Durante uma era glacial, muito remota, quando parte do globo terrestre esteve coberto por densas camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram indefesos. Foi então que uma grande manda de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começou a se unir, a juntar-se mais e mais. Assim cada um podia sentir o calor do coro do outro. E todos juntos, bem unidos, agasalhavam-se mutuamente aqueciam-se, enfrentando por mais tempo aquele inverno tenebroso. Porém, vida ingrata, os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes forneciam mais calor. Desse modo uns foram se afastando dos outros, dispersaram-se por não suportarem os espinhos de seus semelhantes. Mas desse modo, afastados começaram a morrer congelados. Os que não morreram voltaram a se aproximar pouco a pouco, de tal forma que unidos, cada qual conservava certa distancia do outro, mínima, mas o suficiente para não se ferir, para sobrviver sem magoar. Assim suportaram-se, resistindo à longa era glacial.
Muitas vezes, nós em nossos trabalhos, em nossa vida, tomamos atitudes semelhantes à desses animais. Às vezes por motivos bem pequenos nós acabamos nos afastando dos nossos semelhantes, ignorado a beleza do viver juntos. Por mais que em muitas situações pareça dolorido, difícil, na verdade nada substitui a beleza e a grandeza do estar com o outro.
(Texto escrito pelo Seminarista Adriano Perek)
sexta-feira, 4 de abril de 2008
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