Novembro de 2012
Primeiro
Encontro
Oração inicial
O
Problema da Verdade
Cada
pessoa deve manter sua individualidade,
sua personalidade, mas isso tem um preço se não somos flexíveis, abertos ao
diferente. Numa antiga cidade da Índia viviam seis cegos. Eles sempre ouviam
falar no majestoso elefante do Rajá, o príncipe da época. Até que um dia resolveram
examinar diretamente o grande animal. Chegando
perto do elefante, o primeiro cego conseguiu colocar a mão na sua barriga.
Então, gritando, disse: - O elefante é como um muro. O segundo cego, porém,
segurou uma das presas e, ouvindo o amigo, protestou: - Não, o elefante é
pontiagudo e duro como uma lança! O
terceiro cego, agarrando a tromba, discordou: - O elefante é como uma serpente.
O quarto cego, pegando a enorme perna do animal, disse: - Vocês estão loucos, o
elefante é como um tronco de uma árvore!
O quinto cego, ouvindo a confusão dos amigos, decidiu saltar para cima
do animal. Segurou, então, numa das orelhas do elefante e disse: - Todos vocês
são idiotas e não percebem que o elefante é um grande leque de abano. Por fim,
o sexto cego, cuidadosamente segurou a cauda do animal e disse: - Calem-se
todos! O elefante é uma cauda resistente.
Para
Refletir
Em
parte, todos os cegos têm razão, mas nenhum deles está com a verdade plena.
Pegando uma parte do elefante, conheciam apenas uma parte do animal.
Entretanto, por orgulho, ingenuidade ou pela própria limitação, cada cego
pensava que a sua parte correspondia ao todo. A mensagem dessa lenda serve de
alerta para muitas situações. Muitas pessoas comportam-se como os seis cegos da
Índia. Percebem e compreendem uma parte da realidade e concluem,
orgulhosamente, que descobriram toda a verdade. Não caiamos neste erro. O
diálogo e a abertura são a melhor arma para combater a ignorância e nos fazer
ver o mundo de uma forma diferente, mais completa.
Para
discutir em grupos
Em
quais situações costumo me comportar como os cegos da Índia? Alguma vez,
refletindo posteriormente, já percebi que fui limitado, vendo somente uma parte
e não o todo? Tirei alguma conclusão precipitada por não ter acesso a um
conjunto mais amplo de informações, por não ver plenamente, não ver o todo?
Temas
para serem discutidos
Individualidade,
personalidade, abertura, diálogo, verdade x opinião, maturidade, crescimento
pessoal, sabedoria de vida, aprendizagem com os erros e dificuldade,
colaboração e partilha, autoconhecimento, trabalho em equipe, troca de
conhecimentos.
Textos
bíblicos que nos ajudam na reflexão
Sl 24, 5 // Sl 118, 30 // Dn 10, 21 // Lc 20, 21 //
Jo 3, 21 //
Jo 8, 32 // Jo 14, 6 // IRs 4, 29 // IITm 1, 7 // At
4, 32 //
Aprofundando
o Tema
Todos
temos nossas coisas, nosso jeitão de ser. Nem sempre é fácil conviver, é uma
luta aceitar as opiniões dos outros. Cada um quer ter a própria verdade, e
deixar a do irmão de lado. O movimento certo é ouvir o que o outro tem a dizer
e levar em consideração. Na comunidade temos que crescer juntos, na unidade.
Cada um tem algo para ensinar, algo a ajudar o outro na caminhada. Há uma frase
de um livro muito bonita: “Vê melhor quem vê com o coração” (O Pequeno
Príncipe). Ver com o coração é ver com os olhos de Deus e acolher na
sinceridade o que nos falam. Com certeza, a partir da história que lemos, se
houvesse uma pessoa só ela nunca ia conseguir descrever como é um elefante,
pois, só tinha tocado em uma parte dele. Quando todos se unem, quando cada um
dá sua opinião e abre-se para a opinião do outro é possível chegarmos a uma
mesma conclusão, e isso nos ajudará a enxergar o mundo de maneira melhor.
Sozinhos não conseguimos enxergar tudo... precisamos dos outros pra nos ajudar
a enxergar todas as coisa...
Na
Liturgia?
Com certeza nunca conseguiríamos saber
quem é Deus se não fosse pela ajuda dos outros. Imaginem só, desde os primeiros
momentos do mundo, cada um foi entendendo melhor quem é Deus e como chegar até
ele, e hoje podemos fazer isso graças a ajuda e as opiniões de todos aqueles
que viveram antes de nós. A liturgia é exatamente isso: todos juntos
partilharmos da presença de Jesus, e isso graças aos dons, talentos e sabedoria
de cada um que forma o corpo que chamamos de Igreja. E a partir dos outros
temas que meditamos hoje chegamos a outras belas conclusões: - partilha: está
no momento das oferendas, quando entregamos a Deus toda nossa vida; - diálogo:
acontece durante a celebração toda, em especial durante a oração eucarística,
quando o padre reza e a assembleia responde. Você sabia que a missa é uma
conversa? Sim! Uma conversa organizada onde o padre (que é a pessoa de Jesus
Cristo) fala e nós (que somos a Igreja) respondemos. Ah, neste assunto
percebemos a importância também da homilia, onde o padre dirige palavras de
vida que, muitas vezes, confrontam-se com as nossas ideias. Essas palavras são
iluminações vindas do Espírito Santo que se tornam pra nós a verdade que
precisamos seguir. É aí que temos a oportunidade de reconhecermos os erros que
as vezes cometemos e a partir daí fazermos o propósito de mudar e crescer como
cristãos.
Segue
a oração final...
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