domingo, 9 de dezembro de 2007

História de Fé -- Janescléo Guimarães

História de Fé
Uma família estava saindo para a missa do galo, quando uma família de ciganos aproximou-se da cerca e disse: Queremos pedir um cantinho do seu quintal para passar a noite. Era uma noite bastante fria, depois da chuva que caíra na região. Além do mais, a mulher parecia estar em estado adiantado de gravidez. Não havia o que duvidar. Oferecemos o alpendre da casa, mas eles preferiram o quintal, junto a algumas árvores.
Entraram com suas tralhas e foram se aninhando. Primeiro armaram a barraca bem ao rés-do-chão. Depois a mulher ajeitou a trempe, enquanto o marido saiu à procura de mantimentos.
Horas depois, quando voltavam da missa, ouviram choro de criança que saíam da barraquinha. Chegaram mais perto. Sob a luz do candeeiro puderam ver o rostinho vermelho do recém-nascido. Na falta absoluta de recursos, a mãe o enrolara em alguns panos velhos. Naquele momento ele estava no colo da mãe. Mas via-se no chão da barraca, uma espécie de ninho, feito de pano e capim, onde o nenê seria reclinado.
Na região haviam alguns pastores que pernoitavam no campo e faziam a guarda noturna do seu rebanho. Apareceu então sobre eles um anjo do Senhor, e a glória do Senhor os cercou de luz, de sorte que ficaram tomados de grande temor. Mas o anjo lhes disse: Não temais, pois vos anuncio uma grande alegria para todo o povo. Nasceu hoje na cidade de Davi o Salvador que é o Cristo Senhor. Isto vos servirá de sinal: Encontrareis um menino envolto em faixas e reclinado numa manjedoura.
De súbito uniu-se ao anjo uma multidão dos exércitos celestes que louvavam a Deus e diziam: “Glória a Deus no mais alto dos céus, e paz na terra aos homens de boa vontade”. (Lc 2, 8).
Jesus continua nascendo por aí, no rancho dos pobres. E nós o reconhecemos?
(Janescleo Guimarães Souza)

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