pelas congregações religiosas; quantas pessoas que nos hospitais são atendidas e confortadas por religiosos e sacerdotes; muitos leigos e consagrados se dedicam, como Igreja, a servir e ajudar aqueles que se perderam no mundo das drogas e do álcool, e agora estão querendo mudar de vida. E também podemos ver que o anúncio do Evangelho tem dado segurança para muitas vidas. A celebração dos sacramentos tem sido grande luz para grande número de pessoas. E o testemunho da verdade? E o amor concreto vivido por inúmeros cristãos? E o trabalho voluntário e a oferta generosa que em tão grande escala acontece em tantos lugares? Como esquecer de tudo isso? A Igreja, em Cristo, continua forte, apesar da fraqueza de seus membros.
Olhando para a nossa pequenez de cristãos, mas considerando também todo o bem que é realizado pela Igreja, nos convencemos de uma força, uma luz, uma graça, um Deus amor que conduz os nossos passos. Não estamos sozinhos na peregrinação terrena!
Sabemos que somos pequenos e que nem sempre somos capazes de traduzir a verdade de Deus na vida. Encontramos em nossas comunidades tantos irmãos e irmãs, padres, religiosos, casados e solteiros que não testemunham a pessoa de Jesus. Não somos ingênuos para não perceber os limites que existem entre nós. Mas nós também sabemos reconhecer tanta coisa boa acontecendo, tanta beleza presente, tanto amor sendo concretizado, tanta ação de Deus se tornando real na vida de tantas pessoas. Nas mais simples e nas grandes comunidades cristãs, muita gente está doando sua vida com sinceridade, por amor. E tantas pessoas têm feito a experiência concreta da graça que vem de Deus. Tudo tem demonstrado que “Deus está no meio de nós”, como dizemos na missa. Por aquilo que vemos e também por tudo o que ainda somos chamados a viver, alimentamos a certeza de que “conhecer a Jesus Cristo pela fé é nossa alegria; seguí-lo é uma graça, e transmitir este tesouro aos demais é uma tarefa que o Senhor nos confiou ao nos chamar e nos escolher” (Documento de Aparecida, n. 18).
Que o tempo de Natal nos ajude a crescer na humildade e nos disponha a saber ver não os limites das pessoas da Igreja, mas a maravilha que acontece no mundo por ação e vivência concreta do “povo que Deus convocou para si”.


PARA REFLETIR
1- O que você percebe de maravilhoso acontecendo no mundo por ação dos cristãos?
2- Cristo é a força da Igreja! Você o percebe presente?
3- O que posso fazer de concreto para ser mais sinal de Jesus para as pessoas?

Pe. Evandro L. Braun / evandrobraun@bol.com.br

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Conheça os Instutos Seculares

Os Institutos Seculares constituem-se de grupos de homens e/ou mulheres que se encontraram com Jesus Cristo e se apaixonaram por Ele. Querem viver e atualizar o mistério da vida e Ressurreição de Jesus. São chamados a uma plena e completa consagração a Deus vivida em pleno mundo, a partir de dentro do mundo e com os meios do mundo, como Jesus, em seus trinta primeiros anos, na família de Nazaré.
Sua consagração os impele a serem radicalmente fiéis ao Evangelho até as últimas conseqüências. Estar no mundo, como fermento e sal, com presença discreta, mas ativa e transformadora das pessoas e da realidade, constitui sua estratégia específica e privilegiada de evangelização.
A opção pela secularidade consagrada é fruto de resposta a um chamado divino, para contribuir para que o mundo venha a ser aquilo que Deus quer. É amar o mundo no lugar onde Deus os coloca, para transfigurá-lo a partir de dentro, com o testemunho de vida. É Evangelização a partir da presença nos meios familiares, sócio-políticos, culturais e profissionais, de acordo com a vocação pessoal, discernida à Luz do Evangelho e realidade em que vive.

Seculares Consagrados
A vocação dos Institutos Seculares é especial consagração vivida de maneira secular e vida plenamente secular, vivida de maneira consagrada. Os membros dos Institutos Seculares encontram no exercício profissional o meio de sobrevivência e o espaço de missão e de testemunho do Reino: consagram a secularidade! Vivem os conselhos evangélicos a partir de dentro do mundo: a consagração é secular! O Papa Paulo VI assim os define: “Pertenceis à Igreja a título especial, o vosso título de seculares consagrados”. Os membros dos institutos residem com suas famílias, sozinhos ou em pequenos grupos de pessoas que partilham ou não a mesma vocação.

Formação e Acompanhamento
A formação nos Institutos Seculares acontece com a pessoa convivendo em seu ambiente familiar, profissional e social, tendo encontros periódicos com seus formadores, além de encontros mensais e retiros do Instituto. Sua missão em meio ao mundo exige maturidade humana e evangélica, para ser testemunhas de Jesus Cristo e seu amor pela humanidade. Exige também o cultivo de intensa vida de oração litúrgica e pessoal, que deve desembocar na experiência pessoal de convivência íntima, com Aquele a quem escolhem como Único Amor e sentido absoluto de sua vida.

Unidade com a Igreja
Os consagrados seculares guardam discrição, e em alguns casos, sigilo sobre sua vocação, mas devem ter acompanhamento espiritual e levar ao conhecimento do Bispo a presença do Instituto na Diocese. Sua consagração os compromete com a Igreja e os faz sempre interessados e dispostos a conhecer, acolher e viver suas diretrizes e projetos de evangelização. Fazem isso como filhos que se colocam a serviço da mãe (=Igreja), sempre que puderem, de acordo com suas condições e necessidades de atuação. Normalmente o Instituto não governa a ação de seus membros e cada qual assume sua missão em caráter pessoal na Igreja.

Consagração
A consagração se expressa pela profissão dos conselhos evangélicos e é conseqüência da radial opção pelo seguimento a Jesus Cristo, que durante sua vida terrena teve Deus como único amor (=castidade), Deus foi seu único bem (=pobreza) e o fiel cumprimento da vontade do Pai foi sua única vontade (=obediência).

Conforme o Papa Pio XII em seu Motu Próprio “Primo Feliciter”, toda a vida dos membros dos Institutos Seculares deve ser convertida em apostolado, “que deve ser exercido, constante e santamente, por uma tal pureza de intenção, por uma tal intimidade com Deus, por um tal generoso esquecimento e abnegação de si próprio, por um tal amor das almas, que seja capaz de revelar o espírito interior que o anima e na mesma proporção o alimente e renove sem cessar”. Este apostolado “deve exercer-se fialmente não somente no mundo, mas de alguma sorte, a partir do mundo e, por conseqüência, por profissões e atividades, formas, lugares e circunstâncias correspondentes a essa condição secular”.

Informe-se
Ligue (42) 3228-8247
Iolanda


Conheça também o Instituto Franciscano SEARA
O Instituto Franciscano Seara não tem obras de apostolado. Sua obra é a obra de Jesus que através do Espírito Santo, continuamente faz frutificar no mundo as sementes da Redenção. Por isso, faz da própria realidade diária, matéria de consagração, elevando a Deus o mundo do trabalho, da política, a vida familiar, as amizades, a ocupação dos tempos livres, os interesses, angústias e necessidades daqueles com quem convive.

Moderadora Geral: Bernadete Nunes Gonçalves
Rua Afonso Ariano, 32
CEP 84010-216
TEL.: (42) 3224-9378

Eremitério Santa Clara
Estrada Rio Abaixo – Rincão
Caixa Postal 42
83190-000 Tijucas do Sul – PR
(41) 3695-1109

Assistente Espiritual Geral
Frei João Daniel Lovato OFMCap
Rua Alcides Munhoz, 190 – Mercês
Caixa Postal 18142
CEP 80811-970 Curitiba-PR(41) 3335-2323

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Vida de Discípulo (Pe. Evandro L. Braun)

Conhecemos e ouvimos falar de pessoas famosas. Muitos homens e mulheres fazem sucesso na televisão, são reconhecidos por seus escritos, alguns se destacam pelos títulos recebidos ou pela posição social que ocupam. Mesmo na Igreja conhecemos pessoas que se sobressaem. Ficamos felizes com todos estes que foram agraciados e se esforçaram e, por isso, podem ser reconhecidos.
Nós, porém, somos pessoas muito simples, que dedicamos nossa vida a Deus no serviço aos irmãos. Tantas senhoras ocupam o dia todo arrumando a casa, lavando a roupa e fazendo a refeição para os seus familiares. Tantos homens gastam a sua vida cuidando da lavoura de onde vem o nosso sustento. Tantos jovens, senhores e senhoras se dedicam sem reservas nos trabalhos das pequenas e grandes empresas de nossas cidades. E tantos outros estão procurando um trabalho digno. E quantos são os que se dedicam a bordar, fazer crochê, pintar. São muitos os que gastam a vida ajudando os outros.
Quando escuto as pessoas e quando visito as famílias fico impressionado com tanta coisa maravilhosa. As pessoas lutam, sofrem, mas são cheias de esperança. Tanta gente boa não se cansa de amar do jeito de Jesus. Nossas comunidades estão cheias de pessoas que têm um coração grande e que são verdadeiros sinais de Deus.
No meio de um mundo de tanta injustiça, violência, discriminação, pecado, insegurança... encontramos pessoas sérias, dedicadas, fraternas. Acredito que você, amado leitor, é uma delas.
Na simplicidade podemos revelar que somos discípulos de Jesus. Não importa se lavamos pratos, fabricamos móveis, cultivamos a terra ou ensinamos as crianças. Interessa sim o amor com que fazemos cada coisa.
Talvez seja importante questionar: Por que trabalhamos? Por que nos dedicamos nos ministérios e serviços de nossa comunidade? Tomara que tudo seja fruto de uma resposta de amor, de uma adesão a Jesus que nos chama pelo nome para ser seus discípulos. E o discípulo do Senhor ama, se compadece, serve, dá a vida.
Somos discípulos de Jesus. “Na convivência cotidiana com Jesus..., os discípulos logo descobrem duas coisas bem originais no relacionamento com Jesus. Por um lado, não foram eles que escolheram seu mestre, foi Cristo quem os escolheu. E por outro lado, eles não foram convocados para algo, mas para Alguém, escolhidos para se vincularem intimamente à pessoa dele”(Documento de Aparecida, n. 131).
Somos escolhidos “por” e “para” Jesus. Que nossas atitudes, nossos serviços na Igreja e nossos trabalhos no mundo, por mais que sejam humildes afazeres, sejam expressão de que somos discípulos de Jesus!
(Texto elaborado por Pe. Evandro L. Braun / evandrobraun@bol.com.br)

