terça-feira, 2 de outubro de 2007

Zelador Missionário (Adriano Freitas)

Uma jovem de mais ou menos 15 anos saiu de sua casa e fez uma longa caminhada até um povoado pequeno, onde morava sua prima. Essa jovem estava grávida e foi colocar-se a serviço daquela mulher que também esperava uma criança. Essa história todos já sabemos. Isabel acolheu Maria (a que seria a mãe de seu Senhor) em sua casa, plena do Espírito Santo: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre” (Lc 1, 43). Maria caminhou, pôs-se a servir, pôs-se em missão.

Este mês dedicado ao rosário é também o mês missionário. Entre as vocações que existem na Igreja está também a vocação missionária. Hoje se fala tanto sobre isso, mas somos convidados a olhar e refletir acerca do que é de fato e ver como é vivida hoje essa vocação tão necessária e urgente em nossas comunidades. A Virgem de Nazaré, que aderiu à Palavra e nela “teceu carne” em seu ventre, foi a missionária por excelência, por isso é o referencial que ilumina e transforma; é o exemplo de entrega, de coragem, de fé.

Temos também, no Evangelho, os discípulos que Jesus enviou, de dois a dois, em missão. Eles foram “Discípulos e Missionários de Jesus Cristo para que Nele nossos povos tenham vida” (lema da V Conferência do CELAM). No discurso de abertura desta conferência o Papa nos falou: “Nesta hora em que a Igreja deste continente se entrega plenamente à sua vocação missionária, lembro aos leigos que são também Igreja, assembléia convocada por Cristo para levar seu testemunho ao mundo inteiro”. São, enfim, alguns elementos que remetem a nós, leigos, e principalmente a você Zelador(a). Chamados à missão, precisamos levar ao mundo o testemunho de Jesus Cristo, e nos colocarmos a serviço, como fez Maria. Sermos fermento do Amor de Deus, sermos “sal da terra e luz do mundo”.

Mas “levar Jesus Cristo ao mundo?” Ao mundo todo é muita coisa, é impossível! Temos que fazê-lo aqui mesmo onde estivermos. O “mundo” é a nossa realidade onde vivemos. A Palavra se cumpre quando cada um faz a sua parte confiada por Deus. Mas como “precisamos nos colocar a serviço”, se eu já sou coordenador(a), se já sou zelador(a) há algum tempo? É preciso, sim, renovar este propósito a cada novo dia, e dispor de si com aquele mesmo olhar de fé de Nossa Senhora. De que forma você poderia ajudar?

(Texto elaborado por Adriano Freitas)

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