domingo, 19 de agosto de 2007

Esp. Anim. Voc. - Primeira Palavra (Pe. Evandro)

A ESPIRITUALIDADE DO ANIMADOR VOCACIONAL
VIDA DE ORAÇÃO

1. Primeira Palavra

De início, vale lembrar que “a atividade vocacional requer coragem, persistência, resistência e muita perseverança. Muitas vezes os desafios e dificuldades são enormes. Animadores, animadoras, vocacionados e vocacionadas são tentados e muitos terminam desistindo. Por essa razão, hoje, mais do que nunca, sente-se a necessidade de uma espiritualidade vocacional, capaz de oferecer aos que estão em processo de discernimento e àquelas pessoas que os acompanham a graça e o ânimo para seguirem em frente.” (Texto Base do 2º Cong. Vocacional do Brasil, n. 116).

A reflexão sobre este tema que nos é proposto nos coloca diante do desafio de sermos muito sinceros. Dizemos desafio porque a sinceridade nos faz tomar consciência de situações e de atitudes que não correspondem muito aos nossos ideais ou aos ideais do Evangelho.
Se, por um lado, vemos tanta “busca de Deus”, tanto desejo de uma vida mais fraterna, mais humana e mais cristã; também é verdade que o ativismo, o mundo do descartável, a busca de emoções e soluções imediatas..., nos atingem de um modo bastante forte.
Não podemos negar que o pluralismo religioso tão presente e evidente em nossa sociedade exige um aprofundamento na nossa identidade cristã.

De um lado, percebemos tantas coisas positivas: reconhecimento das deficiências pessoais, valorização da alegria de viver, a autoconfiança, a vivência do evangelho e sua apresentação como Boa Nova alegre e libertadora, a valorização da experiência do Deus Vivo e da gratuidade do seu amor, a rejeição de uma espiritualidade fria e estéril, redescoberta das celebrações litúrgicas, uma espiritualidade marcada pela experiência da beleza, que supera o individualismo e que envolve a vida de cada dia da pessoa, o desenvolvimento do diálogo ecumênico e inter-religioso. (cf Pe Alfonso Garcia Rubio. In Temáticas do 2º Congresso Vocacional. CNNB. Coleção Estudos 90. p. 17)

Por outro lado, verificamos a tentação crescente do fundamentalismo (tradicionalismo); do relativismo religioso; do emocionalismo e irracionalismo (espiritualidade da emoção); e da falsa compreensão da liberdade. (Idem, p.16).

Diante do “Desejo de Deus”e do “fascínio do mundo”, como ser cristão hoje? Como evangelizar? Como apresentar a beleza da vocação para todos, também para aqueles que estão fora da vinha?
E mais, convém questionar: será que minha vida se fundamenta no Evangelho? Minha razão de ser cristão é Cristo? Jesus é o tesouro da minha existência?

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