Cuide-se... (Fábio Sejanoski)

Sim... cuide-se... isso é mais do que necessário!
Quantas vezes você já ouviu essa frase: “cuide-se”! E o que isso significa? E o que isso tem a ver com nossa espiritualidade, com nossa vida de cristãos, com nossa missão dentro da Igreja? Uma coisa é importante: se todos nós levássemos a sério essa frase, tanto quem a fala como quem a ouve, e a colocássemos em prática, quanta coisa de bom a mais estaria acontecendo em nossas vidas.
Indiscutivelmente tudo aquilo que acontece em nosso interior se reflete em nosso exterior, ou seja, minha vida espiritual, meu comportamento de cristão e minha missão serão reflexos da maneira como cuido minha vida. Se tomo os cuidados necessários para ter uma boa vida isso se refletirá em boas ações, em bons pensamentos, em frutos que ajudarão os outros e em conseqüência a mim mesmo. Sendo assim, diria que cuidar-se quer dizer prestar mais atenção nas coisas, perceber mais os detalhes que fazem a diferença e as coisas boas que possam existir em cada realidade onde comumente deixamos de perceber, deixamos de buscar... neste contexto eu gostaria de partilhar uma experiência: gosto muito de fotografar e me surpreendo sempre como que a partir de algo aparentemente sem nada de belo, é possível conseguir uma imagem diferente, que por sua vez se torna linda, perfeita, única... mas o que isso tem a ver com “cuidar-se”? Em nossa vida é preciso busque encontrar também os belos cartões postais escondidos dentro de nós e fazer destas belezas o nosso rosto... talvez ainda não encontraremos as belezas que desejamos ou da maneira como desejamos, mas com certeza poderemos fazer estas realidades se transformarem... será este nosso retrato... assim é que nos apresentaremos diante da vida... e de nós mesmos...
Essa reflexão sobre o cuidado da vida nos cabe porque já no começo deste mês de novembro celebramos o dia de Finados e o dia de Todos os Santos, isto é, sabemos que nossa vida acaba e que se faz necessário uma autêntica caminhada de santidade. Reflita sobre como você tem cuidado da sua vida e como tem trilhado este caminho de santidade. Além do mais queremos destacar neste mês a celebração da Padroeira do Paraná, N. Senhora do Rocio. O nome “Rocio” quer indicar que a presença de Nossa Senhora é como que refresco e reconforto, semelhante ao orvalho da manhã. Que Nossa Senhora do Rocio possa nos ajudar a cuidar da nossa vida, das nossas ações e intenções. Fiquem com Deus e cuidem-se.
(Texto elaborado por Fábio Sejanoski / sejanoski@yahoo.com.br)

Esperança e paz (Adriano Freitas)

Na oração do Rosário encontramos a verdadeira solução para os problemas modernos, sejam eles particulares ou públicos. Com esta oração tão simples e acessível a todos surge uma esperança que nos impulsiona sempre mais a viver o Evangelho que meditamos ao rezar.
Da mesma forma, porque consiste na contemplação do rosto de Cristo, a oração do terço é orientada para a paz. Vivemos aspirando por ela... nesta esperança... paz mesmo contemplando o rosto de Cristo nos irmãos que mais sofrem, em diversas situações carregadas de tristeza e dor. Sentimos o desejo de acolher, defender e promover a vida, nos preocupamos com o sofrimento das pessoas e, é claro, não podemos mudar suas vidas, mas estamos vivendo o Evangelho, e o pouco de nós que podemos dar nos fará felizes; nos dará forças para amar mais. Essa paz que vem de Jesus e, que Maria nos ajuda a buscá-la, deveria sempre ser sonhada e buscada com toda a família. Isso para fazer que a família seja sempre unida e permaneça, compreendendo aqui uma das finalidades do nosso manual das capelinhas: “a família que reza unida, permanece unida”.
Você Zelador(a) que é pai, mãe, é chamado a tornar eficaz essa ação de Deus através das capelinhas. Primeiro começa em casa, na nossa casa e também sendo esse sinal para os outros. Para que quem vê de fora olhe que há algo diferente, que é a paz, a alegria do Senhor que brota nos corações.
(Texto elaborado por Adriano Freitas)

Testemunho Vocacional

Sou de uma família simples e humilde de dois irmãos, nasci em uma comunidade pequenina no interior da cidade de Reserva, onde desde muito cedo sempre ajudei meus pais no trabalho da roça, e foi com eles que aprendi a fazer muitas coisas. Meus pais sempre foram participantes da comunidade antes mesmo de se casarem, porém, mesmo sendo de uma família religiosa nunca pensava em ser padre, aliás, nem sabia o que era um seminário. Meu maior sonho era ser motorista de caminhão, queria conhecer o Brasil. Passado um tempo, comecei a ajudar como coroinha, e lá no grupo de coroinhas havia um amigo meu que também ajudava. E foi esse meu amigo que me convidou para ir conhecer o seminário, pois ele queria ir mas não tinha quem fosse com ele. Aí, mesmo nunca tendo pensado em ser Padre fui junto com ele. Ao final de todos os encontros daquele ano, eu decidi que gostaria de entrar no seminário, meu amigo porém não quis! Hoje sou muito grato a Deus por ter colocado esse instrumento em minha vida. Passados oito anos de seminário hoje digo que sou muito feliz em responder a minha vocação.
Osmar Mackeivicz

Cartas dos Zeladores

Queremos fazer o Jornalzinho “Zeladores Zelando” sempre mais com a sua participação, e já vamos publicar duas cartas que recebemos com dois testemunhos muito bonitos:

Anunciar com Maria
Anunciar é o grande desafio; é levar a boa nova do Evangelho a toda criatura. Não basta ter coragem! Sem oração nada conseguimos. Rezar o Santo Rosário é a âncora que sustenta nossa jornada. Coloquemos os dons que o Espírito Santo nos dá a serviço de todos. Somos operários, mensageiros levando a Palavra de Deus aos irmãos, orientando, partilhando nossos dons que nos levam a criar na família um ambiente favorável e propício desabrochar e desenvolver das vocações. Família, berço de vocações, sejam elas bem estruturadas onde se vive o amor fraterno cujo alicerce é a oração. A terra fértil está preparada para receber a semente, mas, não basta semear! É preciso alimentá-las, regá-las com a água do amor e oração para que elas não se percam e não morram. A semente caindo em terra fértil germinará e produzirá muitas e santas vocações, em especial as vocações consagradas. Devemos apoiar material e espiritualmente o presbítero na realização de sua vocação. Seguir os passos de Maria, perseverante na fé e na oração, pois ela nos ensina a amar e servir. Sobe as montanhas, vai à casa de Isabel, leva em seu seio o Evangelho vivo, Jesus Cristo. O(a) Zelador(a) vai ao encontro das famílias, leva a capelinha com a imagem da Virgem, quem acolhe Maria, acolhe Jesus. Devemos criar nas famílias um ambiente favorável e propício onde a semente germinará e produzirá muitas e santas vocações. Dizia o apóstolo Paulo, nós somos aquilo que fazemos e não o que dizemos. Zelador(a), siga a Estrela que brilha e conduz: Maria!
(Texto escrito por Oracília Delgabo – de Ponta Grossa).

Você quer ter paz? Reze o terço todos os dias
Minha vida mudou. Hoje tenho paz! Antes, minha vida era um sofrimento de perturbações e confusão. Depois que recebi a capelinha em casa comecei a rezar o terço todos os dias, minha vida mudou. Hoje tenho paz! No mundo de hoje, quanta gente acaba perdendo a esperança só porque não reza! A você que agora lê estas linhas e talvez esteja passando por dificuldades, aflições, ou momentos de perturbação, venho fazer um convite: Reze o terço e você encontrará a paz. Então você poderá comprovar como é verdadeira a promessa de Jesus Cristo: “Tudo quanto pedirdes orando, crede que o recebereis e o obtereis” (Mc 11, 24).
(Texto escrito por Misael Domingos – de Imbaú)

Mãe Peregrina

A Capelinha da Mãe Peregrina em 1998 foi benzida pelo então Bispo da Diocese de Ponta Grossa Dom João Braz de Aviz com o objetivo de ser um elo de ligação e união entre todos os Coordenadores Paroquiais e Zeladores de Capelinhas da Diocese. Esta capelinha percorria as casas de Coordenadores e Zeladores e estava sempre presente nos grandes eventos do Movimento das Capelinhas. A partir deste mês de Novembro de 2007 a capelinha iniciou sua peregrinação pela diocese conforme trajeto combinado na Formação para Coordenadores Paroquiais realizada em Outubro. Tem como objetivo principal Anunciar e Preparar o Congresso Diocesano do Movimento das Capelinhas que acontecerá em Outubro de 2008. Durante estes 12 meses todos serão convidados a se prepararem para este Congresso, rezando com a Mãe Peregrina a seguinte oração:

Oração em preparação para o Congresso Diocesano do Movimento das Capelinhas

Ó Pai, de quem todo Amor procede, olhai com carinho para cada um de nós nesta preparação para o Congresso Diocesano do Movimento das Capelinhas. Concedei inúmeras graças a todas as pessoas que participarem.
Que nesta caminhada, contemplando o rosto de Jesus através de Maria, meditando os mistérios de nossa Redenção, o desejo de seguir Teu Filho floresça em nós a cada dia com mais vigor.
Desejamos ardentemente que não faltem operários para a Vossa vinha, que carece de pessoas corajosas para testemunhar Teu amor no serviço ao próximo, por meio de uma vocação. Por isso, rezamos para que os jovens sejam iluminados. Despertai-os para o encontro com Cristo.
E a nós, dai-nos coragem para sermos verdadeiramente discípulos e missionários. Encorajai-nos na missão para sermos evangelizadores e mostrar Jesus às pessoas que desejam vê-lo. Que as pedras não sejam obstáculos, mas estímulos, para fazermos deste Congresso um momento de renovação.
E sendo assim, que Maria, Mãe da Divina Graça, a Mãe Peregrina, ensine-nos na simplicidade, a dizer SIM e a confiar no Teu Amor Providente. Pedimos a Vós, ó Pai, em Jesus seu Filho, no Espírito Santo.
Amém

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Dizer, Fazer e Ser... (Pe. Evandro L. Braun)

A experiência de Pedro tantas vezes é ícone da nossa (cf. Mt 16,13-23). Diante da pergunta: “E vós, quem dizeis que eu sou?”, Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus Vivo”. Por esta resposta, Jesus o chamou de feliz, prometeu construir a Igreja sobre ele e lhe entregou as chaves do Reino. Pedro professou a fé em Jesus, disse o que tinha de dizer!

Logo em seguida, Jesus mostrou aos seus a realidade pela qual deveria passar: sofrimento, morte e ressurreição. Pedro, diante disso, repreendeu Jesus: “Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isto nunca te aconteça!” Jesus voltou-se para Pedro e disse: “Vai para longe, satanás! Tu és para mim uma pedra de tropeço, porque não pensas as coisas de Deus, mas, sim, as coisas dos homens!” Pedro não foi capaz, naquele momento, de assumir a plenitude da revelação. Isso era custoso demais para o discípulo!

Apontamos este texto para apresentar um elemento bem concreto para nós que, tantas vezes, igualzinho a Pedro, dizemos coisas bonitas, verdadeiras e profundas. Muitas vezes apresentamos idéias e apontamos a realidade das coisas de uma forma surpreendente: “Tu és o Messias, o Filho do Deus Vivo!” Porém, na hora da verdade, da dor, da angústia, do assumir todas as conseqüências, somos tantas vezes incapazes. Parece que existe uma distância entre o “dizer” e o “assumir”. Porém, no serviço da Igreja não basta “dizer”, é preciso “assumir”(fazer)!

Olhando para a Carta Apostólica Novo Millennio Ineunte, um outro aspecto ainda nos é apresentado: “O nosso tempo é vivido em contínuo movimento que muitas vezes chega à agitação, caindo-se facilmente no risco de ‘fazer por fazer’. Há que se resistir a esta tentação, procurando o ‘ser’ acima do ‘fazer’.” (Novo Millennio Ineunte, n. 15).

Estejamos certos: os homens de hoje estão cheios de idéias e teorias; não precisam de mais uma. Eles precisam de práticas de vida, de atitudes bem concretas de acolhida, amor, serviço. Mas isso não basta! É preciso que exista uma raiz profunda para tudo isso: uma comunhão forte com Jesus. O “ser” é o que importa de fato!

Aqui convém citar as palavras de João Paulo II, mais uma vez: “os homens do nosso tempo, talvez sem se darem conta, pedem aos crentes de hoje não só que lhes ‘falem’ de Cristo, mas também que de certa forma lho façam ‘ver’. E não é porventura a missão da Igreja refletir a luz de Cristo em cada época da historia, e por conseguinte fazer resplandecer o seu rosto também diante das gerações do novo milênio?...” (Novo Millennio Ineunte, n. 16).

Qual é o ideal, a referência forte e o modelo para a nossa missão na Igreja? A pessoa de Jesus! Nele nós encontramos toda a segurança para o nosso serviço. Bom mês missionário!

Para Refletir e Partilhar:
1. Quais as frases do texto lhe chamam a atenção? Por quê?
2. Qual é a grande missão da Igreja em todos os tempos?
3. O que você pode fazer de concreto para que as pessoas experimentem o amor de Jesus?

(Texto elaborado por Pe. Evandro Luis Braun evandrobraun@bol.com.br)

"Ide também vós..." (Fábio Sejanoski)

“Ide também vós...”
Eis o convite que Cristo nos faz neste mês: “Ide também vós para a minha vinha” (Mt 20, 4). O que significa isso? Significa que estamos no mês de Outubro, o mês dedicado às Missões. Significa que a cada dia necessitamos renovar este nosso compromisso de evangelização. Significa que não podemos mais ficar de braços cruzados esperando as coisas acontecerem pos si só! Precisamos colocar a mão na massa e fazer a nossa parte para a vivência plena do Reino de Deus entre nós.

“Ide também vós para a minha vinha”. Onde fica essa vinha? Cristo nos convida para irmos onde? A vinha do Senhor fica exatamente aí onde eu e você estamos agora. Exatamente aí é o lugar de evangelizarmos, ou seja, começando pelo nosso coração, depois em nossa casa, passando pelo ambiente em que vivemos, nosso trabalho e enfim, tocando cada um que encontramos e que faz parte da nossa vida.

“Ide também vós para a minha vinha”. Como concretizar esta proposta? Vamos olhar para alguns dos Santos que comemoramos neste mês, como Santa Teresinha do Menino Jesus; São Francisco de Assis; S. Lucas; N. S. Aparecida, tão amada e venerada por nós. Eles nos mostraram que com coragem e disposição é possível levar a mensagem do Evangelho não somente com palavras, mas com nosso próprio exemplo de vida.

“Ide também vós para a minha vinha”. Este é o convite pra você responder e viver a sua vocação! Nunca é tarde para você aceitar essa proposta... Lembre-se que vocação acertada é sinal de um futuro feliz! A decisão é tua!

E este mês também é o mês do Rosário! Vamos então tomar o nosso terço nas mãos, rezar por todos os missionários religiosos e leigos, por cada um de nós na nossa missão do dia-a-dia, pelas crianças – que celebramos seu dia também neste mês – para que cresçam em sabedoria e graça, amparadas pelos Santos Anjos da Guarda.

“Venham trabalhar na minha vinha, dilatar meu Reino entre as nações. Convidar meu povo ao banquete. Quero habitar nos corações. Unidos pela força da oração e ungidos pelo Espírito da Missão vamos juntos construir uma Igreja em Ação”. Que as palavras deste canto façam eco na nossa vida.
(Texto elaborado por Fábio Sejanoski sejanoski@yahoo.com.br)

Zelador Missionário (Adriano Freitas)

Uma jovem de mais ou menos 15 anos saiu de sua casa e fez uma longa caminhada até um povoado pequeno, onde morava sua prima. Essa jovem estava grávida e foi colocar-se a serviço daquela mulher que também esperava uma criança. Essa história todos já sabemos. Isabel acolheu Maria (a que seria a mãe de seu Senhor) em sua casa, plena do Espírito Santo: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre” (Lc 1, 43). Maria caminhou, pôs-se a servir, pôs-se em missão.

Este mês dedicado ao rosário é também o mês missionário. Entre as vocações que existem na Igreja está também a vocação missionária. Hoje se fala tanto sobre isso, mas somos convidados a olhar e refletir acerca do que é de fato e ver como é vivida hoje essa vocação tão necessária e urgente em nossas comunidades. A Virgem de Nazaré, que aderiu à Palavra e nela “teceu carne” em seu ventre, foi a missionária por excelência, por isso é o referencial que ilumina e transforma; é o exemplo de entrega, de coragem, de fé.

Temos também, no Evangelho, os discípulos que Jesus enviou, de dois a dois, em missão. Eles foram “Discípulos e Missionários de Jesus Cristo para que Nele nossos povos tenham vida” (lema da V Conferência do CELAM). No discurso de abertura desta conferência o Papa nos falou: “Nesta hora em que a Igreja deste continente se entrega plenamente à sua vocação missionária, lembro aos leigos que são também Igreja, assembléia convocada por Cristo para levar seu testemunho ao mundo inteiro”. São, enfim, alguns elementos que remetem a nós, leigos, e principalmente a você Zelador(a). Chamados à missão, precisamos levar ao mundo o testemunho de Jesus Cristo, e nos colocarmos a serviço, como fez Maria. Sermos fermento do Amor de Deus, sermos “sal da terra e luz do mundo”.

Mas “levar Jesus Cristo ao mundo?” Ao mundo todo é muita coisa, é impossível! Temos que fazê-lo aqui mesmo onde estivermos. O “mundo” é a nossa realidade onde vivemos. A Palavra se cumpre quando cada um faz a sua parte confiada por Deus. Mas como “precisamos nos colocar a serviço”, se eu já sou coordenador(a), se já sou zelador(a) há algum tempo? É preciso, sim, renovar este propósito a cada novo dia, e dispor de si com aquele mesmo olhar de fé de Nossa Senhora. De que forma você poderia ajudar?

(Texto elaborado por Adriano Freitas)

Testemunho Vocacional (Athanagildo Vaz Neto)

Na simplicidade...

Chamo-me Athanagildo Vaz Neto, tenho 24 anos e sou natural de Ponta Grossa, atualmente minha família mora em Irati. Sou filho único e perdi meu pai cedo, aos 7 anos de idade. Minha mãe chama-se Maria Fornalevicz Vaz. É uma pessoa muito importante na minha vida, afinal de contas foi ela quem primeiro me educou na fé, quantas foram às vezes que ela ao lado da minha cama rezava comigo e por mim...Fui coroinha na Capela N. Sra. das Dores, paróquia de N. Sra. de Guadalupe. Foi sendo coroinha que a Vocação chegou a minha vida. A proximidade com o padre era grande e eu podia ver o quanto ele era feliz. Era o Pe Glauco. Hoje estou no seminário São João Maria Vianney, em Ponta Grossa e é meu 7° ano de seminário, 2° de Teologia. Posso dizer com muita sinceridade que eu sou feliz nesse caminho. O Chamado de Deus acontece no dia-a-dia, na simplicidade do cotidiano. É nesses momentos simples que a felicidade se torna realidade. E as orações são muito importantes, por isso jamais deixem de rezar pelas vocações.

História - Aprendendo com "Tia Teca" (Janescleo Guimarães)

“Havia uma senhora muito simples, que vendia verduras na vizinhança. Certo dia, tia Teca, conhecida por toda vizinhança, foi vender suas verduras na casa de um senhor e lá perdeu o seu terço. Passados alguns dias, tia Teca voltou àquela casa, e este senhor veio logo zombar dela dizendo: Você perdeu o seu Deus?

Ela respondeu: Eu? Perder o meu Deus? Nunca. Então ele pegou o terço e disse: Não é este o seu Deus? Graças a Deus o senhor encontrou meu terço. Muito obrigada. Por que a senhora não troca este cordão com essas sementinhas pela Bíblia? Perguntou ele. E ela humildemente respondeu: Porque a Bíblia eu não sei ler, e como o terço, eu medito toda a palavra de Deus e guardo no meu coração.

Medita a palavra de Deus? Como assim? Poderia me dizer? Poderia me dizer? Posso sim respondeu tia Teca pegando o terço e disse: Quando eu pego na cruz lembro-me que o filho de Deus derramou o seu sangue, pregado numa cruz, para salvar a humanidade. Essa primeira conta grossa me lembra que há um só Deus onipotente. Essas três contas pequenas me lembram as três pessoas da Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Esta conta grossa me faz lembrar a oração que o senhor mesmo

ensinou-nos, que é o Pai- nosso. O terço tem cinco mistérios, que me fazem lembrar as cinco chagas do Nosso Senhor Jesus Cristo, cravado na cruz. E cada mistério tem dez Ave-Marias, que me fazem lembrar os dez mandamentos, que o senhor mesmo escreveu nas Tábuas de Moisés.
O rosário de Nossa Senhora tem vinte mistérios, que são: cinco Gozosos, cinco Dolorosos, cinco Gloriosos e cinco Luminosos. De manhã, quando me levanto para iniciar minha luta do dia-a-dia, eu rezo os mistérios Gozosos, lembrando-me do humilde lar de Maria em Nazaré, ao meio dia, no meu cansaço e fadiga do trabalho, eu rezo osmistérios Dolorosos, que me fazem lembrar de Jesus Cristo para o Calvário. Quando chega o final do dia, com as lutas vencidas, eu rezo os mistérios Gloriosos, que me fazem lembrar que Jesus venceu a morte para dar Salvação a toda humanidade e a noite rezo os mistérios Luminosos, para lembrar que mesmo em meio às dificuldades Jesus sempre me ilumine e me protege. E agora me diga onde está a idolatria? Ele, depois de ouvir tudo isso, disse: Eu não sabia disso. Ensina-me tia Teca, a rezar o terço”.

(Por Janescleo Guimarães janescleo@yahoo.com.br)

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Ir à Escritura (Pe. Evandro L. Braun)

Ir à Escritura
Logo no início da Exortação Apostólica Sacramentum Caritatis, o Papa Bento XVI nos diz assim: “Suscitada pelo anúncio da Palavra de Deus, a fé é alimentada e cresce no encontro com a graça do Senhor ressuscitado que se realiza nos sacramentos” (SC, 6). Mais adiante ele afirma que “o conhecimento e o estudo da Palavra de Deus permitem-nos valorizar, celebrar e viver melhor a Eucaristia” (SC 45).
Mostra-se assim a ligação profunda entre a Palavra de Deus e os Sacramentos, de modo particular a Eucaristia. A fé cristã não se compreende, e não é vivenciada, sem estes tesouros.
Quando falamos da Palavra de Deus, somos chamados a tomar nas mãos, outra vez, a Sagrada Escritura. Muita gente tem aprendido a ler diariamente a Bíblia. Ela tem se tornado, sempre mais, o livro de todos. E muita vida nova tem surgido a partir desta experiência.
Creio que, para nós, algumas atitudes são importantes ao tomarmos nas mãos a Bíblia:
- Atitude de Escuta: é necessário escutar o que Deus diz nas palavras que lemos nos evangelhos e nos outros livros. Escutar é mais do que ouvir; é acolher, encarnar e assumir o que lemos, para vivenciar;
- Humildade: somos chamados a acolher os textos com prontidão, querendo que aquelas palavras toquem toda a nossa vida. É importante fazer-se pequeno, nada, para que o que Deus diz toque o nosso coração.
- Respeito: valorizar a Sagrada Escritura é fundamental. O que lemos nela é Palavra de Deus. Por isso é muito diferente ler a Escritura e ler um outro texto qualquer.
- Simplicidade: é preciso deixar a escritura falar, sem impor nada, sem rejeitar nada.
Estas são atitudes bem simples, mas que podem nos ajudar a encontrar alimento para a nossa vida e a esperança para o nosso mundo.
Neste mês somos chamados a “Ir à Escritura!”:
- sem medo: quando vamos ao encontro dos textos bíblicos eles sempre nos desafiam a sermos melhores. Não precisamos ter medo!
- sem fanatismo, pois isto nos torna cegos para o projeto de Deus.
- sem impor aos outros o que lemos, pois o que lemos é sempre, em primeiro lugar, para nós.
Façamos como tantas pessoas que não deixam, um dia sequer, de acolher a mensagem da salvação contida nos textos sagrados. Se fizermos assim, nossa fé será muito mais profunda e nossa maneira de viver muito mais parecida com o jeito de Deus!

Para refletir:
1- Você tem costume de ler diariamente a Sagrada Escritura?
2- Quais as atitudes fundamentais que alguém deve ter ao tomar nas mãos a Bíblia?
3- Você conhece pessoas que mudaram de vida a partir da escuta da Palavra de Deus?
(Texto elaborado por: Padre Evandro Luis Braun evandrobraun@bol.com.br)

Palavra da Salvação (Fábio Sejanoski)

Palavra da Salvação
“Santo Livro... Santo livro... louvado seja Deus por teus autores, louvado seja Deus por teus leitores... quem te lê com amor e fé certamente viverá melhor... saberá caminhar, saberá!”
Palavras, frases, textos, revistas, jornais, livros... nossa vida é rodeada por palavras... e cada dia temos ao nosso alcance milhares delas capazes de nos instruir, nos contar algo, nos informar de situações, nos fazer ficar bem e às vezes até mesmo nos fazer ficar mal. Graças às palavras nos comunicamos, nos relacionamos. Sendo assim, concluímos que as palavras possuem um grande significado em nossas vidas.
Mas mesmo diante de tantas coisas interessantes que essas palavras são capazes, elas não são completas... falta algo! Há uma coisa que essas palavras não fazem: revelar uma Pessoa. Há uma Palavra que é capaz de ir mais além, de fazer acontecer algo a mais! Trata-se da PALAVRA DE DEUS. Sim, porque a Palavra de Deus não é um livro de histórias ou um livro de receitas, mas é um livro que nos Revela Deus na Pessoa de Jesus Cristo. É uma Palavra eficaz que cumpre o que significa, que faz acontecer o que anuncia, que cria, que transforma, que nos leva ao Encontro Real com Cristo.
O mês de Setembro trás este convite: valorizarmos mais a Palavra de Deus em nossas vidas, e como fala a canção do Padre Zezinho escrita no começo deste texto, aquele que tomar contato com esta Palavra com amor e fé certamente terá uma vida melhor e saberá trilhar o caminho da verdadeira felicidade.
A Palavra de Deus é convite para cada um de nós vivermos a nossa vocação, pois Ela nos chama para trilharmos o caminho da santidade, para semear a boa semente, para encontrarmos o grande tesouro, que é Cristo, e sobretudo para amarmos uns aos outros como o próprio Cristo nos amou.
Portanto “que a Palavra de Deus tome conta de nós, mude o nosso coração, seja pra nós um caminho de luz. Que a Palavra de Deus seja o nosso ideal, toque a nossa razão, faça de nós irmãos de Jesus. Feliz é quem ouve a Palavra e mais feliz quem a faz! Filho de Deus ele então será! Feliz é quem leva a Palavra e anuncia Jesus, com Jesus Cristo ele um dia reinará”.]
(Texto elaborado por: Fábio Sejanoski sejanoski@yahoo.com.br)

O mês da Palavra (Adriano Freitas)

O mês da Palavra
Em nossa caminhada de cristãs, o mês de Setembro há vários anos, é conhecido como o mês da Bíblia. A Igreja, chama a atenção de todos os cristãos para a importância da Palavra de Deus na sua vida. Por isso inseriu nas diversas pastorais este momento indispensável de reflexão, estudo e sobretudo de oração e aprofundamento espiritual, tendo como fundamento a Palavra Revelada que é Cristo. Ao celebrar o mês da Bíblia pode-se ficar na superficialidade ou pode constituir, de fato, um novo momento de conversão. Pode-se reduzir em algo formal a ser cumprido ou consistir em uma sempre renovada atitude de escuta da Palavra de Deus, nos questionando e interpelando em cada momento e situação que vivemos.
Como está o nosso contato com a Palavra? Nós, Zeladores de Capelinhas, que servimos a Deus e a Igreja queremos sempre mais renovar a nossa vida e também a dos irmãos na meditação fiel e no amor à Palavra de Deus semeada em nossos corações.
(Texto elaborado por Adriano Freitas)

O livro da vida (Janescleo Guimarães)

O livro da vida
“Uma vez um homem conseguiu licença para entrar numa grande gruta onde estavam os livros da vida de cada um com seu passado e seu futuro. Poderia ficar lá dentro certo número de minutos durante os quais poderia modificar o rumo de sua própria vida e o de quantos homens o prazo permitisse. O que fez o homenzinho? O que pensou aquele egoísta? Agora poderia se vingar dos seus inimigos. Foi direto ao livro de um grande inimigo e o corrigiu ajuntando desgraças, doenças e pobreza para ele. O mesmo ia fazendo com outros, riscando o que lhes fora reservado de bom, escrevendo misérias e desventuras. O tempo corria e o prazo já estava por terminar. Quando afinal pegou o livro da sua vida para anotar fortunas e bem-estar, alguém tocou-lhe no ombro: “amigo, o prazo terminou”. O infeliz lamentava a vida inteira: “tive o livro do destino em minhas mãos . preocupado, porém, só em fazer mal aos meus inimigos, perdi a chance de fazer o bem para mim mesmo”.“Conservai a paz entre vós. Pedimo-vos porém, irmãos, corrigi os desordeiros, encorajai os tímidos, amparai os fracos e tende paciência com todos. Vede que ninguém pague ao outro o mal com o mal. Antes, procurai sempre praticar o bem entre vós, e para com todos. Vivei sempre contentes. Orai sem cessar. Em todas as circunstâncias dai graças, porque esta é a vosso respeito a vontade de Deus em Jesus Cristo. Não extingais o Espírito. Não desprezeis as profecias. Examinai tudo: abraçai o que é bom. Guardai-vos de todo o mal”. (1Ts 5, 14-22).

Lenda Árabe

Lenda Árabe

"Diz uma lenda árabe que dois amigos viajavam pelo deserto e em um determinado ponto da viagem discutiram. Um esbofeteou o outro. O ofendido, sem nada a dizer, escreveu na areia:
HOJE, MEU MELHOR AMIGO ME BATEU NO ROSTO.
Seguiram viagem e chegaram a um oásis, onde resolveram tomar banho. O que havia sido esbofeteado começou a afogar-se sendo salvo pelo amigo. Ao recuperar-se pegou um estilete e escreveu numa pedra:
HOJE, MEU MELHOR AMIGO SALVOU-ME A VIDA.
Intrigado, o amigo perguntou:
- Por que depois que te bati, tu escreveste na areia e agora escreves na pedra?
Sorrindo, o outro amigo respondeu: - Quando um grande amigo nos ofende, devemos escrever na areia, onde o vento do esquecimento e do perdão se encarrega de apagar, porém quando nos faz algo grandioso, devemos gravar na pedra da memória do coração, onde vento nenhum do mundo poderá apagar ..."

O que significa a palavra Bíblia?

O que significa a palavra “Bíblia”?
Bíblia é uma palavra de origem grega que quer dizer Livros. São 73 Livros escritos por Deus. Mas, Deus quis precisar da ajuda de pessoas para escrever a Bíblia. Estas pessoas são chamadas de “Autores Sagrados”. Foram como que instrumentos humanos nas mãos de Deus. São mais de 50 pessoas que Deus se serviu para escrever suas revelações, isto é, aquilo que Deus realmente é. Deus quer que todas as pessoas o conheçam, por isso aos poucos foi se revelando nos fatos que a Bíblia conta.
A Bíblia levou mais ou menos 130 anos para ser escrita. Ela foi escrita em Hebraico, parte em Aramaico e parte em Grego.
Como divide-se a Bíblia?
Antigo Testamento: 46 livros, trata a respeito do mundo, do homem, da fidelidade e infidelidade do povo de Israel, da presença de Deus para libertar seu povo.
Novo Testamento: 27 livros, apresenta Jesus Cristo, na sua vida, nos seus ensinamentos, no seu Evangelho, seus milagres, na pregação dos Apóstolos e na vida dos primeiros cristãos.
O centro da Bíblia é Jesus Cristo. Tudo na Bíblia fala dele.
O Antigo Testamento prepara a sua vinda.O Novo Testamento é Ele mesmo, ao vivo.

Lenda das três árvores

A Lenda das Três Árvores
Numa reunião, pediram ao velho Simão que falasse sobre a resposta de Deus às nossas preces. Ele então, que era mestre na arte de contar história, repetiu uma antiga lenda... "Num grande bosque três árvores, ainda jovens, pediram a Deus que lhes desse destinos importantes e diferentes. A primeira queria que sua madeira fosse empregada no trono do mais alto soberano da terra. A segunda pediu para ser usada na construção do carro que transportaria os tesouros desse poderoso rei. E a terceira desejou ser transformada numa torre, nos domínios do mesmo rei, para mostrar o caminho do Céu. Passado muito tempo, vieram alguns lenhadores e derrubaram as três árvores , deixando muito tristes as árvores vizinhas. E elas foram arrastadas para fora do bosque. Perderam seus galhos, folhas e raízes, mas não perderam a fé nas promessas do Criador. E deixaram-se conduzir com paciência e humildade... sem imaginar o que viria acontecer depois de muitas viagens... A primeira árvore caiu nas mãos de um criador de animais, que mandou transformá-la num cocho para seus carneiros. A segunda foi comprada por um construtor de barcos. A terceira recolhida à cela, para ser aproveitada futuramente. No bosque, as outras plantas haviam perdido a fé no valor das preces e ficaram surpresas em saber que, muitos anos mais tarde, as três árvores foram atendidas nos seus desejos. A primeira foi forrada com panos singelos e serviu de berço para Jesus recém-nascido. A segunda, na forma de uma barca de pescadores, foi usada por Jesus para transmitir belos ensinamentos. A terceira se transformou numa cruz, e no alto do monte, guardou valentemente o corpo de Jesus e recebeu seu coração cheio de amor pela humanidade e, assim, indicava o verdadeiro caminho para o Reino de Deus." Terminada a narrativa, Simão disse a seus amigos que todos podemos dirigir a Deus nossas preces mais diversas. No entanto, precisamos saber entender e esperar as respostas de Deus.

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

AGENDA da Pastoral Vocacional

OUTUBRO
Durante todos os finais de semana deste mês faremos ANIMAÇÃO VOCACIONAL na paróquia Imaculada Conceição de Teixeira Soares
07/10 – Encontro com Coordenadores de COROINHAS em Imbituva
13/10 – Encontro do SAV Diocesano as 14h no Espaço Cultural Sant’Ana (Prédio da Rádio Sant’Ana)
20/10 – Retiro para CRISMANDOS da Par. Sant’Ana de Castro no Cenáculo Cavanis
20/10 – Encontro com Zeladores(as) de CAPELINHAS na Par. Sr. Menino Deus em Piraí do Sul.
21/10 – Encontro com Zeladores(as) de CAPELINHAS na Par. Perpétuo Socorro de Castro.
21/10 – Encontro Diocesano para COROINHAS no Sem. Mãe de Deus em Irati. Promoção do Setor 7
27/10 – Retiro para CRISMANDOS da Par. N. S. Perp. Socorro – PG no Sem. Dioc. de Teol.
27/10 – Encontro Diocesano para Coordenadores Paroquiais do Movimento das CAPELINHAS em PG, as 14h (informe-se 3238-4230(Fábio) 3225-3429(Janescleo)
27/10 e 28/10 – ESTÁGIO VOCACIONAL para Seminário Menor no Sem. Mãe de Deus em Irati
31/10 – Formação para Zeladores(as) de CAPELINHAS na Par. Sto. Antonio de Ponta Grossa

NOVEMBRO
Durante todos os finais de semana deste mês faremos ANIMAÇÃO VOCACIONAL na paróquia São Sebastião de Ponta Grossa
10/11 – Encontro do SAV Diocesano as 14h no Espaço Cultural Sant’Ana
11/11 – Retiro para CRISMANDOS da Par. Perp. Soc. em Castro
11/11 – Encontro Diocesano para Coordenadores de COROINHAS na Catedral
17/11 – Encontro com Zeladores(as) de CAPELINHAS na Par. Imac. Conceição de Carambeí
18/11 – Retiro para CRISMANDOS da Par. Perp. Soc. em Castro
24/11 – Reunião da Coordenação do Movimento das CAPELINHAS as 14h
24/11 e 25/11 – ESTÁGIO VOCACIONAL para Propedêutico no Sem. Dioc. de Teologia em Ponta Grossa

DEZEMBRO
02/12 – Retiro com CRISMANDOS da Par. Imac. Conceição de Carambeí

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Discípulos e Missionários de Jesus Cristo - Formação o Movimento das Capelinhas (Fábio Sejanoski)

Discípulos e Missionários de Jesus Cristo

“Te estabeleci como luz das nações, a fim de que a minha salvação chegue até as extremidades da terra”. O que vemos no livro de Isaías, capítulo 49, versículo 6, parece nos orientar bem para entendermos e vivermos a dinâmica missionária em nossa vida de cristão. Deus escolhe a cada um de nós para ser LUZ. De quem? Das nações, isto é, de todos os povos, independentemente de onde e que seja. E ser luz não unicamente para mim, mas principalmente para aquele meu próximo, que simples aos meus olhos, no coração de Deus é grande, e por isso deve ser iluminado.
Quando falamos em missão, ser missionário, é fácil nos lembrarmos de um grande personagem da Sagrada Escritura que sem dúvida foi um dos maiores missionários de Cristo: Paulo, que traduzindo já o que o profeta Isaías anunciara há tempos, é enviado por Cristo “para abrir os olhos e fazer o povo voltar das trevas à luz” (cf At 26, 18).
Então não resta dúvida que ser missionário de Cristo hoje é ser luz, viver a luz, levar a luz... Como diz uma canção do Pe. Zezinho: “Por isso eu pus a minha luz, na luz imensa de Jesus (...) e depois disso eu já não temerei, não temerei, não temerei a escuridão, a escuridão! Jesus é minha Luz”.
Deus estabelece-te como Luz das Nações... Cristo envia para abrir os olhos e trazer o povo das trevas para a Luz... Mas nada disso acontecerá pela própria força... pela luz própria, pois não a temos... só temos o que recebemos... e só recebemos de Deus, portanto, “não eu, mas a graça de Deus está comigo” (1Cor 15, 9-10).
Cristo chama o homem para partilhar da sua própria vida. É! Ser Discípulo e Missionário de Jesus é anunciar com a própria vida, pois, se o discípulo é aquele que quer imitar o seu Mestre em tudo, e Cristo anunciou principalmente com gestos, com sua própria vida, então não são palavras que farão nossa missão... elas ajudarão, serão um auxílio mais que necessário, mas o fundamental é a vivência... o testemunho.
Eis o grande mandamento para todo nós: Ide a todo mundo, proclamai a Boa Nova a toda a criatura (Mc 16, 15). É muito claro, ir a todos, proclamar a todos. E isso vem totalmente em paralelo com uma passagem de 1Cor 9, 16 “Ai de mim se eu não anunciar o evangelho”. Sou batizado? Então sou Evangelizador! Sou Evangelizador? Então sou missionário! Sou missionário? Então posso ser Luz para as Nações!
Ser discípulo e missionário de Jesus Cristo significa levar-nos a uma renovação do compromisso batismal. Pais e padrinhos assumiram isso por nós, mas, o fato de renovarmos nossa fé todo domingo na celebração dominical nos diz o que somos: Igreja! E a Igreja é por natureza, missionária! O que o padre nos diz no final da celebração (Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe!) quer dizer exatamente isso! A Igreja te envia em missão, te envia para que na sua vida do dia-a-dia você possa fazer continuar aquele encontro da Santa Missa. Sendo assim, o lugar da nossa evangelização começa pelo nosso próprio coração, depois em nossa própria casa e enfim em todos os lugares que vamos e com todas as pessoas que encontramos. Lembre-se que um olhar que você para alguém pode representar o olhar do próprio Cristo que acolhe, que ama, que quer que o outro alcance a plena felicidade.
Não podemos mais ficar de braços cruzados esperando as coisas acontecerem pos si só! Precisamos colocar a mão na massa e fazer a nossa parte para que a vivência plena do Reino de Deus entre nós aconteça e permaneça.
Jesus ainda faz outro convite: “Ide também vós para minha vinha” (Mt 20, 4) e o que significa isso? Significa que somos convidados a dilatar o Reino de Deus entre as nações, significa convidar o povo para o banquete – banquete que sacia nossa alma e contagia todo nosso corpo inspirando-nos para caminhar levando Cristo. Deus quer habitar em nossos corações e precisamos dar possibilidades para que isso aconteça... em nós e nos outros também.
Onde conseguirmos força pra tudo isso? Oração... pela oração vamos nos abastecer sempre. Rezar sobretudo para que tenhamos a cada dias mais muitas e santas vocações para a missão na Igreja. Vocação Sacerdotal, Vocação Religiosa, Vocação Leiga e Vocação Familiar, pois é de dentro da família que saem pessoas que responderão ao convite do Senhor. E a oração não virá sozinha... virá com o Espírito... Ele é quem vai nos encorajar... Vamos juntos construir uma Igreja em Ação.

Qual é a Espiritualidade do discípulo e missionário de Jesus Cristo?
- Ser o mensageiro de Jesus
: é levar a palavra certa na hora certa e pra pessoa certa... é levar não as minhas palavras mas as palavras do próprio Cristo. Ser mensageiro significa levar a Palavra, que é a própria Pessoa de Cristo;
- Ser o servo: jamais me vangloriar da missão que estou prestando! Lembre-se que o maior no Reino dos céus é aquele que serve! Jesus representou da melhor forma possível isto com o “lava pés”, e mais, nos convidou a fazer o mesmo;
- Realizar os planos de Deus: eu não vou ser discípulo e missionário de Cristo porque eu quero, mas sim porque Deus quer... é Ele que nos envia! Que façamos sempre não a nossa mas sim unicamente a vontade de Deus.
- Não anunciar mensagens humanas, mas o Mistério de Cristo: vamos anunciar o Mistério de Cristo, isto é, todas as maravilhosas ações de Deus em toda história. Mas não é um anúncio das coisas que aconteceram. É um anúncio das coisas que acontecem hoje, pois Deus continua atuando na história graças a Igreja.
Peçamos a intercessão de Santa Teresinha que é a padroeira das missões. Mesmo nunca tendo a oportunidade de ser missionária fora do seu próprio convento. Foi missionária ali mesmo onde estava! Isso é missão... onde estivermos... com quem estivermos... ser discípulos e Missionários de Jesus...
(Elaboração - Fábio Sejanoski)

domingo, 19 de agosto de 2007

Esp. Anim. Voc. - Primeira Palavra (Pe. Evandro)

A ESPIRITUALIDADE DO ANIMADOR VOCACIONAL
VIDA DE ORAÇÃO

1. Primeira Palavra

De início, vale lembrar que “a atividade vocacional requer coragem, persistência, resistência e muita perseverança. Muitas vezes os desafios e dificuldades são enormes. Animadores, animadoras, vocacionados e vocacionadas são tentados e muitos terminam desistindo. Por essa razão, hoje, mais do que nunca, sente-se a necessidade de uma espiritualidade vocacional, capaz de oferecer aos que estão em processo de discernimento e àquelas pessoas que os acompanham a graça e o ânimo para seguirem em frente.” (Texto Base do 2º Cong. Vocacional do Brasil, n. 116).

A reflexão sobre este tema que nos é proposto nos coloca diante do desafio de sermos muito sinceros. Dizemos desafio porque a sinceridade nos faz tomar consciência de situações e de atitudes que não correspondem muito aos nossos ideais ou aos ideais do Evangelho.
Se, por um lado, vemos tanta “busca de Deus”, tanto desejo de uma vida mais fraterna, mais humana e mais cristã; também é verdade que o ativismo, o mundo do descartável, a busca de emoções e soluções imediatas..., nos atingem de um modo bastante forte.
Não podemos negar que o pluralismo religioso tão presente e evidente em nossa sociedade exige um aprofundamento na nossa identidade cristã.

De um lado, percebemos tantas coisas positivas: reconhecimento das deficiências pessoais, valorização da alegria de viver, a autoconfiança, a vivência do evangelho e sua apresentação como Boa Nova alegre e libertadora, a valorização da experiência do Deus Vivo e da gratuidade do seu amor, a rejeição de uma espiritualidade fria e estéril, redescoberta das celebrações litúrgicas, uma espiritualidade marcada pela experiência da beleza, que supera o individualismo e que envolve a vida de cada dia da pessoa, o desenvolvimento do diálogo ecumênico e inter-religioso. (cf Pe Alfonso Garcia Rubio. In Temáticas do 2º Congresso Vocacional. CNNB. Coleção Estudos 90. p. 17)

Por outro lado, verificamos a tentação crescente do fundamentalismo (tradicionalismo); do relativismo religioso; do emocionalismo e irracionalismo (espiritualidade da emoção); e da falsa compreensão da liberdade. (Idem, p.16).

Diante do “Desejo de Deus”e do “fascínio do mundo”, como ser cristão hoje? Como evangelizar? Como apresentar a beleza da vocação para todos, também para aqueles que estão fora da vinha?
E mais, convém questionar: será que minha vida se fundamenta no Evangelho? Minha razão de ser cristão é Cristo? Jesus é o tesouro da minha existência?

Esp. Anim. Voc. - Jesus, o homem da Oração (Pe. Evandro)

2. Jesus, o homem da oração

Não podemos esquecer, quando falamos da vida espiritual do animador vocacional, de um aspecto bem particular: Jesus rezava! Seguir Jesus é, então, dar tempo para a oração.
“Nos momentos decisivos da sua vida, antes de agir, se retirava num lugar solitário para dedicar-se à oração e à contemplação, e pediu aos Apóstolos que também o fizessem. A seus discípulos, sem exceção, lembra-lhes: ‘Entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai em segredo’(Mt 6,6). Esta intensa vida de oração deve adaptar-se às capacidades e condições de cada cristão, para que cada um, nas distintas circunstancias da vida, possa saciar-se na fonte do seu encontro com Cristo, para embeber-se do único Espírito (cf 1Cor 12,13). Nesse sentido, a dimensão contemplativa não é privilegio reservado somente para uns poucos; pelo contrário, nas paróquias, nas comunidades e no âmbito dos movimentos, seja promovida uma espiritualidade aberta e orientada à contemplação das verdades fundamentais da fé: os mistérios da Trindade, da Encarnação do Verbo, da redenção dos homens, e as demais grandes obras salvíficas de Deus.”(Ecclesia in América, n. 29).

Um dos textos muito significativos para nós, animadores e animadoras vocacionais, é o de Lc 6,12-19, especialmente estes versículos: “Naqueles dias, Jesus retirou-se a uma montanha para rezar, e passou aí toda a noite orando a Deus. Ao amanhecer, chamou os seus discípulos e escolheu doze dente eles que chamou de apóstolos...” (vv. 12-13) .

O serviço vocacional é muito importante. Quem tem esta consciência, pede constantemente de Deus a graça de que necessita para bem desempenhar sua missão. Jesus fez assim, portanto, seus discípulos são chamados a imitá-lo.

Também no texto de Mateus, antes do chamado dos apóstolos, o evangelista nos apresenta Jesus a necessidade de rezar pelas vocações: “A messe é grande, mas os operários são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da messe que envie operários para sua messe”(Mt 9,38). Encontramos esta frase que nos convida à oração pelas vocações também em Lc 10,2.

Sendo assim, somos chamados a imitar Jesus que reza e a cumprir o seu pedido. Não tem como, então, ser um bom animador vocacional, sem a vida de oração.

Também nas horas mais difíceis da vida, Jesus foi rezar: no Getsêmani disse aos discípulos: “Assentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar”. Tomou consigo Pedro, Tiago e João, foi rezar. E depois disse: “Minha alma está triste até a morte. Ficai aqui e vigiai comigo.” Quando voltou para perto dos discípulos, os encontrou dormindo. Disse a Pedro: “Então não pudestes vigiar uma hora comigo... Vigiai e orai para não cairdes em tentação.” E por três vezes Jesus vai rezar e, na volta, encontra os seus discípulos dormindo (cf Mt 26,36-46. Também os textos paralelos nos indicam a mesma coisa).

Jesus pede que os seus discípulos “fiquem com ele”. Mas os discípulos fazem o que lhes é mais importante: “dormir”. Eles tinham dificuldade de ficar com Jesus. E nós? Será que os animadores vocacionais não encontram neste nosso tempo a mesma dificuldade?
Podemos colher dos evangelhos alguns elementos concretos para a nossa oração:
1. Rezar em segredo e não para ser visto pelos outros, como os hipócritas (Mt 6, 5-6)
2. Não multiplicar muitas palavras: Deus sabe o que precisamos (Mt 6,7)
3. Rezar o que Jesus ensinou: Pai Nosso (Lc 11,1-4 / Mt 6,9-13)
4. Insistir na oração (Lc 11, 5-13)

Esp. Anim. Voc. - Dizer, Fazer, Ser; e a Espiritualidade Cristã (Pe. Evandro)

3. Dizer, Fazer e Ser

No Evangelho (Mt 16,13-23), a experiência de Pedro também tantas vezes é ícone da nossa. Diante da pergunta: “E vós, quem dizeis que eu sou?”, Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus Vivo”. Por esta resposta Jesus o chamou de feliz e prometeu construir a Igreja sobre ele e lhe entregou as chaves do Reino. Pedro professa a fé em Jesus, diz o que tinha de dizer. Logo em seguida, Jesus mostra aos seus a realidade pela qual deveria passar: sofrimento, morte e ressurreição. Pedro, diante disso, repreende Jesus: “Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isto nunca te aconteça!” Jesus voltou-se para Pedro e disse: “Vai para longe, satanás! Tu és para mim uma pedra de tropeço, porque não pensas as coisas de Deus, mas, sim, as coisas dos homens!” Pedro não é capaz, ainda, de assumir a plenitude da revelação. Isso era custoso demais para o discípulo.

Apontamos este texto para apresentar um elemento bem concreto para nós, animadores vocacionais:

Como Pedro, tantas vezes dizemos coisas bonitas, verdadeiras e profundas. Muitas vezes somos capazes de apresentar idéias e apontar a realidade das coisas de uma forma surpreendente: “Tu és o Messias, o Filho do Deus Vivo!” Porém, na hora da verdade, da dor, da angústia, do assumir todas as conseqüências, somos tantas vezes incapazes. Parece que existe uma distância entre “dizer” e “assumir”.

No serviço vocacional não basta “dizer”, é preciso “assumir”. Mas só é possível “assumir” quando nos fundamentamos numa experiência concreta, numa realidade grande e simples.
Olhando para a Carta Apostólica Novo Millennio Ineunte, um outro aspecto ainda nos é apresentado: “é muito importante que tudo o que com a ajuda de Deus nos propusermos esteja profundamente radicado na contemplação e na oração. O nosso tempo é vivido em contínuo movimento que muitas vezes chega à agitação, caindo-se facilmente no risco de ‘fazer por fazer’. Há que se resistir a esta tentação, procurando o ‘ser’ acima do ‘fazer’. A tal propósito, recordemos a censura de Jesus a Marta: ‘Andas inquieta e perturbada com muitas coisas; mas uma só é necessária’ (Lc 10, 41-42).” (Novo Millennio Ineunte, n. 15).

A espiritualidade atual, para o nosso tempo, é bastante exigente. Os homens de hoje estão cheios de idéias e teorias, não precisam de mais uma. Eles precisam de práticas de vida, de atitudes bem concretas de acolhida, amor, serviço. Mas isso não basta é preciso que exista uma raiz profunda para tudo isso: uma comunhão forte com Jesus. O “ser” é o que importa de fato.
Aqui convém citar as palavras de João Paulo II, mais uma vez: “os homens do nosso tempo, talvez sem se darem conta, pedem aos crentes de hoje não só que lhes ‘falem’ de Cristo, mas também que de certa forma lho façam ‘ver’. E não é porventura a missão da Igreja refletir a luz de Cristo em cada época da historia, e por conseguinte fazer resplandecer o seu rosto também diante das gerações do novo milênio? Mas o nosso testemunho seria excessivamente pobre se não fôssemos primeiro contemplativos do seu rosto...” (Novo Millennio Ineunte, n. 16).
Qual é o ideal, a referência forte e o modelo para o nosso trabalho vocacional? A pessoa de Jesus! Nele nós encontramos toda a referência para o nosso serviço.

4. Espiritualidade Cristã

No tempo em que vivemos, está na hora de assumirmos uma espiritualidade autenticamente cristã. “De fato, por espiritualidade entende-se um estilo e forma de vida conformes às exigências cristãs. Espiritualidade é ‘vida em Cristo’ e ‘no Espírito’, que se aceita na fé, se exprime no amor e, repleta de esperança, se traduz na vida cotidiana da comunidade eclesial. Neste sentido, por espiritualidade entende-se, não uma parte da vida, mas a vida inteira guiada pelo Espírito Santo.” (Ecclesia in America, n. 29).

É importante salientar que “a espiritualidade ocupa um lugar de primazia dentro da animação vocacional. Ela é a seiva que alimenta e vitaliza toda e qualquer atividade vocacional; é o eixo que movimenta as ações e dinamiza a vida dos animadores e animadoras, dos vocacionados e vocacionadas.” (Doc Final do 2º Congresso Vocacional do Brasil, n. 29).

A Espiritualidade do Animador Vocacional (Pe. Evandro)

5. A Espiritualidade do Animador Vocacional

Tento por base as indicações apresentadas até agora, temos chão para falar da “espiritualidade do seguimento de Jesus”. Esta é a espiritualidade do agente vocacional. Jesus é aquele que quer levar todos à vida plena e quem quer levar as pessoas à vida plena é chamado a seguir Jesus.
A “espiritualidade do seguimento de Jesus” começa a partir de um ENCONTRO. O encontro com Cristo plenifica a vida das pessoas e as ajuda a perseverar na vocação e na missão. “Mas, para que se dê este encontro, é indispensável reconhecê-lo na história, nas escrituras, nos desafios do mundo e no próximo, especialmente nos sofredores, como os quais Ele se identificou. Celebramos este reconhecimento na Eucaristia, centro e síntese de todas as presenças do Senhor entre nós.” (Doc Final do 2º Congresso Vocacional do Brasil, n. 22). Este encontro também é concreto na comunidade e nos acontecimentos da vida.

“A espiritualidade do seguimento de Jesus é uma espiritualidade da eleição, através da qual a pessoa sente-se amada e querida pela Santíssima Trindade, nascendo dessa experiência uma grande paixão por Deus e pela humanidade. Do encantamento brota o amor, o testemunho fascinante, a felicidade e a fidelidade pela opção feita e, consequentemente, a capacidade de partilhar gratuitamente os dons recebidos pessoalmente e na comunidade.” (Doc Final do 2º Congresso Vocacional do Brasil, n. 23). Quando se fala da Vocação e o Mistério da Santíssima Trindade, não podemos deixar de valorizar duas maneiras de ser: comunhão e diversidade.
A espiritualidade do seguimento de Jesus é uma realidade conflituosa (cf Lc 12,49-53), “pois a opção por Jesus e pelo Reino comporta incompreensões, perseguições e sofrimentos. Mas é também no conflito que se dá a configuração com Jesus, o Filho de Deus que se encarnou.” (Doc Final do 2º Congresso Vocacional do Brasil, n. 24).

A espiritualidade do seguimento de Jesus “precisa ser inculturada. Só assim ela será acolhedora e permitirá aos animadores vocacionais apresentar a pessoa e a mensagem de Jesus aos que estão nas “praças”. A inculturação possibilita uma presença afetiva e efetiva no meio dos vocacionados e vocacionadas. E isso contribui para que estes encontrem sua própria dignidade e tenham condições de fazer escolhas livres, conscientes e responsáveis.” (Doc Final do 2º Congresso Vocacional do Brasil, n. 25).

A espiritualidade do seguimento de Jesus leva em conta a dimensão social do compromisso cristão (cf. Ecclesia in America, n. 29). A misericórdia de Deus pelos simples e pobres não pode ficar distante da vida do animador vocacional. Deus se dá a conhecer e pede um sim de todos, também dos mais humildes, abandonados e sofredores.

A espiritualidade do seguimento de Jesus dá um destaque particular a Maria. “Ela, como afirmou o Concílio Vaticano II, ‘é o tipo da Igreja na ordem da fé, da caridade e da perfeita união com Cristo’(LG, 63). Por esta razão, aquela que acolheu com um Sim perfeito o convite do Pai, se torna um modelo e um exemplo para a Igreja e para cada vocacionado e vocacionada... Maria é exemplo de acolhimento da vontade divina, da relação com a Trindade e da disponibilidade para o serviço. Ela ajuda também a permanecer de pé, a não retroceder, mesmo quando a resposta ao chamado e o amor à Igreja comportarem cruz e sofrimento.” (Texto Base do 2º Cong. Vocacional do Brasil, n. 118).

A espiritualidade do seguimento de Jesus “se alimenta de momentos profundos de oração, a exemplo de Jesus que se retirava na montanha para rezar” (Doc Final do 2º Congresso Vocacional do Brasil, n. 29). “Entre os elementos de espiritualidade que todo cristão deve fazer próprios, ressalta a oração. Esta o levara, aos poucos, a ver a realidade com um olhar contemplativo, que lhe permitira reconhecer a Deus em cada instante e em todas as coisas; contemplá-lo em cada pessoa; procurar cumprir sua vontade nos acontecimentos. A oração, tanto pessoal como litúrgica, é dever de cada cristão. Jesus, evangelho vivo do Pai, nos avisa que sem ele nada podemos fazer (cf Jo 15, 5)” (Ecclesia in America, n. 29). “Só a experiência do silencio e da oração oferece o ambiente adequado para amadurecer e desenvolver-se um conhecimento mais verdadeiro, unido e coerente daquele mistério cuja expressão culminante aparece na solene proclamação do evangelista João: ‘E o Verbo se fez carne e habitou no meio de nós...’(Jo 1,14).” (Novo Millennio Ineunte, n. 20). A oração “é o segredo de um cristianismo verdadeiramente vital, sem motivos para temer o futuro....” (Novo Millennio Ineunte, n. 33).
A espiritualidade do seguimento de Jesus alimenta-se, sobretudo, por uma constante vida sacramental, pois os sacramentos são fonte e raiz inexaurível da graça de Deus necessária para amparar o fiel na sua peregrinação terrena. A vida sacramental não pode tornar-se uma prática rotineira (Ecclesia in América, n. 29).

A espiritualidade do seguimento de Jesus se fundamenta na Palavra. Só a Palavra “deverá ser capaz de dar sentido à existência humana, ajudando as pessoas a perceberem os apelos divinos dentro da história, inclusive nos seus aspectos mais sombrios e sofridos.” (Texto Base do 2º Cong. Vocacional do Brasil, n. 117). Deve-se hoje “dar clara prioridade à reflexão piedosa da Sagrada Escritura, por parte de todos os fieis (Lectio Divina)”(Ecclesia in America, n. 31). “A contemplação do rosto de Cristo não pode inspirar-se senão naquilo que se diz dele na Sagrada Escritura, que está, do princípio ao fim, permeada pelo seu mistério...” (Novo Millennio Ineunte, n. 16). “É necessário que a escuta da Palavra se torne um encontro vital” (Novo Millennio Ineunte, n. 39).

A espiritualidade do seguimento de Jesus contempla duas dimensões: “a mística e a ascese. Através da experiência mística a pessoa é envolvida pelo mistério Daquele que nos amou primeiro (cf 1 Jo 4,10) e que, pelo seu Espírito, habita em cada coração humano (cf Rm 8,11). Enquanto ascese, a espiritualidade consiste no desejo, na vontade e no esforço de acolher o dom da vocação (cf 2 Pd 1,3-11).” (Texto Base do 2º Cong. Vocacional do Brasil, n. 117).
Seguir Jesus não significa outra coisa do que viver a vida de Jesus, ser seu discípulo. “É Jesus quem elege o discípulo, o chama e o convida a seguí-lo com generosidade, dando a vida como o Mestre (Lc 9,57-62), Jesus ‘separa’ seu eleito ‘do mundo’ para ‘fazê-lo seu’... O discipulado é um modo de ‘ser’e de ‘fazer’gerado pelo encontro com Jesus vivo.”(Santiago Silva Retamales. In. Os Discípulos de Jesus: Relatos e imagens de Vocação e missão na Bíblia, 2007. p. 130).
Exige-se do discípulo de Jesus, uma opção radical e pessoal por ele. Opção esta que muda toda a vida.

Esp. Anim. Voc. - Rompimentos e Práticas Necessárias (Pe. Evandro)

6. Rompimentos necessários

A Espiritualidade do Seguimento de Jesus nos dará a força necessária para rompermos com atitudes, costumes e estilos de vida não mais condizentes com a nova fisionomia da animação vocacional:

- o isolamento entre os diversos sujeitos da evangelização
- queima de etapas no acompanhamento vocacional
- falta de acompanhamento que contemple as varias dimensões do itinerário e que apresente a diversidade de opções de vida
- falta de convicção e entusiasmo dos animadores e animadores
- falta de liberação de pessoas para o SAV
- individualismo e egoísmo que geram disputas e fragilizam a animação vocacional
- visão piramidal de Igreja, levando a desconsiderar o valor e o significado da vocação dos cristãos leigos e leigas e da vida consagrada
- compreensão restrita da animação vocacional, confundindo-a como recrutamento de candidatos às casas de formação e seminários
- pouco investimento financeiro para a Animação Vocacional. (cf. Doc Final do 2º Congresso Vocacional do Brasil, n. 28).

7. Práticas necessárias

Práticas significativas decorrentes da Espiritualidade do Animador Vocacional, que é de seguimento de Jesus:
- incentivo à oração pelas vocações
- adesão à eclesiologia de comunhão
- clareza acerca do lugar e da missão das diversas vocações, ministérios e serviços
- compromisso com uma Igreja ministerial, onde não haja lugar para divisões, competição, proselitismo e recrutamento fácil de vocações
- formação de equipes que realizem animação vocacional contínua e permanente
- respeito pelo itinerário dos vocacionados e vocacionadas. (cf Doc Final do 2º Congresso Vocacional do Brasil, n. 27).

Esp. Anim. Vocacional - Conclusão (Pe. Evandro)

8. Concluindo

O que se espera, enfim, de um discípulo do Senhor? O que se espera de alguém que assumiu a “espiritualidade do seguimento de Jesus”? O que se espera de um animador vocacional?
Poderíamos apresentar muitos elementos, mas preferimos citar Retamales:

“- Escutar e praticar a Palavra de Jesus
- celebrar a Eucaristia como ‘fonte e epifania da comunhão’e ‘princípio e projeto de missão’
- viver a fé em comunidade
- contemplar Jesus nos pobres e ser solidário com eles
- descobrir a presença de Deus na historia e nos acontecimentos da vida
- providenciar para que tudo seja apto para o senhorio de Jesus, ‘princípio e fim’da história. (Ap 21,6).” (Santiago Silva Retamales. In. Os Discípulos de Jesus: Relatos e imagens de Vocação e missão na Bíblia, 2007. p. 132).

Não esqueçamos ainda o que nos dizia João Paulo II:

“Seguí-lo implica viver como ele viveu, aceitar a sua mensagem, assumir como próprios os seus critérios, abraçar o seu destino, partilhar o seu projeto que é o desígnio do Pai: convidar a todos para a comunhão trinitária e para a comunhão com os irmãos numa sociedade justa e solidária.” (Ecclesia in America, n. 68).

Se ainda nos perguntarmos sobre um programa de ação bem concreto, podemos citar João Paulo II outra vez: “O programa já existe: é o mesmo de sempre, expresso no Evangelho e na Tradição viva. Concentra-se, em última análise, no próprio Cristo, que temos de conhecer, amar, imitar, para nele viver a vida trinitária e com ele transformar a historia ate a sua plenitude na Jerusalém celeste.” (Novo Millennio Ineunte, n. 29).

Surge um grande desejo no coração daquele que fez a experiência de Jesus: levar aos outros a novidade do encontro que aconteceu com ele. Isso tudo para que também estes possam viver a mesma experiência que vivemos com ele. Aqui está o fundamental da espiritualidade do animador vocacional.

Esperamos que estas indicações sejam concretas para o nosso dia a dia e nos ajudem a viver como cristãos mais inteiros, mais dedicados, mais próximos de Jesus Vivo.

Pe Evandro Luis Braun,
Agosto de 2007.

Bibliografia Consultada

1. CNBB. Ide Também vós para a minha vinha! (Mt 20,4). Temáticas do 2º Congresso Vocacional. Estudos da CNBB 90. Paulus, 2005. Inclui o Documento Final do Congresso.
2. CNBB. Texto Base do Segundo Congresso Vocacional do Brasil. 2004. 58p.3. RETAMALES, Santiago Silva. Os Discípulos de Jesus: Relatos e Imagens de Vocação e Missão na Bíblia. Coleção Quinta Conferencia, Bíblia. Paulinas; Paulus. 2007. 139p.